segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

John Barry, trilhas sonoras


Em homenagem da Academia Britânica 
                                                          É muito comum lembrarmos de uma trilha sonora antes do próprio nome do filme, seus atores e sua história. Obra de grandes arranjadores e compositores e maestros como o músico John Barry, cuja morte foi anunciada no domingo.
Esse inglês, nascido em 1933, em York, filho de um proprietário de cinema e de mãe pianista clássica, deixa uma imensa lista de grandes obras, não só para o cinema.

Indústria que o reconheceu devidamente com Oscars em "Dança com Lobos", "Entre dois Amores", "O Leão no Inverno" e dois em "A História de Elza".

Mas, talvez suas trilhas mais memoráveis sejam as que fez para os filmes 007, a começar pelo primeiro da série, em 1962, “Dr. No”.

Barry disputa com o italiano Ennio Morricone, outra nome indiscutível quando se fala em música para cinema, o título de 007 das trilhas sonoras.

Lembre outras aqui.

domingo, 30 de janeiro de 2011

"A Vida Em Um Dia" - "Life In a Day"

O Festival de Sundance divulgou na quinta, 27, uma experiência inédita, e revolucionária se pensarmos no que a internet - que já faz maravilhas -, poderá criar em termos de mobilização, divulgação e integração de pessoas, idéias e mensagens ao redor de um mundo cada vez mais conectado. 

Lançaram "A Vida Em Um Dia" ( "Life In a Day" ) um filme-documentário produzido por Ridley Scott e dirigido por Kevin Macdonald, com a participação do que eles chamam de "Comunidade Youtube". O resultado foi o primeiro longa-metragem feito por usuários para contar "a história de um único dia na terra", 24 de junho.

Segundo a Folha de São Paulo, foram enviados 81 mil vídeos, de 192 países, num total de 4,5 mil horas. Quem viu, achou "A Vida…" sem estilo e sentido narrativo. Realmente deve ser. O que entra no jogo é a experiência.

O filme não está mais disponível no Youtube, mas dá para ver alguns dos vídeos enviados, como o abaixo, além da entrevista de Macdonald explicando a idéia.

Não é à toa que tremem ditadores, corruptos e demais enganadores. Hoje, o noticiário internacional mostra que o balançante presidente do Egito, Hosni Mubarak, fechou os escritórios da TV Al-Jazira, uma emissora conhecida por representar a opinião do mundo árabe.

Durante a semana, Mubarak já tinha retirado do ar provedores locais de internet e celulares, usados para mobilizar a população aos protestos de rua. 


Não é coincidência que cabeças autoritárias busquem obsessivamente meios de impor algum tipo de controle aos meios de comunicação.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Em tempos de Oscar, Sundance

Nada contra o prêmio que completa 83 anos, diga-se. Mas, em tempos de Oscar, é bom dar uma conferida também no que se passa pelo mundo do cinema fora de Hollywood. 

Particularmente no Festival de Sundance, que termina neste fim de semana. Lembrando que Sundance foi criado em 1981 por Robert Redford e um grupo de amigos para promover a sobrevivência do cinema independente. Funciona deste então como laboratório para roteiristas, diretores, artistas que precisam trabalhar fora dos ditames do mercado, leia-se Hollywood.

Confira aqui alguns dos filmes que foram selecionados para o Sundance deste ano, entre eles "O que Resta do Tempo", já possível de encontrar nas locadores.

Segundo o ator e diretor Elia Suleiman, o filme, semi-autobiográfico, mostra a vida dos chamados árabes-israelenses que depois da criação do estado de Israel em 1948, se dividiram entre os que permaneceram no novo país, os Palestinos dos territórios ocupados e os que se refugiaram em países como Siria, Líbia e Jordania.  "O que Resta…" é muito apreciado por onde roda.

Uma aula de cinema

A dica é do cineasta Carlos Reichenbach e está em seu blog. Trata-se do que ele chamou de uma abertura de "cair o queixo". A definição é perfeita e não precisa de mais palavras. 

As tomadas, os enquadramentos, os movimentos e os cortes de câmera, as seqüências, são perfeitas. E é só a abertura do filme "Yield to the Night", dirigido pelo britânico J. Lee Thompson, o mesmo do clássico "Os Canhões de Navarone". Relembre aqui.

