quinta-feira, 31 de maio de 2012

Homenagem ao cinema político italiano

O diretor e roteirista italiano Francesco Rosi será o premiado com o Leão de Ouro Lifetime Achievement na 69ª edição do Festival de Veneza, em mais um dos grandes eventos do cinema mundial, entre 29 agosto e 8 setembro próximo.

A decisão foi anunciada pelo Conselho de Administração da Bienal, presidido por Paolo Baratta, por recomendação do diretor do Festival de Veneza Alberto Barbera. Rosi, de quase 90 anos, é um símbolo do cinema italiano do pós-guerra pelas inovações promovidas e por seus filmes política e socialmente comprometidos.

Um deles é “Il caso Mattei”, de 1972. No estilo cinema jornalístico, conta o caso do assassinato do presidente da companhia petrolífera ENI, com Gian Maria Volonté no papel principal. “O Caso Mattei” ganhou Menção Especial no Festival de Cannes. A morte do empresário, em circunstâncias que nunca foram completamente explicadas, lançou à época luzes sobre um eventual complô entre autoridades políticas e dos poderes econômicos italianos.

Uma cópia da película foi restaurada pelo também diretor Martin Scorsese, com apoio da Gucci, e será exibida na noite a premiação. “Sua obra influenciou gerações de cineastas em todo o mundo, por seu método, o estilo, a severidade moral e a capacidade de trazer as questões sociais urgentes à tela”, diz o diretor do Festival de Veneza, Alberto Barbera.

O napolitano Rosi começou a ser reconhecido pelo Festival de Cinema Internacional de Veneza em 1958, com “La Sfida”, que ganhou o Prêmio Especial do Júri. Em 1963, foi definitivamente consagrado, quando ganhou o Leão de Ouro “Le mani sulla città”, filme que denunciou a especulação imobiliária e os escândalos que surgiram durante os anos de reconstrução e crescimento econômico italiano. Em 2008, ganhou o Urso de Ouro Honorário, no 58º Festival de Berlim - Berlinale.

Jogos Olímpicos e culturais


São Paulo, quarta-feira, 30 de maio de 2012Opinião
Opinião
Ruy Castro

Maiores que a vida

RIO DE JANEIRO - Em julho e agosto, durante os Jogos Olímpicos, Londres não viverá apenas de rapazes e moças praticando arco e flecha, tae kwon do ou marcha atlética. Aproveitará também para promover uma espécie de Olimpíada cultural, que correrá paralelamente aos eventos esportivos e terá atrações só possíveis pelo influxo de dinheiro dos Jogos.

Uma delas será a exibição de cópias restauradas de nove dos onze filmes que Alfred Hitchcock rodou na Inglaterra entre 1925 e 1929, ainda no período mudo - um trabalho iniciado há três anos pelo British Film Institute e que jogará nova luz sobre a obra inicial do cineasta.

Como não temos um Hitchcock para mostrar, mas não nos faltaram um Pelé, um Garrincha, um Didi, um Gerson, um Rivelino ou um Zico, uma medida equivalente a se tomar aqui, tendo em vista os Jogos do Rio em 2016 - ou a própria Copa de 2014-, seria a restauração do acervo do cinejornal "Canal 100", do carioca Carlos Niemeyer, hoje sob a guarda da Cinemateca Brasileira (em SP).

Niemeyer conduziu o "Canal 100" de 1959 a 1986. Donde registrou a saga de todos os esquadrões brasileiros dos anos 60, 70, 80 - tão remotos para os jovens de hoje quanto foi o futebol de Domingos da Guia, Zizinho e Leônidas para a minha geração. É só descer as latas, examinar aqueles rolos de filmes riscados, sujos e quebrados, e meter mãos à sua recuperação.

A Cinemateca tem amplas condições técnicas para isso. Falta só a verba - ridícula, frente aos gastos que se andam fazendo. Imagino a exibição de trechos de, por exemplo, um Santos x Botafogo de 1960 em telões ao ar livre, maiores que a vida, no Rio e em SP, para milhares de brasileirinhos e gringos estupefatos (eu próprio venderia a alma para rever certos Fla-Flus do passado). Mas este é um trabalho que seria preciso começar ontem - ou já.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Minifestival argentino em quatro cidades brasileiras

por Gisele Teixeira, Aquí me quedo

Começa dia 1 de junho, em São Paulo, o 1º Festival de Cinema Argentino, realizado em parceria com o Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales (INCAA). A programação reúne cinco longas-metragens contemporâneos: Verdades verdaderas. La vida de Estela, de Nicolás Gil Lavedra; Las Acacias, de Pablo Giorgelli (Ganhadora da Câmara de Ouro no Festival de Cannes 2011); El dedo, de Sergio Teubal; Los Marzianos, de Ana Katz e Juntos para siempre, de Pablo Solarz. A promoção é do Cinemark.

O festival continua no Rio de Janeiro (21 a 28 de junho); Florianópolis (10 a 16 de agosto) e Porto Alegre (24 a 30 de agosto).


Sinopses:

Las Acacias (As Acácias), do diretor Pablo Giorgelli, vencedor da Câmera de Ouro do Festival de Cannes em 2011, conta a história da relação criada entre o caminhoneiro Ruben e uma mulher que viaja com ele ao lado de sua filha, durante o percurso de 1.500 km entre o Paraguai e Buenos Aires. Ruben é caminhoneiro desde jovem e conhece a estrada como a palma da sua mão, mas essa viagem será única em sua vida. No elenco estão os atores Germán de Silva, Hebe Duarte e Nayra Calle Mamani.




O filme El Dedo (O Dedo), primeiro longa-metragem do diretor Sergio Teubal e premiado no Festival de Cinema de Guadalajara, em 2011. Baseado na novela El Dedo de Baldomero, de Alberto Assodourian, o filme conta a história de Florêncio, que guardou o dedo indicador do irmão que encontrou morto. Coisas estranhas começam a acontecer no vilarejo, e nem mesmo Florêncio está preparado para o efeito que o dedo do irmão terá sobre o povo e a primeira eleição na cidade. No elenco estão os atores Fabian Vena, Puma Goity, Martin Seefeld, Mariana Briski e Roly Serrano.




