Depois de uma década de filmes marcados por imagens fortes, Kim Ki-duk comemora o Leão de Ouro
Filme vencedor da 69ª edição do evento, ‘Pietá’, coroa uma carreira de provocações
VENEZA - Em 2000, “A ilha”, de Kim Ki-duk, provocou desmaios e vômitos na plateia do Festival de Veneza. A história de amor entre uma funcionária de um resort de pesca e um fugitivo da polícia, recheada de impactantes cenas de sexo e anzóis, chamou a atenção para o então jovem realizador sul-coreano, que continuou a instigar os espectadores ao longo da década. O Leão de Ouro conquistado por seu novo filme, “Pietà”, sábado, na 69ª edição do evento, coroa uma carreira de provocações.
Agora, estupro, mãos decepadas, intestinos expostos e pernas quebradas chocam as plateias que acompanham a história de um cobrador de dívidas implacável (Lee Jung-jin), que experimenta o próprio remédio quando uma mulher aparece em sua porta afirmando ser sua mãe. Mas ninguém ficou indiferente à crítica ao capitalismo embutida no meio de tanta truculência.
— Quero acreditar que as pessoas vão questionar a sociedade capitalista. Elas precisam mudar a si mesmas primeiro para depois gerar uma transformação — disse o diretor de 51 anos em Veneza.
Continua O Globo
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