"Yield…" é um filme de 1956, cinco anos antes de 'Os Canhões…", protagonizado por Diana Dors. A época, ela ficou conhecida como a "bomba loira", justamente por seu desempenho no filme J. Lee, cujo título também era "Blonde Sinner", ou "loira pecadora", em tradução livre.

É para se ver  muitas vezes. Reichenbach tem razão, é uma aula de cinema.

Caminhos abertos, artigo de Cacá Diegues


O GLOBO - OPINIÃO

CACÁ DIEGUES

Quando minha geração começou a fazer cinema, entre o final dos anos 1950 e o início dos 1960, com umas duas dezenas de títulos a gente dava cabo de sua história. Os filmes que tinham circulação universal vinham apenas dos Estado Unidos e de mais alguns países da Europa Ocidental. Havia uma cinematografia em outras poucas nações, mas ela só tinha circulação doméstica, como os melodramas mexicanos na América Latina, ou, vez por outra, ondas sem presença permanente, como no caso da produção japonesa. 

Costumávamos ver a produção alternativa em festivais ou nas cinematecas do mundo, como a de Paris MoMA de NovaYork, quando por essas cidades passávamos. Na primeira vez que fui a Paris, com 23 anos de idade, passei 45 dias enfurnado na cinemateca de Henri Langlois, vendo três filmes por dia e me alimentando de baguetes de presunto e queijo, que adquiria às pressas no café da esquina. Estamos falando, é claro, de uma época em que não havia vídeo-doméstico, nem filme na televisão.

Hoje, graças ao sucesso universal do cinema e às novas tecnologias, filma-se em todo lugar do mundo, da Coreia do Sul à Romênia, do Burkina Faso ao Equador. E, quase sempre, em todas as camadas sociais de cada um desses países. De um modo ou de outro, esses títulos também circulam pelo mundo afora e agora, para conhecer a história do cinema, não bastam apenas 200 filmes ou o confinamento temporário numa cinemateca, mas anos de dedicação total.

Ao contrário do que imaginávamos, em vez do domínio exclusivo de uma cultura mais forte, o mundo assiste a uma variada produção cultural de origem diversa, vinda de grandes ou pequenas comunidades criativas de artistas que procuram se impor através de sua singularidade. As fronteiras que se abriram para a importação da cultura hegemônica se abriram também para a exportação dessas singularidades. 

Não podemos mais distinguir os filmes pelos gêneros clássicos e, daqui a muito pouco tempo, também não conseguiremos mais distingui-los por nação. As nações não deixarão de existir e estarão presentes nos filmes; mas, através do cinema, elas revelarão sua diversidade natural e se confundirão. O filme de um imigrante árabe francês será (e já é) muito mais parecido com o de um cineasta operário do Sul dos Estados Unidos do que com os de um Luc Besson ou os de um Christophe Honoré.

Para tentar entender esse fluxo do cinema contemporâneo, podemos dizer que, diante de tanta novidade histórica, estética e tecnológica, os filmes avançam para seu público em quatro diferentes nichos de difusão.

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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

"Cisne Negro"- Trailer Oficial - Oscar 2011

"O Vencedor" - Trailer - Oscar 2011

"A Origem" - Trailer Oficial - Oscar 2011

"O Discurso do Rei" - Trailer Oficial - Oscar 2011

"A Rede Social" - Trailer Oficial - Oscar 2011

"Minhas Mães e Meu Pai" - Trailer Oficial - Oscar 2011

" Toy Story 3 " - Trailer Oficial - Oscar 2011

" 127 Horas" - Trailer Oficial - Oscar 2011

"Bravura Indômita" - Trailer Oficial - Oscar 2011 (HD)

"Inverno da Alma" - Trailer Oficial Oscar 2011

Festival de Sundance

Filmes em Sundance expõem vidas                      secretas no Iraque e Irã




 
UOL

Por Christine Kearney

PARK CITY, EUA - Um relato fictício sobre o filho egomaníaco de Saddam Hussein e um filme sobre duas adolescentes iranianas fazendo experimentos com sua sexualidade estão entre os vários filmes estrangeiros que estão conquistando a plateia de Sundance.