A comédia dramática Los Marzianos (Os Marzianos), dirigida por Ana Katz apresenta dois irmãos, Luis e Juan, brigados há algum tempo. Delfina, a terceira irmã, tenta mediar à reconciliação, sem sucesso, até que a presença de Juan em Buenos Aires para o aniversário de sua filha e o desejo da menina de comemorar na casa dos tios leva os dois irmãos ao encontro que evitavam. No elenco estão os atores Guilherme Francella, Mercedes Morán, Arturo Puig e Rita Cortese.




O longa Juntos Para Siempre (Juntos para Sempre), do diretor Pablo Solarz, descreve a vida de um roteirista de sucesso, Gross. Mergulhado em suas histórias, ele mal escuta quando sua mulher, Lucía, confessa sua infidelidade e depois o abandona. Enquanto isso, o novo roteiro de Gross vai tomando forma, e aos poucos a ficção confunde-se com a realidade. No Elenco estão os atores Peto Menahem, Malenas Solda, Florencia Peña, Luis Luque, Mirta Busnelli, Marta Lubos, Valeria Lois e Silvia Kutica.




Primeiro longa-metragem de Nicolás Gil Lavedra – que trabalha com a temática de direitos humanos desde o curta-metragem Identidad Perdida (2005) –, o filme Verdades Verdaderas (Verdades Verdadeiras) encerra o festival em Sao Paulo. A obra apresenta a história da ativista de direitos humanos Estela Barnes Carlotto (papel de Susú Pecoraro), que tem sua vida transformada pelo sequestro de sua filha, Laura, durante a ditadura militar. O filme mostra a busca de uma esposa, mãe e avó, além de retratar sua luta pelos ideais de justiça. No elenco estão os atores Alejandro Awada, Rita Cortese, Inés Efron, Laura Novoa, Fernán Mirás, Carlos Portaluppi.


domingo, 27 de maio de 2012

Cannes 2012: os vencedores


O Júri oficial do 65º Festival de Cannes, presidido por Nanni Moretti, revelou a lista de premiados durante a Cerimónia de encerramento.

Bérénice Bejo acolheu Audrey Tautou e Adrien Brody na cena do Grand Théâtre Lumière para entregar a Palme d’or ao melhor dos 22 filmes em Competição.

O filme de Encerramento Thérèse Desqueyroux de Claude Miller, com Audrey Tautou, Gilles Lellouche e Anaïs Demoustier, foi projectado no final da cerimónia.

LONGAS METRAGENS

Palme d'Or

LOVE realizado por Michael HANEKE

Grand Prix

REALITY realizado por Matteo GARRONE

Prémio da encenação 

Carlos REYGADAS por POST TENEBRAS LUX

Prémio do Júri 

THE ANGELS’ SHARE realizado por Ken LOACH

Prémio de interpretação masculina

Mads MIKKELSEN
 em JAGTEN realizado por Thomas VINTERBERG

Prémio de interpretação feminina

Cristina FLUTUR & Cosmina STRATAN em DUPÃ DEALURI realizado porCristian MUNGIU

Prémio do argumento

Cristian MUNGIU por DUPÃ DEALURI

CURTAS METRAGENS

Palme d'Or

SESSIZ-BE DENG realizado por L. Rezan YESILBAS

CAMERA D'OR

BEASTS OF THE SOUTHERN WILD realizado por Benh ZEITLIN apresentado no âmbito da Selecção Oficial Un Certain Regard

Informações do site oficial Cannes 2012 

Brasil provoca ciúme em Cannes

Walter Salles em Cannes
La potencia del cine latinoamericano 

El País

A pesar de que ayer Aquí y allá, película de producción y director español –Antonio Méndez Esparza- y rodada en México ganara la Semana de la Crítica, Cannes no ha dado mucha cancha al cine español en esta edición. En cambio, países como Brasil, México y Colombia han dado una sensación de fuerza tanto en sus proyecciones como, sobre todo, en el mercado.

Si ha habido una fiesta cinéfila fuerte –es decir, fuera de los eventos patrocinados por marcas- este año ha sido la del pasado martes de Brasil, a la que convocaban desde el mismo departamento de prensa del certamen. Y ese mismo país ha dado muestras de su crecimiento en otros detalles: Carlos Diegues, el productor brasileño, preside el jurado de la Cámara de Oro.

Walter Salles presentó a concurso En el camino. Y en el Mercado daban una sensación de fuerza, de haber sabido encontrar su camino, que incluye estratégicas alianzas con la producción francesa. Un detalle: en la entrada principal del Mercado hay una columna que desde hace años usaba el cine español para anunciar sus títulos. Este año la columna era brasileña. 


Continua El País

Trailers dos mais cotados em Cannes

Romeno e austríaco polarizam a disputa 

O Globo

CANNES - Entre bolões de aposta e previsões baseadas em dicas da crítica, o 65º Festival de Cannes concederá a Palma de Ouro na noite deste domingo, tendo dois títulos cercados por um clima de “já ganhou!”.

De um lado, “Beyond the hills”, no qual o romeno Cristian Mungiu recria uma cerimônia de exorcismo cheia de metáforas sobre o jugo comunista em seu país. Do outro, “Amour”, no qual o austríaco Michael Haneke dirige os octogenários Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva num conto sobre o impacto da decadência física sobre uma paixão.

Os dois cineastas ganharam a Palma na década passada. Mungiu em 2007, por “4 meses, 3 semanas e 2 dias”; Haneke em 2009, com “A fita branca”. Esse é o único dado que poderia fazer o júri presidido por Nanni Moretti não conceder a um deles a honraria máxima.

Ficaria como opção premiar “Cosmópolis”, de David Cronenberg, que despontou como o candidato mais forte ao prêmio de direção. O único que rivaliza com ele é o americano Lee Daniels, por “The paperboy”, produção que conta com o lobby das entidades GLS.

