sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Salvemos os cinemas de rua
Cinemas de rua resistem com público fiel
MARCOS DÁVILA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Há 50 anos as pessoas iam ao cinema. Hoje elas vão ver filmes. Isso faz uma enorme diferença", afirma o escritor e jornalista Inimá Simões, 62, autor do livro "Salas de Cinema em São Paulo".
Segundo Simões, nos tempos áureos da Cinelândia, nos anos 1950, São Paulo contava com cerca de 180 salas de cinema na rua. Eram construções grandiosas e chegavam a ter até 3.000 lugares.
Hoje, somente cinco cinemas funcionam comercialmente de porta para a rua --sem contar as salas especiais, como a Cinemateca e o CineSesc, e outras em centros culturais e museus.
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Reforma do Espaço Itaú divide opiniões
Os cinemas abrem, fecham, mudam de nome, e o pipoqueiro José Vicente da Silva, 81, continua o seu trabalho ali na calçada da rua Augusta.
Ele viu o Majestic abrir em 1947, fechar nos anos 1980 e, depois de um longo período ocioso, dar lugar ao que hoje é o Espaço Itaú de Cinema (antes Espaço Unibanco e Espaço Nacional), no número 1.470 da rua.
No dia da reabertura da sala, o pipoqueiro afirmou: "Se o cinema fechar de novo, eu me aposento".
Fã da pipoca de José, o ator Adriano Monteiro, 29, aprovou a reforma do local e gostou dos bancos e mesas comunitários, que "favorecem a interação".
"Estava com medo que perdesse a identidade e virasse um cinema de shopping", disse o ator.
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