O Festival Sundance de Cinema ainda é conhecido principalmente por seus longas e documentários americanos, mas vem aumentando constantemente sua ênfase sobre filmes estrangeiros, tendo chegado a lançar uma competição de cinema mundial seis anos atrás para elevar o perfil de diretores de outros países.

Os filmes estrangeiros deste ano, além dos trabalhos de diretores americanos que ambientam seus filmes em terras estrangeiras, são de países como Espanha, França, Itália, Canadá, México, Japão, Bélgica e muitos outros. Mas dois filmes especialmente vêm suscitando interesse, um sobre o Iraque e o outro ambientado no Irã.

O DEMÔNIO NO IRAQUE

"The Devil's Double" (Sósia do Diabo) vem atraindo elogios da crítica. É um drama de ação fascinante, uma versão fictícia da história verídica de um tenente do Exército iraquiano que tornou-se sósia do notório filho mais velho de Saddam Hussein, Uday Hussein.

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Oscar 2011 - as categorias e os indicados

1- Melhor filme

- Cisne Negro
- O Vencedor
- A Origem
- O Discurso do Rei
- A Rede Social
- Minhas Mães e meu Pai
- Toy Story 3
- 127 Horas
- Bravura Indômita
- Inverno da Alma


2- Melhor diretor

- Darren Aronovsky – Cisne Negro
- David Fincher – A Rede Social
- Tom Hooper – O Discurso do Rei
- David O. Russell – O Vencedor
- Joel e Ethan Coen – Bravura Indômita


3- Melhor ator

- Jesse Eisenberg – A Rede Social
- Colin Firth – O Discurso do Rei
- James Franco – 127 Horas
- Jeff Bridges – Bravura Indômita
- Javier Bardem – Biutiful


4- Melhor atriz

- Nicole Kidman – Reencontrando a Felicidade
- Jennifer Lawrence – Inverno da Alma
- Natalie Portman – Cisne Negro
- Michelle Williams – Blue Valentine
- Annette Bening – Minhas Mães e meu Pai


5- Melhor ator coadjuvante

- Christian Bale – O Vencedor
- Jeremy Renner – Atração Perigosa
- Geoffrey Rush – O Discurso do Rei
- John Hawkes – Inverno da Alma
- Mark Ruffalo – Minhas Mães e meu Pai


6- Melhor atriz coadjuvante

- Amy Adams – O Vencedor
- Helena Bonham Carter – O Discurso do Rei
- Jacki Weaver – Animal Kingdom
- Melissa Leo – O Vencedor
- Hailee Steinfeld – Bravura Indômita


7- Melhor filme em língua estrangeira

- Biutiful
- Fora-da-Lei
- Dente Canino
- Incendies
- Em um Mundo Melhor


8- Melhor fotografia

- Cisne Negro
- A Origem
- O Discurso do Rei
- A Rede Social
- Bravura Indômita


9- Melhor figurino

- Alice no País das Maravilhas
- I am Love
- O Discurso do Rei
- The Tempest
- Bravura Indômita


10- Melhor montagem

- Cisne Negro
- O Vencedor
- O Discurso do Rei
- A Rede Social
- 127 Horas


11- Melhor direção de arte

- Alice no País das Maravilhas
- Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte I
- A Origem
- O Discurso do Rei
- Bravura Indômita


12- Melhor longa animado

- Como Treinar o Seu Dragão
- O Mágico
- Toy Story 3


13- Melhor trilha sonora

- Alexandre Desplat – O Discurso do Rei
- John Powell – Como Treinar o seu Dragão
- A.R. Rahman – 127 Horas
- Trent Reznor e Atticus Ross – A Rede Social
- Hans Zimmer – A Origem


14- Melhor canção original

- Coming Home – Country Strong
- I See the Light – Enrolados
- If I Rise – 127 Horas
- We Belong Together – Toy Story 3


15- Melhor Maquiagem

- O Lobisomem
- Caminho da Liberdade
- Minha Versão para o Amor


16- Melhor documentário

- Lixo Extraordinário
- Exit Through the Gift Shop
- Trabalho Interno
- Gasland
- Restrepo


17- Melhor documentário em curta-metragem

- Killing in the Name
- Poster Girl
- Strangers no More
- Sun Come Up
- The Warriors of Qiugang