Continua O Globo














sábado, 26 de maio de 2012

2.500 euros para entrevistar Brad Pitt

do El País

Cannes ante la crisis, ¿qué crisis?

Solo mercados como el italiano, el griego o el español se resienten en un certamen exultante en ventas y negocio

GREGORIO BELINCHÓN

Hotel Carlton. Cannes. Dos coca colas, 20 euros. Al menos son de 33 centilitros. En la ciudad de la Costa Azul nadie entiende de crisis. Todas las plazas hoteleras están ocupadas; los centenares de apartamentos y estudios que se alquilan durante los 12 días del festival, a rebosar; los restaurantes, aplicando subidas de precios a sus platos.

¿Crisis? El Mercado, que se clausuró el jueves, ha vendido como todos los años excepto a tres territorios, más remisos a gastar dinero: Italia, Grecia y España. Y de paso, floreció la venta ambulante de paraguas, por los que se llevaron a pedir 30 euros, gracias a las torrenciales lluvias registradas. Había 4.000 periodistas acreditados y se calcula que hubo 1.500 proyecciones dentro del Mercado, unas cifras récord. Si acaso, había menos pancartas y carteles que el año pasado colgados en las miles de terrazas de los edificios que dan a La Croisette.

Tampoco ha habido muchos reparos por parte de las agencias de representantes internacionales a la hora de cobrar por las entrevistas. Los productores ponen la promoción en manos de unas agencias internacionales de representación y prensa, que venden o dan gratis los espacios de promoción, los tiempos de entrevistas.

Este año, los tres filmes con mayor tirón mediático eran Killing them softly, con Brad Pitt; En el camino, con un elenco potente, y The paperboy, con Nicole Kidman. Entrevistar cara a cara a Pitt costaba como poco 2.500 euros los 10 minutos, que las agencias cobraban a los distribuidores locales de la película, y algunas de esas empresas llegaron a pagar 6.000 euros por entrevistar en grupo de siete a Ray Liotta, primero; a Ben Mendhelson, después; y finalmente en grupos de 14 durante media hora al director Andrew Dominik y a Pitt juntos.

Con En el camino la cosa iba a peor, porque el dinero se le pedía directamente a algunos periodistas, hasta que los canadienses protestaron: ellos van a tener en tres meses en el certamen de Toronto al mismo equipo artístico delante de ellos y gratis, y esa queja llegó a oídos del director Walter Salles, que paró la extorsión y decidió que todo fuera gratis. En cuanto a Nicole Kidman, hasta sus frases en la alfombra roja se cobraban, bien ella, bien sus representantes, bien las agencias internacionales de representación. Así que, ¿quién dijo crisis? Eso sí, en todas las entrevistas, todos los cineastas aprovechaban para reflexionar sobre la gravedad de la mala situación económica y financiera mundial.


Continua El País


Ruy Castro: os 10 melhores filmes são 300

São Paulo, sábado, 26 de maio de 2012Opinião


RUY CASTRO

Os dez maiores

RIO DE JANEIRO - Nos anos terminados em dois, como 2012, os cinéfilos podem se dedicar ao seu esporte favorito: brincar de listas dos "dez maiores filmes do cinema". É que, de dez em dez anos, desde 1952, a revista britânica "Sight and Sound" pede listas a críticos de toda parte. O resultado, por mais subjetivo, permite que se apure a quantas anda a apreciação histórica do cinema. O deste ano ainda não saiu, mas já há quem aposte que "Cidadão Kane" (1941), de Orson Welles, campeão absoluto desde 1962, será finalmente desbancado - por "Um Corpo que Cai" (1958), de Hitchcock.

Não seria absurdo. De enquete para enquete, muda a maneira de ver o cinema. O primeiro vencedor, em 1952, foi "Ladrões de Bicicletas" (1948), de Vittorio De Sica. O neorrealismo e De Sica estavam por cima. Dez anos depois, "Ladrões de Bicicletas" perdeu para "Kane", caiu para sexto lugar e, nas enquetes seguintes, desapareceu do radar. Na de 2002, estava num triste 45º lugar.

"Um Corpo que Cai", por sua vez, só apareceu na lista em 1982 -24 anos depois de realizado-, mas já em sétimo lugar. Na de 1992, subiu para quarto, e, na de 2002, atropelou e chegou em segundo. Uma presença mais consistente que a de "A Aventura" (1960), de Antonioni, que emplacou um sensacional, mas apressado, segundo lugar em 1962, caiu para quinto em 1972, para sétimo em 1982 e hoje está em 19º.

Casos de prestígio inabalável são os de "O Encouraçado Potemkin" (1925), de Eisenstein, e "A Regra do Jogo" (1939), de Jean Renoir, presentes em todas as listas. E triste é constatar o desamor por Chaplin. Em 1952, o segundo e o terceiro lugar eram dele: "Luzes da Cidade" (1931) e "Em Busca do Ouro" (1925). Dali em diante, Carlitos nunca mais foi visto entre os dez.

Eu também faço minhas listas de dez maiores. Mas elas têm 300 ou 400 filmes.

Cannes decepciona e não tem favoritos

RODRIGO SALEM

ENVIADO ESPECIAL A CANNES

Cronenberg, Abbas Kiarostami, Wes Anderson, Michael Haneke. A competição da 65ª edição, no papel, parece uma das melhores dos últimos anos.

Mas, na prática, não foi bem o que aconteceu. Talvez a expectativa gerada pelos grandes nomes tenha sido prejudicial.

Apesar de Haneke ter feito um filme elogiado ("Amour"), a reação não é a mesma obtida por "A Fita Branca" há três anos.

Mesmo assim, chega à reta final como o favorito, ao lado de "Beyond the Hills", de Cristian Mungiu.

Continua Folha.com


sexta-feira, 25 de maio de 2012

"Star Wars", alguém não lembra?