18- Melhor Curta-metragem de animação

- Day & Night
- The Gruffalo
- Let’s Pollute
- The Lost Thing
- Madagascar, Carnet de Voyage


19- Melhor Curta-metragem

- The Confession
- The Crush
- God of Love
- Na Wewe
- Wish 143


20- Melhor Edição de som

- A Origem
- Toy Story 3
- Tron – O Legado
- Bravura Indômita
- Incontrolável


21- Melhor Mixagem de som

- A Origem
- Bravura Indômita
- O Discurso do Rei
- A Rede Social
- Salt


22- Melhor Efeitos especiais

- Alice no País das Maravilhas
- Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte I
- Além da Vida
- A Origem
- Homem de Ferro 2


23- Melhor Roteiro adaptado

- A Rede Social
- 127 Horas
- Toy Story 3
- Bravura Indômita
- Inverno da Alma


24- Melhor Roteiro original

- Minhas Mães e meu Pai
- A Origem
- O Discurso do Rei
- O Vencedor
- Another Year

Cinema francês

Não esqueça, o 1º Festival de Cinema Francês na internet vai até amanhã,29. Basta acessar o site www.myfrenchfilmfestival.com/pt/, increver-se e assistir longas e curtas gratuitamente. Vale a pena, tem ótimas películas, além de informações sobre o cinema francês.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"O Turista"


É fácil entender a irritação dos críticos com a direção de Florian Henckel von Donnersmarck em "O Turista". É facílimo entender a receptividade do público.

Quem for ao cinema esperando um filme cabeça, com argumento e roteiro complexos, mensagens profundas, sairá irritado. "O Turista"  é apenas um passatempo. Na linha cinema é a maior diversão.

Só que bem roteirizado, bem filmado, com lindas tomadas em Paris, mas principalmente em Veneza, estrelado por uma Angelina Jolie no auge da plástica, desfilando sensualmente figurinos que chamam a atenção até de quem não entende de alta costura. Eis o encanto.

Não consegui ler os créditos finais, mas se a cidade de Veneza não pagou pelo merchandising fica devendo essa. Impossível não ficar com vontade de visitar toda aquela beleza única atiçada pelo casal completado por Johnny Depp.

Arthur Xexéo atirou em "O Turista", entre outras coisas, porque achou a dupla Jolie-Depp com a maior falta de química nunca antes formada. Acrescento outra questão. 
Veneza, Itália

A bela está tão exuberante, faz tantas caras e bocas e olhares fatais, que a sensação é que falta virilidade em Depp, no papel de Frank, para tudo aquilo. É muita areia...

Importante notar que Elise - Jolie, embora seja uma policial da Scotland Yard mandada para a Rússia investigar a eterna máfia daquele país, não dá um tiro, soco ou pontapé em "O Turista". 

A película, até pouco mais da metade, parece comédia, com pitadas de boa sátira e humor inglês. Desenrola-se no terço final, com um the end surpreendente.

Segundo o blog do Xexéo, o filme bateu recorde de bilheteria por aqui. 

O Brasil no Oscar: "Lixo Extraordinário"

A participação do Brasil no Oscar deste ano foi uma ducha de água fria na indústria cinematográfica nacional. Espera-se que uma ducha daquelas que tomam os embriagados para curar o porre e recobrar a lucidez.

Nosso indicado, a dedo, foi "Lula, o Filho do Brasil". Uma indicação política, por mais que se esforcem para dizer ao contrário. Em detrimento do trabalho do resto da indústria. O resultado não poderia ser outro: o filme errado, na hora errada, para o lugar errado.

Entramos no Oscar 2011 pela porta dos fundos, apenas ao emprestar para um documentarista as imagens - e o trabalho exemplar do artista plástico Vik Muniz - no lixão de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias ( RJ ), considerado um dos maiores aterros sanitários do mundo.

O documentário registra o trabalho do artista ao transformar, literalmente, lixo em arte. "Lixo Extraordinário" foi premiado em diversos festivais no ano passado, como Sundance e Berlim, além de receber o Prêmio de Direitos Humanos da Anistia Internacional.

O prêmio de consolação para os nossos diretores, produtores, artistas, técnicos, roteiristas é que a indústria cinematrográfica internacional conhece a qualidade e a seriedade do cinema brasileiro. O mesmo não se pode dizer da politicagem, que às vezes se supera.