Você lembra o que fez no dia 25 de maio de 1977? Provavelmente não, seria quase um absurdo. Mas, não é improvável que sua memória localize onde e com quem assistiu ao filme "Star Wars", uma das maiores febres de bilheterias de todos os tempos.

Eu lembro, embora não seja o caso de cansar ninguém com muitos detalhes pessoais. Lembro também que, à época, em plena ditadura militar, envolvido até o último fio de barba na política estudantil, fui um pouco contrariado. Achava aquela febre toda um pouco "coisa do imperialismo cultural ianque". Mais ou menos como a Coca-Cola - da qual hoje muitos daquela turma são dependentes químicos.

As paixões juvenis-universitárias removem montanhas e lá fui eu. O fato é que "Guerra nas Estrelas" sem sombra de dúvidas é um marco na história do cinema mundial. Por tudo: pela máquina de divulgação montada, pela qualidade do filme, da música, dos quase inéditos efeitos pessoais. E do sentido de oportunidade de Hollywood.

Para lembrar um pouco disso tudo, abaixo o que diz o Wikipédia. Embora hoje não faltem matérias em qualquer site de busca em comemoração aos 35 anos do primeiro episódio. E, apenas para registrar a coincidência, hoje também é o Dia do Orgulho Nerd.


Fotos raras da série: Revista Monet

Star Wars (Guerra nas Estrelas ou Guerra das Estrelas é o título de uma space opera americana que foi transformada em uma série de seis filmes de ficção científica escritos por George Lucas. O primeiro filme da série foi lançado originalmente pela 20th Century Fox em 25 de maio de 1977 sob o título Star Wars, tornando-se um fenômeno mundial de cultura popular.

Foi acompanhado por duas sequências, Empire Strikes Back e Return of the Jedi, lançadas em intervalos de três anos. Dezesseis anos depois da exibição do último filme teve início uma nova trilogia, mais uma vez lançada em intervalos de três anos, com o último filme sendo lançado em 19 de maio de 2005.

Em 2008, a soma arrecadada pelos seis filmes Star Wars totalizava aproximadamente 4,41 bilhões de dólares, fazendo desta a terceira série cinematográfica mais lucrativa de todos os tempos, atrás apenas dos filmes Harry Potter e James Bond. Como subprodutos surgiram também uma franquia literária, uma série de jogos eletrônicos e desenhos animados (incluindo inúmeros prelúdios, sequências e adaptações literárias).


Continua  Wikipédia



Novo Polanski em junho

Baseado na peça homônima de Yasmina Reza, Deus da Carnificina, ganha pôster e trailer nacional e estreia em 7 de junho nos cinemas.

O premiadíssimo cineasta polonês, Roman Polanski, volta às telas com a adaptação de Deus da Canificina (Carnage),que estreou no último festival de Veneza e chegará as telas brasileiras no dia 7 de junho. A produção, que conta com um elenco de primeira classe, Kate Winslet (O Leitor), Christoph Waltz (Bastardos Inglórios), Jodie Foster (O Plano Perfeito) e John C. Reilly (O Ditador), acaba de ganhar, pôster e trailer nacional.

Nancy (Kate Winslet) e Alan (Christoph Waltz) são os pais de um menino de 11 anos que se envolve em uma briga com um colega de escola. O casal é gentilmente convidado, pelos pais do outro garoto (Jodie Foster e John C. Reilly), para um encontro com a intenção de selar a paz entre os garotos e colocar um ponto final na história. A cordialidade lentamente transforma-se em alfinetadas que culminam em hilárias situações e grotescas ofensas. Diante deste cenário, ninguém escapará dessa carnificina.


informações Imagem Filmes



quinta-feira, 24 de maio de 2012

CINEJ@RNAL: a imprensa sobre 'On The Road'

@ 'On The Road' tem recepção tímida em Cannes

Adaptação do clássico da literatura beat, dirigida pelo brasileiro Walter Salles e com Kristen Stewart no elenco, recebeu aplausos modestos no festival

Carlos Helí de Almeida, de Cannes

O caminho foi longo e tortuoso, mas nem por isso a recepção no destino final foi tão calorosa quanto se esperava. Exibido na manhã desta quarta-feira para a imprensa na competição do 65º Festival de Cannes, a aguardada adaptação de On The Road, o clássico da literatura beat, de Jack Kerouac, dirigida pelo brasileiro Walter Salles, foi recebida por aplausos modestos por uma plateia aparentemente pouca empolgada com a viagem física e existencial de seus personagens. Mais Veja

@ Filme de Walter Salles é aplaudido de pé em sessão de gala em Cannes

RODRIGO SALEM
ENVIADO ESPECIAL A CANNES


"Na Estrada", filme do brasileiro Walter Salles, passou por duas situações distintas na suas exibições desta quarta-feira (23) em Cannes.
Na manhã, a produção foi recebida com poucos aplausos e uma certa frieza por parte da imprensa mundial. À noite, porém, o filme foi ovacionado pelo público presente à sessão de gala em que foi exibido. Mais Folha São Paulo 

@ "Na Estrada" é elogiado em Cannes, mas não empolga crítica internacional

A adaptação do livro cult de Jack Kerouac "On the Road" ("Na Estrada", no Brasil) para o cinema, dirigida por Walter Salles, foi recebida com frieza em sua primeira sessão para jornalistas em Cannes. O site "The Hollywood Reporter" diz que Salles fez um trabalho respeitável ao adaptar o romance, embora o filme "raramente proporcione o tipo de prazer inebriante que retrata". Mais Folha São Paulo

@ Grandeza de 'On the Road' está na simbiose entre diretor e atores

No filme, como no livro, os jovens que buscam a última fronteira da América não conseguem alcançá-la