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"Um Lugar Qualquer" (Somewhere)


Um novo Sofia Coppola, escrito e dirigido, tem lançamento previsto para este dia 28, é "Um Lugar Qualquer". Com ele, Sofia não conquistou muitos prêmios no ano passado, ficou com o melhor filme internacional no Festival de Veneza.

Além de carregar o sobrenome Coppola, Sofia, que traz pequena carreira como atriz, tem um Oscar na bagagem, por "Encontros e Desencontros", uma película despretenciosa que surpreendeu, em 2003, o mundo cinematográfico ao juntar Scarlett Johansson, Bill Murray e Giovanni Ribisi. 

"Encontros"  mostra Murray no papel de um ator em fim de carreira que vai a Tóquio gravar um comercial. Solitário e sem ter o que fazer, encontra Johansson, a belíssima mulher de um fotógrafo que só pensa em trabalho, com o mesmo problema. Perambulando pelo hotel, os dois acabam trocando companhias. Relembre aqui.

"Um Lugar Qualquer" repete um pouco a fórmula encontros inusitados, por mais estranho que isso possa parecer quando trata-se de pai e filha, e um astro de cinema com problemas existenciais. O pai é interpretado por Stephen Dorff e a filha pela jovem Elle Fanning.

A indústria chegou a vender "Um Lugar..." como a (re)confirmação de Sofia como diretora. Parece que não sensibilizou a Academia, pois o filme não recebeu nenhuma indicação para o Oscar. A conferir.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A indústria da pirataria

"Cisne Negro"já tem cópia pirata
Hoje, dia de divulgação dos filmes concorrentes ao Oscar, matéria d'O Globo traz uma boa discussão. O vazamento de filmes via internet versus as estratégias de lançamento das distribuidoras. É a indústria brigando contra indústria, uma vez que as cópias piratas, em grande parte, vazam de dentro das próprias empresas produtoras.




No dia do anúncio do Oscar, favoritos já estão disponíveis para download ilegal

André Miranda


RIO - O anúncio dos indicados ao Oscar, marcado para esta terça, é fundamental para o marketing dos filmes fora dos EUA. Funciona assim: as distribuidoras seguram seus principais lançamentos no exterior para depois da divulgação da lista da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, a associação americana que organiza o Oscar, justamente para se aproveitar do burburinho gerado pelo prêmio. É por isso que favoritos como "Inverno da alma", "Cisne negro", "O vencedor", "Bravura indômita", "O discurso do rei" e "127 horas" só vão chegar aos cinemas brasileiros a partir desta semana. Mas a demora também gera um problema. 

Hoje, enquanto os indicados vão sendo anunciados, guris ao redor do mundo estarão baixando cópias de boa qualidade de todos esses filmes em seus computadores, com um código que atende pela sigla DVDSCR e é uma das maiores preocupações de Hollywood hoje. Trata-se de uma pirataria que parte de integrantes da própria indústria.

Os DVDSCR são os DVDs screeners, ou DVDs de serviço, que são enviados para jornalistas, produtores, atores, diretores e demais eleitores do Oscar, às vezes antes de o filme chegar aos cinemas. A única diferença para um DVD tradicional é a presença de avisos esporádicos sobre a procedência do produto e eventualmente de um contador de tempo. De resto, a imagem é perfeita.

- Mais de 90% das cópias de filmes piratas ainda são de gente que grava o filme de dentro do cinema. Mas, nesse caso, o som e a imagem costumam ser bem ruins. Os DVDs screeners, por sua vez, ainda que menos comuns, têm boa qualidade de exibição. Houve uma época em que os estúdios até tentaram controlar seu envio - afirma o advogado Márcio Gonçalves, ex-diretor Anti-Pirataria da Motion Picture Association para a América Latina.

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domingo, 23 de janeiro de 2011

"Cisne Negro"

Natalie Portman em "Cisne Negro"
O prêmio de melhor atriz em drama para Natalie Portman no Globo de Ouro aumentou a expectativa pela chegada de "Cisne Negro" (Black Swan), prevista para o próximo dia 04. O filme é cotado para indicações ao Oscar.

O elenco é composto pelos talentos de Winona Ryder, Barbara Hershey, Mila Kunis e o carismático Vincent Cassel. O circuito internacional da película começou no primeiro final de semana de dezembro do ano passado.

"Cisne Negro", dirigido por Darren Aronofsky, fez a abertura do Festival de Veneza, participou da seleção oficial dos festivais de Toronto e Londres, e está batendo recordes de bilheteria nos Estados Unidos.

A sinopse oficial descreve-o como um suspence psicológico, ambientado no disputado mundo do balé de Nova York. Os conflitos principais, as intrigas e as obsessões ficam por conta da disputa entre Nina, vivida por Portman, e Lily, uma jovem bailarina, papel de Kuni.

Nina busca a perfeição, mora com a mãe, uma ex-bailarina aposentada vivida por Barbara Hershey e tem a vida consumida pela profissão. Os dramas começam quando o diretor artístico Thomas Leroy - Vincent Cassel decide substituir a primeira bailarina Beth Macintyre - Winona Ryder, para a nova temporada de "O Lago dos Cisnes".

Promete bom entretenimento. E polêmica, em função de algumas cenas de paixão entre as protagonistas. Mais vídeos aqui.


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

WikiLeaks vai ganhar documentário

Uma pequena notícia, mais política do que cinematográfica, agitou hoje o importante Festival de Sundance. O premiado documentarista Alex Gigney  acertou a produção de um trabalho sobre o WikiLeaks e seu fundador Julian Assenge.


Segundo o noticiário, o documentário teria a participação de uma das gigantes do setor, a Universal Pictures. Assenge, é bom lembrar, caiu em desgraça nos EUA, particularmente, mas também em diversos outros países aliados, depois que o WikiLeaks passou a divulgar documentos diplomáticos envolvendo as relações dos norte-americanos com diversos governos do planeta.


As informações divulgadas pelo site precisam ser relativizadas, pois envolvem, na maioria dos casos, apenas um lado das questões. Apesar de necessitarem apuração mais detalhada assim como contraditadas, todas têm pontos relevantes.


Hoje, inclusive, o Brasil foi informado que a atual governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e seu marido Jorge Murad, teriam feito operações secretas em paraísos fiscais. Tais documentos estavam em poder do executivo suíço Rudolf Elmer e foram entregues a Julian Assenge no início desta semana. Leia aqui a matéria completa.


O fundador do site também está escrevendo um livro de memórias para ajudar a salvar sua vida econômica depois que sofreu retaliações e viu praticamente secarem suas fontes de financiamento. 


A polêmica vai longe.

"O Turista", o Rio, e as tragédias


Está desde ontem em cartaz aqui no Rio, com bom público, segundo pesquisa informal deste blog diretamente nas bilheterias das grandes redes localizadas em shoppings, "O Turista", com Angelina Jolie e Johnny Depp. 


O filme está dividindo opiniões, aqui e lá fora. Os críticos caem de pau e o público adora, o que é fácil de entender, pois "O Turista" é bem feito, os protagonistas têm charme e glamour sobrando. E mais, a ação do lindo casal acontece nada mais nada menos do que em Veneza. 


Fácil de entender também o sucesso de bilheteria, pois o Rio, como normalmente acontece nesta época do ano, está cheio exatamente de turistas.


Mas, além dos turistas, uma coisa que chama bastante atenção por aqui - e não poderia ser diferente, é que a tragédia ocorrida nas cidades serranas do Estado ainda está muito presente nas conversas locais e em depoimentos.


Em todos os lugares encontramos alguém que conhece uma vítima da tragédia. Para a sorte dos cariocas, do Brasil e do mundo, o Rio é maior do que suas tragédias e descasos.


Por oportuno, sobre isso, veja o que diz matéria d'O Globo:


"O secretário demissionário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antônio Barreto de Castro, admitiu que o governo federal falou mais do que fez para evitar tragédias como esta.


- Eu venho aqui para dizer isso mesmo, falamos muito e não fizemos nada. Há dois anos fizemos um plano de radares para entrar no PAC I, não conseguimos. Fomos orientados então a entrar no PAC 2, ficamos fora. Aí eu perguntei pro meu ministério: e agora? O presidente disse que devíamos colocar no PCTI, o Plano de Ciência, Tecnologia e Inovação governamental, que não teria fôlego para financiar 115 milhões (necessário) - revelou o secretário".