Luiz Carlos Merten - O Estado de S.Paulo

Pode ser que o presidente do júri Nanni Moretti, sinta-se tentado a fazer justiça a Michel Piccoli, o extraordinário ator de Habemus Papam, que nada recebeu no ano passado. Mas se Piccoli, por grande que seja, tivesse sido o melhor ator de Cannes em 2011, talvez não tivesse começado aqui a trajetória que transformou Jean Dujardin e seu filme O Artista em fenômeno internacional. Moretti pode, assim, querer premiar um veterano como Jean-Louis Trintignant, por Amor, de Michael Haneke. Mas não seria justo com os jovens talentos de Cannes. Mais O Estado de São Paulo

@ Cannes: jornada de maturidade e sensualidade

Walter Salles deu à Cannes algo que o festival de cinema mais disputado do mundo ainda não havia experimentado em sua 65ª edição: sensualidade, sensorialidade, ou em bom português, tesão. "Na estrada" ("On the road") é disparado o filme mais maduro de Salles como realizador, preciso em sua composição de planos, exigente na direção de atores e ousado no retrato da juventude. Mais O Globo

@ Walter Salles adapta a Kerouac sin eclipsar ni a Pitt ni a Kidman

Gregorio Belinchón - Cannes

Si Leos Carax ha causado controversia con su Holy motors, Walter Salles ha desparramado por el patio de butacas de la sala Lumière (cerca de 3.000 butacas) una melancólica sensación de cansancio y aburrimiento totalmente opuesta al espíritu de la novela en la que se basa su película, En el camino, el mítico libro de Jack Kerouac. Sentimientos que han hecho de hoy un extraño día en Cannes, con la prensa más atenta a las entrevistas con Nicole Kidman y Brad Pitt, que están defendiendo películas a concurso. Mais El País

@ Adaptación sin alma de ‘En el camino’

Carlos Boyero - Cannes

Ignoro si la gente joven sigue leyendo la novela de Jack Kerouac
Si así fuera, ignoro si les provoca la hipnosis y la ensoñación que sintieron otras generaciones


Ignoro si la gente joven sigue leyendo la novela de Jack Kerouac En el camino, y si así fuera, ignoro si les provoca la hipnosis y la ensoñación que sintieron otras generaciones. Yo recuerdo mi encuentro con ella a comienzos de los años setenta como una revelación conmovedora, una sensación parecida a la que me otorgó la maravillosa vitalidad de la obra de Henry Miller, que estaba prohibida en España y la conseguías clandestinamente en ediciones argentinas. Y por supuesto, al leer a Kerouac en aquellos años de excesiva incertidumbre y lógico desasosiego te entraban irresistibles ganas de lanzarte a la carretera. El autoestop era una forma accesible de viajar.

En mi caso no llegué muy lejos. Solo di algunas vueltas por España y crucé la frontera con Francia un par de veces. No encontré mi camino definitivo en esos viajes pero sirvieron para oxigenarme y hacerme soñar. También me acompañaba permanentemente en la mochila esa novela elegiaca. No he vuelto a leerla. Por precaución o miedo, temiendo el desencanto o la comprobación de que eras otra persona en aquellos momentos, pero guardará eternamente un lugar privilegiado en mi memoria. Mais El País

@ "Sur la route" ("On the Road") : le voyage mythique qui forma la jeunesse

LE MONDE

Par Thomas Sotinel

Sur la route, le film, existe depuis des décennies. Pas seulement à l'état de projets d'adaptation avortés dans les cartons de Francis Ford Coppola, Gus Van Sant ou Joel Schumacher, mais dans l'imaginaire de centaines de milliers de lecteurs du livre de Jack Kerouac, publié en 1956.

Les tribulations transcontinentales de Sal Paradise et Dean Moriarty sont la matrice d'aventures américaines vécues ou rêvées par des générations d'enfants qui ont voulu partir, loin. Le principe est toujours le même : traverser les Etats-Unis en suivant des rubans de bitume, dans l'espoir de découvrir le monde, les autres, soi-même. Mais Le Monde


quarta-feira, 23 de maio de 2012

CINEJ@RNAL

@ Super-heróis gays rasgam as capas

LOS ANGELES, 22 Mai (Reuters) - Os personagens do universo X-Men, da Marvel, trocaram as armas pelas alianças para protagonizar o primeiro casamento homossexual entre super-heróis, marcado para junho.

A Marvel disse na terça-feira que Jean-Paul Beaubier, conhecido como Northstar, um canadense de penetrantes olhos azuis e mecha grisalha no cabelo, capaz de se deslocar e voar a velocidade sobre-humana, irá propor casamento a Kyle Jinadu, seu namorado há anos, na revista "Astonishing X-Men #50", que será lançada na quarta-feira. Mais
Reuters

@ O esforço de Walter Salles

CANNES, 23 Mai (Reuters) - A Bíblia da Geração do Beat, "On the Road" estreou no Festival de Cannes nesta quarta-feira, demorando mais de cinco décadas para a história frenética da libertação, masculinidade e América pós-guerra levar sua jornada do livro para a tela grande.

Furiosamente escrito numa máquina de escrever durante uma farra criativa de três semanas em 1951, "On the Road", de Jack Kerouac, é o retrato da cultura do "Beat" e sua busca espiritual para se expressar. A versão cinematográfica do diretor brasileiro Walter Salles ("Diários de Motocicleta") se esforça para capturar a energia e o fluxo de consciência guiado por drogas do livro original. Mais
Reuters

@ Bertolucci racha opiniões em Cannes

Foi morna a acolhida da imprensa ao longa metragem que marca a volta do italiano Bernardo Bertolucci à direção: o drama "Io e Te" . Como todos os grandes filmes deste 65º Festival de Cannes, a produção dirigida pelo realizador de obras primas, como "Último tango em Paris", rachou opiniões.

Não poderia ser diferente a recepção deste que é um dos trabalhos mais intimistas de Bertolucci. Originalmente concebido para ser captado e projetado em 3D no mundo inteiro, o filme chegou aqui em uma versão 2D, sendo exibido às 14h do horário local (9h no Brasil). Dizem os jornalistas da Itália que a versão em três dimensões não funcionou obrigando Bertolucci a desistir dela. Mais
O Globo

@ Ministra da Cultura e Paulo Coelho bailam em Cannes

Durante uma festa organizada pelo Festival de Cannes em homenagem ao Brasil, na noite de terça, (22), a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, dançou com o escritor Paulo Coelho samba, forró e até o funk carioca "Um Tapinha Não Dói".