Aqui a íntegra da matéria





São Sebastião do Rio de Janeiro


O Rio de Janeiro parou ontem, dia de São Sebastião, padroeiro da cidade, fundada por Estácio de Sá, em 01 de março de 1565 - com o nome de São Sebastião do Rio de Janeiro, mas em homenagem ao então Rei de Portugal, D. Sebastião. 

A cidade está cheia de turistas ( o que é mais ou menos o meus caso ), quente e cara. Vai continuar assim por mais algum tempo, pois o Carnaval este ano é em março. Depois, continuará apenas a maravilhosa. 

Esta semana, procurando os trailers dos filmes que serão lançados nos próximo meses, encontrei "Rio", um super desenho animado em 3D, em fase final de produção e lançamento mundial marcado para o dia 15 de abril.

Matéria de O Globo on-line informa que o lançamento por aqui está previsto para o dia 08 de abril. Também é do Globo a ideia original de usar o lançamento do filme para homenagear o padroeiro São Sebastião, a cidade e também o Brasil.

Aqui a matéria na íntegra


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

"Lula" fora do Oscar

A esperança deu lugar à frustração ontem nas famílias Silva e Barreto com a anúncio dos filmes que vão disputar o Oscar de filme estrangeiro este ano.

O nosso representante "Lula, o Filho do Brasil" não passou, conforme noticiaram as agência internacionais de notícias e o jornal O Globo de hoje.

Segundo o jornal, o Brasil continua na disputa apenas na categoria documentário, com "Lixo Extraordinário", sobre a atuação do artista plástico Vik Muniz junto a catadores de lixo do Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (RJ). O filme foi dirigido pela inglesa Lucy Walker e pelos brasileiros, João Jardim e Karen Harley.

‘Lula’ está fora da disputa pelo Oscar

Nove filmes continuam na disputa

André Miranda

Mais uma vez o Brasil está fora da disputa pelo Oscar de filme estrangeiro. Escolhido para representar o país no prêmio, “Lula, o filho do Brasil”, de Fábio Barreto, filme sobre o ex-presidente, ficou de fora da lista de nove produções pré-selecionadas pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, a entidade que organiza o Oscar. Desde 1999, quando “Central do Brasil” esteve entre os cinco indicados, o país não briga pelo troféu, inédito para nosso cinema.

Os selecionados foram o argelino “Fora da lei”, de Rachid Bouchareb; o canadense “Incêndios”, de Denis Villeneuve; o dinamarquês “Em um mundo melhor”, de Susanne Bier; o grego “Dogtooth”, de Yorgos Lanthimos; o japonês “Confessions”, de Tetsuya Nakashima; o mexi- cano “Biutiful”, de Alejandro González Iñárritu; o sulafricano “Life, above all”, de Oliver Schmitz; o espanhol “También la lluvia”, de Iciar Bollain; e o sueco “Simple Simon”, de Andreas Ohman.

Íntegra para assinantes aqui

Matéria da Reuters sobre "Lula, o Filho…" aqui

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Nicolas Sarkozy, o protagonista

Sarkozy e sua ex-mulher Cécilia 


Esta dica veio do novo e competente blog Revista Francesa, das jornalistas Dominique e Isabela Azevedo:

" Filme conta a história do presidente da república antes da chegada dele ao poder. Não, não estamos falando de Lula, o filho do Brasil. O protagonista da vez é Nicolas Sarkozy, o atual presidente da França. 

Com estreia marcada para maio na Europa, La Conquête (A Conquista) não trará relatos de como le président saiu da pobreza, ficou viúvo, tornou-se funcionário de uma fábrica e, em seguida, voltou-se para política. 

Ou seja, não será pintado como herói. Isso é privilégio apenas para nosso ex-presidente, que tinha mais de 80% de popularidade e uma eleição para garantir à atual comandante da nação, Dilma Rousseff.

O filme dirigido por Xavier Durringer trata do traumático divórcio do segundo casamento de Sarkozy, da rivalidade com o ex-primeiro ministro Dominique de Villepin e dos embates com seu antecessor, Jacques Chirac. Tudo isso a pouco mais de um ano para o fim do mandato de Sarko, que amarga popularidade de pouco mais de 30% entre os eleitores".

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Do jornalismo ao cinema

O portal coletiva.net traz um perfil do grande jornalista, amigo e hoje cineasta José Antonio Severo. Ele não lembrou, mas tenho quase certeza que essa carreira de cinéfilo começou assistindo filmes no Cine Lux. 


"Severão", como também é carinhosamente conhecido, iniciou a carreira artística na Rádio Caçapava, de Caçapava do Sul. Na sua época, provavelmente a ZYU 28 - a possante, como dizia Breno Osório Pereira, embora ela pegasse, no máximo, em um raio de 50 quilometros.


O perfil merece ser lido. Severo hoje dedica seu trabalho ao cinema, como produtor, autor e ator à la Hitchcock - veja essa rápida cena no vídeo abaixo, aos 22 segundos. 


O filme é "Netto Perde a sua Alma", Severo está recebendo um atendimento de emergência no acampamento depois de ser ferido na Batalha do Seival.

"A Rede Social"

O Facebook estava nas manchetes muito antes da vitória do filme sobre sua criação arrematar prêmios no Globo de Ouro. Vai continuar, pois tem chances de concorrer ao Oscar. 

As discussões sobre a qualidade do filme tendem a disputar espaço na mídia com as avaliações sobre as necessidades da empresa Facebook, como a matéria abaixo publicada pela veja.com

A pergunta que fica é se "A Rede Social" contribuirá para o cinema tanto quanto os prêmios contribuirão para o futuro do Facebook. 

Abaixo, a matéria da Veja:

Mark Zuckerberg, do Facebook: CEO do futuro?

Facebook está pronto para o IPO desde o final de 2007. E sua estreia na bolsa, planejada para abril de 2012, não é um pesadelo para o jovem bilionário

O filme ‘A Rede Social’, que trata dos bastidores da fundação do Facebook, levou neste domingo quatro Globos de Ouro, uma premiação que é considerada uma prévia do Oscar. Logo, Mark Zuckerberg – criador, presidente e ‘protagonista do filme’, em papel interpretado pelo ator americano Jesse Eisenberg – não deixará tão cedo de estar no centro das atenções da imprensa e do mercado. Ainda mais agora, que sua empresa prepara-se para lançar ações na bolsa de valores, numa operação bilionária prevista para abril de 2012. O que não se sabe é como o regulado mercado de capitais americano vai encarar uma empresa, que, apesar de promissora, terá a sua frente um homem de menos de 30 anos, que está longe de ‘encarnar’ o tradicional ‘CEO’.

Sistemático, ganancioso, workaholic, inteligente, objetivo, entre outras características, o fato é que “Zuck” é jovem. E como a maioria das pessoas com 26 anos, comporta-se como tal. Desde que o Facebook se tornou uma ferramenta aberta, em 2006, o bilionário comemora com festas cada marco expressivo de sua rede. Em 2008, chegou a dar uma “toga party” – festa em que todos os convidados usam a tradicional veste romana – para celebrar a marca de 100 milhões de usuários. Zuckerbeg, inclusive, apareceu na festa sorridente vestido como Júlio César.

Pronto para a bolsa desde 2007 – Ao mesmo tempo em que planejava a celebração, o sem-diploma Zuckerberg pilotava o dia-a-dia de uma empresa preparada para estrear na bolsa – com um valor de mercado, na época, próximo de 15 bilhões de dólares. 

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Globo de Ouro

"A Rede Social"  foi o grande vencedor do Globo de Ouro deste domingo. Confesso que não assisti tudo, não tenho muita paciência para eventos onde a assinatura e o brilho dos vestidos das celebridades concorrem com uma boa película.

Ainda não assisti ao filme que conta sobre a criação do Facebook, empresa criada e dirigida pelo menino prodígio de 26 anos, Mark Zuckerberg, recentemente avaliada em 50 bilhões, de dólares, e que precisa urgentemente abrir seu capital na Bolsa de Nova York. Também tenho dificuldades com essas coincidências. 

Abaixo, os filmes que disputaram na mesma categoria drama e seus trailers, compare:






Aqui, uma boa matéria do IG sobre o Globo de Ouro