Além da pista de dança, o evento realizado na tenda l'Agora, ao lado do Palais des Festivals, teve direito a bebida grátis e show de Daniel Jobim, neto de Tom Jobim. Mais
Folha.com . Abaixo o vídeo, com pouca qualidade.


sábado, 19 de maio de 2012

Sessão de cinema para cachorros

www.matilhacultural.com.br.
Amanda Kamanchek
colaboração para a Folha

No escuro, somente a luz da tela no ambiente, os cachorros se acomodam no colo dos donos, recebendo um carinho. Alguns se espalham pelo chão ou pela poltrona.

O silêncio toma cinco minutos durante o filme argentino "Bombom, o cachorro", sobre um mecânico que vive só na Patagônia e decide adotar um pitbull.

Quando a câmera se aproxima do rosto do protagonista, o vira-lata Toff começa a latir. Depois, rosna e parece lamuriar. Os outros cães começam a acompanhar, latindo juntos. O resto da plateia ri da situação.

A sessão de cinema faz parte da programação da Matilha Cultural no "Pra Cachorro", festival que vai até o dia 3 de junho e tem exposição de fotos, palestras e até piquenique para os animais. 


Continua Folha.com

Uma viagem pelo cinema de 17 países

A HISTORIA ILUSTRADA DO CINEMA MUNDIAL


O Festival de Cannes disponibiliza em seu site oficial a história da indústria cinematográfica em 17 países, incluindo o Brasil. Ano passado, Cine Lux publicou, individualmente, toda a série de artigos divulgados. Como o material é riquíssimo para quem gosta de cinema e ainda não leu, mas também para quem apenas aprecia, fica novamente a indicação. Abaixo, o que dizem os organizadores:

Acompanhe-nos numa viagem de exploração das maiores nações da história cinematográfica. Pequenos artigos ilustrados retratam a história do cinema em vários países, vista pelo olhar de especialistas ou realizadores. É claro que cada peça é revivida com extractos de filmes, fotografias, cartazes, contas pessoas e outro material de arquivo.

A viagem começa aqui

Cacá Diegues: Arte e cultura em Cannes

Deixem nossos artistas trabalhar em paz

CACÁ DIEGUES

Como já saiu nos jornais, estou em Cannes, presidindo o júri da Caméra d’Or (Câmera de Ouro), prêmio que o festival outorga ao melhor primeiro filme exibido em qualquer uma de suas plataformas (Seleção Oficial, Un Certain Regard, Quinzena dos Realizadores e Semana da Crítica).

Gosto de estar em Cannes e gosto do que vim fazer aqui. Cannes é uma festa do cinema organizada para a glória de quem o pensa e o faz, os próprios cineastas. Na abertura do festival, nessa quarta-feira passada, estavam presentes todas as estrelas de “Moonrise Kingdom“, o filme inaugural, e a multidão de fotógrafos profissionais e amadores se fartou de registrar a passagem de Bruce Willis, Ed Norton, Bill Murray e os outros pelo tapete vermelho. Mas, no momento em que todos eles entraram na sala de projeção, a voz de um locutor oficial anunciou a presença apenas de Mr. Wes Anderson, o jovem diretor do filme.

Bem, é verdade que, fora do Palácio do Festival, a cidade é dos que vieram aqui para fazer negócios, comprar e vender filmes, montar produções internacionais, trocar informações sobre os mercados, essas coisas. São esses os homens de cinema que agitam o festival, que pagam seu luxo com o que deixam em Cannes e na França em troca de hotéis de várias estrelas, almoços e jantares à beira do Mediterrâneo, happy hours, festas suntuosas e a Coca-Cola a dez dólares a garrafa.



A iniciativa do prêmio Caméra d’Or não tem nada a ver com isso. Ele existe para estimular o rejuvenescimento das ideias cinematográficas pelo mundo afora, pondo em destaque os cineastas que estreiam no longa-metragem e que tiveram seus filmes selecionados para alguma sessão do festival. Pela lógica natural das coisas, são sempre os novos cineastas os responsáveis pelas novas tendências cinematográficas e o Caméra d’Or é uma oportunidade única para descobri-las. Por isso aceitei correndo o convite de Gilles Jacob e Thierry Frémaux para presidir seu júri.

Quando escrevo esse texto, ainda não assistimos a nenhum dos concorrentes ao prêmio. Mas já tenho comigo a lista dos 25 filmes que veremos ao longo dos próximos 10 dias e só me deparo com nomes dos quais nunca ouvi falar, alguns deles vindos de países sem nenhuma tradição ou mesmo curta história de cinema. Confirmo com entusiasmo e muita expectativa que o mundo se alfabetiza audiovisualmente, filma-se de todas as maneiras, em todos os cantos do planeta.

Esse 65 Festival de Cannes também homenageia o cinema brasileiro, exibindo três de nossos filmes em sua sessão de classics, filmes antigos que já passaram por esse ou outros festivais importantes, como “Ópera do Malandro”, de Ruy Guerra, “Cabra marcado para morrer”, de Eduardo Coutinho, e o meu “Xica da Silva”, agora restaurado pela Cinemateca Brasileira. Além desses filmes, será exibido também “A música segundo Tom Jobim”, o belíssimo documentário de Nelson Pereira dos Santos, selecionado oficialmente, fora de competição.

Até onde pude acompanhar, a imprensa brasileira não está dando muita bola para a representação nacional na competição oficial de Cannes. Lá está, concorrendo à Palma de Ouro, o filme “Na estrada”, dirigido pelo nosso Walter Salles.

Continua O Globo

CineLUX: Cacá Diegues presidirá o Caméra d’or

Festival de Cannes 2012

sexta-feira, 18 de maio de 2012

CINEJ@RNAL: CANNES 3º dia

@ A solidão do turismo sexual

CANNES, França, 18 Mai (Reuters) - Quem explora e quem é explorado na indústria do turismo sexual é a questão que aparece no filme "Paradies: Liebe" (Paraíso: Amor), do diretor Ulrich Seidl, um retrato forte e inquietante sobre a solidão feminina e o desequilíbrio econômico na África.O longa falado em alemão está em competição no festival de Cannes e teve sua estreia mundial na sexta-feira. Mais Reuters

@ A síndrome da celebridade

CANNES, 18 Mai (Reuters) - A obsessão por celebridades é o foco do novo diretor italiano Matteo Garrone no filme "Realidade", um dos dois filmes na lista de exibições do no Festival de Cinema de Cannes que exploram o poder corrosivo da fama instantânea e o desejo de ser visto. Mais Reuters

@ Um Festival machista

A edição de 2012 do tradicional festival de cinema não traz nenhum filme na mostra competitiva dirigido por mulheres.Até hoje, somente uma mulher foi agraciada com o prêmio máximo do festival, a cineasta Jane Campion, pelo filme O Piano, em 1993. Mais BBC Brasil

@ A vida como ela é

A sexta-feira começou em clima de chuva e de Big Brother. Ou Grande Fratello, como os italianos chamam o reality show. Reality também é o nome do novo filme de Matteo Garrone (de Gomorra), o quarto filme a concorrer a uma Palma de Ouro este ano. O filme foi exibido na manhã de hoje e agradou, mas não muito. Bem cuidado, super analítico e até um tanto frio, Reality retrata a transformação de um peixeiro napolitano, um ‘homem comum’ em um ser obcecado pela ideia de estar sendo observado o tempo todo pela produção do programa. Causou desconforto e trouxe à tona as discussões sobre a medida do real, da fantasia e da ética na TV atual. Mais Estadão.com.br

@ Das telas para as grades

A interpretação mais poderosa da 65ª edição de Cannes não poderá colher os louros do seu trabalho. Aniello Arena, protagonista do longa "Reality", do diretor italiano Matteo Garrone, de "Gomorra", não pôde vir a Cannes por uma razão: ele está preso na Itália por assassinato. Mais Folha.com

@ Festa chilena em Cannes

O drama político "No", do cineasta Pablo Larraín, de" Tony Manero", foi ovacionado durante sua projeção, nesta sexta-feira na Croisette. Considerado um dos mais importantes realiadores de seu país na atualidade, Larraín narra a história do plebiscito que devolveu a democracia ao país no fim dos anos 1980. Mais O Globo

@ Los más guapos de Cannes. Día 3

Foto: Getty Images
Jane Fonda (de Roberto Cavalli), Ines de la Fressange y Leila Bekhti, en la première de "Madagascar 3: De vuelta por Europa". Mais fotos do terceiro dia El País - Moda

Um Sergio Leone em 4h e 25m

Sergio Leone © RR
Uma nova cópia restaurada da obra prima de Sergio Leone durando 4h15 é apresentada nos Cannes Classics. Uma versão iniciada pela Film Foundation de Martin Scorsese, muito parecida com a primeira montagem do mestre italiano.

Tudo concorre para que
Once upon a time in America: o último filme dum cineasta gigantesco que realizou apenas sete filmes, e um projecto faraónico - 12 anos de escrita com cerca de vinte argumentistas, 45 semanas de rodagem, um orçamento explosivo de 51 milhões de dólares em vez dos 30 previstos, uma recepção divergente à sua saída… Sem contar a música sublime de Ennio Morricone que não pôde concorrer aos Óscares porque o nome de Morricone não aparecia no genérico americano.

Mas a história mais dolorosa do filme é sem dúvida alguma a da montagem. Sergio Leone tinha-se comprometido perante a Warner a entregar um filme de 2h45 no máximo, mas a sua versão ideal tinha na realidade 4h25.


Robert De Niro
Do seu projecto guião*, Sergio Leone cortou algumas cenas para conseguir chegar à versão europeia de 3h49, apresentada em Cannes, Fora da Competição, em 1984. Ela continuava a ser demasiado longa para os americanos que a reduziram a uma versão grotesca de 2h19, remontada em ordem cronológica!
 Graças à restauração comandada por Martin Scorsese e realizada pela Cinemateca de Bolonha, em associação com a Andrea Leone Films, The Film Foundation e Regency Entreprises, é uma versão numérica 4 k, com 25 minutos inéditos, que será apresentada hoje.

Desafio principal foi de descobrir e integrar as cenas cortadas por Leone, sabendo que o negativo das cenas não montadas já não existe. Um trabalho de formiga que mobilizou uma equipa de pesquisadores durante vários meses, à cata de qualquer informação ou testemunho permitindo aproximar-se da versão inicial, tal como tinha sido desejada pelo mestre italiano. Boatos persistentes dizem que faltam cenas, segundo Martin Scorsese, o qual espera incorporá-las um dia no filme de Leone.

* texto divulgado pelo site oficial do Festival 

Argentina salta à frente em Cannes

Jérémie Renier e Ricardo Darín - Divulgação
Argentinos se destacam em Cannes

O Globo

‘Los salvajes’, primeiro de seis filmes dos ‘hermanos’ no festival, angaria elogios da crítica

CANNES - Embora o Brasil seja o país homenageado deste ano na Croisette, a Argentina passou na frente e se tornou a primeira nação latino-americana a se destacar no 65º Festival de Cannes, em qualidade e quantidade. Mesmo sem concorrer à Palma de Ouro, os argentinos têm seis filmes espalhados por diferentes mostras e asseguraram presença em todos os eventos de coprodução e distribuição do balneário.

Nesta quinta, eles tiveram uma vitória simbólica a mais: emplacaram o primeiro longa-metragem a representar a América Latina na mostra francesa, "Los salvajes", de Alejandro Fadel. Exibido na abertura da Semana da Crítica, o misto de thriller e faroeste contemporâneo centrado na fuga de cinco adolescentes de um reformatório causou sensação aos olhos da crítica.

— A Argentina hoje produz cerca de 80 longas de ficção por ano, além de uns 50 documentários. Um número quase igual ao brasileiro, que só se consolida porque alimentamos a tradição de investir em eventos como Cannes — diz Diego Marambio, gerente de operações internacionais do Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales (Incaa), órgão responsável pelo fomento da filmografia argentina. — Nos últimos anos, ampliamos as coproduções com a Itália, a Alemanha e a França, o que tem facilitado nossa circulação por grandes festivais como Cannes.

Representado em Cannes por uma tenda ao lado do Palais des Festivals, o Incaa viu seu trabalho na Croisette aumentar depois da boa acolhida de "Los salvajes" entre os críticos. Resenhas elogiosas à direção de Fadel atiçaram o interesse dos distribuidores internacionais pelo filme. Com a procura, o instituto tenta promover as demais atraçoes da filmografia argentina selecionadas para o festival.


Continua O Globo

Cinema argentino: vem aí mais um torpedo!

por Gisele Teixeira, Aquí me quedo

Semana passada fui ver O Ultimo Elvis, que é um filmaço, divertido e triste ao mesmo tempo.

E este final de semana estarei nas filas para assistir “Elefante Blanco”, que promete ser mais um sucesso do cinema argentino. Teve estréia ontem e vendeu mais de 15 mil entradas!

Reúne o mesmo elenco de sucesso de Carancho: o diretor Paulo Trapero e sua mulher Martina Gusmán e o ator Ricardo Darin (por supuesto).

Na trama, Darín e o ator belga Jérémie Renier, conhecido pelos filmes dos irmãos Dardenne, interpretam dois padres que trabalham na comunidade de Villa Virgen, favela de Buenos Aires tomada pela violência.



No trio de roteiristas também tem repeteco, com Martín Mauregui, Alejandro Fadel e Santiago Mitre.



quarta-feira, 16 de maio de 2012

Cannes 2012, primeiro dia em fotos

O diário espanhol El País fez uma seleção de fotos das "celebridades" que desfilaram pelo primeiro dia do Festival de Cannes 2012, como esta abaixo.

Mais aqui.  

Marilyn Monroe nunca esteve em Cannes

Marilyn nunca estuvo allí

por Gregorio Belinchón, do El País

Marilyn sonríe. Y sopla. En el gesto se nota cierta alegría. La vela sobre la tarta está apagada. Norman Jean cumple 30 años, y esa tarta, esa vela y es sonrisa se debe a su celebración.

Cannes ha elegido esa foto para su cartel oficial, en una imagen feliz por su 65 aniversario, justo cuando ya han pasado cinco décadas desde la muerte de Monroe. Como aseguraba la organización en su nota de prensa el día del lanzamiento: “El póster atrapa a Marilyn por sorpresa en un momento íntimo donde el mito se encuentra con la realidad […]. Todo ello simboliza el ideal de sencillez y elegancia”.

Puede ser, pero la foto contiene varias trampas. Como Cannes. Por de pronto, está hecha dentro de un coche, un sitio muy extraño para comer tarta y soplar velas. Y además: Monroe nunca pisó Cannes, jamás paseó por La Croisette y por supuesto, nunca fue fotografiada en hoteles como el Carlton, el Martínez o el Majestic Barrière.

Solo una película suya se proyectó en el certamen: en 1951 ‘Eva al desnudo’ obtuvo el Premio Especial del Jurado y el premio a la mejor actriz para Bette Davis. Monroe ni siquiera pisó Francia. Por cierto, que ya el año pasado la actriz fue la imagen de Una cierta mirada, con un bañador azul.

El certamen vive esas mismas trampas: en la sección oficial están Abbas Kiarostami, Ulrich Seidl, Im Sang-soo, Carlos Reygadas… pero por allí se pasearán Jane Fonda, Brad Pitt, Zach Efron, Robert Pattinson, Nicole Kidman, Kristen Stewart, Ben Stiller o Sacha Baron Cohen, que hace doblete como actor de doblaje en ‘Madagascar 3’ y por su película ‘El dictador’, cuya iconografía ocupa la puerta del Carlton.

Cannes vive de vender cine, y aunque se escude en grandes creadores de arte y ensayo, su negocio se diversifica de forma sorprendente: el año pasado en el Mercado de Cannes uno de los adelantos más vistos era el de una película china porno en 3D.

Marylin lembrada na abertura do Festival

O realizador americano Wes Anderson e a equipe completa de Moonrise Kingdom, primeiro filme a ser apresentado em Competição, abriu hoje, quarta-feira 16 de Maio, o 65º Festival de Cannes sob o olhar do Presidente italiano do Júri Nanni Moretti e de oito membros do júri.

"É um grande privilégio e uma grande responsabilidade para mim, ser presidente do júri do maior festival de Cinema do mundo. Quero agradecer os meus jurados pela sua competência e boa disposição. Agradecer igualmente o Festival de Cannes e a França, que concede sempre um lugar especial ao cinema na sociedade", declarou o cineasta.

Antes, Bérénice Béjo, muito comovida, apresentou cada um dos membros do Júri. A atriz francesa, que deu a réplica a Jean Dujardin em The Artist, desejou evocar a epopeia do filme mudo, realizado por Michel Hazanavicius. "Gostaria de aproveitar para agradecer o Festival de Cannes, onde tudo começou para mim. É bonito, todas as pessoas que no mundo inteiro gostaram desse filme em que não se fala", salientou Bérénice.

Para encerrar a cerimónia, Beth Ditto, do grupo americano The Gossip, interpretou Candle in The Wind, melodia composta por Elton John em 1973 em homenagem a Marylin Monroe. Um piscadela a este ícone, que aparece no poster oficial desta 65ª edição assoprando a vela de um bolo de aniversário do Festival de Cannes.


do Festival de Cannes

CineLUX: Uma viagem pelos cartazes de Cannes