domingo, 30 de setembro de 2012

Phoenix ressurge em "O Mestre"

Protagonista de "O Mestre", Joaquim Phoenix ressurge em Hollywood 

Folha de São Paulo


RODRIGO SALEM
DE VENEZA

A sala de entrevistas do Cassino do Lido estava lotada pela primeira vez no último Festival de Cinema de Veneza. Jornalistas em pé e dezenas de fotógrafos na frente da bancada onde os entrevistados se sentam. O clima era tenso.

Em poucos minutos, começaria a entrevista coletiva de "O Mestre" (em janeiro no Brasil), que já tinha duas razões para atrair a atenção:

1) é o novo longa de Paul Thomas Anderson, diretor de "Magnólia" (1999) e "Sangue Negro" (2007), um mix moderno de Robert Altman ("O Jogador") com Stanley Kubrick ("Laranja Mecânica").

2) a trama, sobre as origens de um culto nos EUA dos anos 1950, seria um ataque à cientologia, religião de Tom Cruise.

Mas o que desperta tanto interesse é Joaquin Phoenix, o homem mais imprevisível do cinema. O sujeito anunciou a aposentadoria em 2008 para virar rapper, mas era tudo mentira. Estava, na verdade, atuando no pseudo-documentário "I'm Still Here" (2010), dirigido pelo cunhado, Casey Affleck.

A pegadinha fez o ator virar "persona non grata" em Hollywood. "O Mestre" é seu primeiro filme tradicional em quatro anos. Como se comportaria na entrevista?

Continua Folha São Paulo



Santoro encarna líder anarquista espanhol

Rodrigo Santoro encarna líder anarquista em épico de Roland Joffé 

Ator compara a atual superprodução épica com sua experiência ao filmar '300'

VEJA

Fabíola Ortiz, do Rio de Janeiro

Recém chegado ao Brasil após as filmagens de 300: Rise of an empire, na Bulgária, Rodrigo Santoro conversou com a imprensa neste sábado, no Armazém Utopia, no Cais do Porto. A visita à cidade é para apresentar, no Festival do Rio, que exibe Encontrarás Dragões: Segredos da Paixão (There Be Dragons, 120 min), longa de Roland Joffé que terá pré-estreia neste domingo, na sessão de gala no Cine Odeon, às 19h30.

A super produção de 36 milhões de dólares foi gravada durante 15 semanas, na Argentina, em 2010 sob a direção do britânico que já realizou A Missão (1986), O Início do Fim (1989), A Letra Escarlate (1995) , Vatel - Um Banquete Para o Rei (1999), Misteriosa Paixão (1998) e Cativeiro (2007). Joffé se apoia no pano de fundo da guerra civil espanhola para contar uma história de amizade, amor e fé.

“Eu faço Oriol, um anarquista muito diferente do personagem que fiz em Che, que estava na revolução cubana. Oriol fica completamente apaixonado pela primeira vez na sua vida, mas não podia, porque estava lutando numa guerra, e isso era contra os códigos. Fiquei tocado por essa história. Havia socialistas, comunistas e republicanos lutando na guerra civil espanhola”, disse o ator.


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sábado, 29 de setembro de 2012

Oscar 2013: Argentina vai de "Infancia clandestina"

Por un voto, el cine argentino eligió su mejor opción al Oscar


Infancia clandestina superó en un ajustado final a El último Elvis 19 a 18

La Nacion

Apenas un voto de diferencia hizo que la Argentina se decidiera por la mejor opción disponible en sus aspiraciones por repetir en febrero próximo el triunfo histórico alcanzado por El secreto de sus ojos hace casi tres años. Infancia clandestina es el título elegido por la Academia del cine local para representar a nuestro país en la carrera por el Oscar.

En el ajustado escrutinio hecho público ayer, la Academia optó por la renovación generacional. Dos óperas primas recibieron la mayor cantidad de votos. El film de Benjamín Ávila, actualmente en cartel, prevaleció por un margen muy exiguo sobre El último Elvis (Armando Bó), pero aún tratándose de dos títulos de grandes méritos, la diferencia entre ambos se torna más visible si pensamos en la competencia a la que el triunfador acaba de sumarse.

Los encargados de elegir cada año al mejor film extranjero a partir de una preselección realizada por un comité especial de la Academia de Hollywood suelen recibir de la mejor manera historias llegadas desde todos los rincones del mundo con planteos genuinamente locales que tengan, inmediatamente, una fácil y directa comprensión universal.

El último Elvis (cuyo director fue guionista de Biutiful , film mexicano de Alejandro González Iñárritu nominado este año) cumple a primera vista con estos requisitos, pero, probablemente, carezca del matiz narrativo clásico, la conexión directa con su propio tiempo y la carga testimonial y emotiva de Infancia clandestina , que, por otro lado, se cuenta desde el punto de vista de un niño, otro punto decisivo. 



sexta-feira, 28 de setembro de 2012

"Blancanieves", a sensação em San Sebastian


Mudo e em preto e branco, ‘Blancanieves’ causa sensação no Festival de San Sebastián

Com humor negro e jeito de melodrama, filme foi indicado pela Espanha para concorrer ao Oscar

O Globo

SAN SEBASTIÁN — Recentemente, o cinema tem sido palco para muitas Brancas de Neve, a personagem popularizada mundialmente no século XIX a partir das histórias dos irmãos Grimm. Mas nenhuma delas, até agora, havia sido representada como uma garota em preto e branco, muda e com uma habilidade única para... touradas. Sim, a nova Branca de Neve vem da Espanha. E está dando o que falar.

Em competição pelo Festival de San Sebastián, que começou na última sexta-feira e vai até amanhã, “Blancanieves” é uma nova adaptação da história da mocinha que sofre na mão da madrasta, foge para a floresta e acaba conhecendo um grupo de anões. 

Com direção de Pablo Berger, o filme arrancou gargalhadas na sessão oficial, sábado, foi tema de debate nas ruas e tem sido apontado pela imprensa espanhola como uma das pérolas desta 60ª edição do festival. Nesta quinta, o longa foi escolhido (batendo “El artista y la modelo”, de Fernando Trueba, e “Grupo 7”, de Alberto Rodríguez) para disputar uma vaga entre os concorrentes de filme estrangeiro no Oscar.

A razão é o tom mais sombrio que Berger imprimiu à história, e também um tanto inovador. Quer dizer, inovador não é bem a palavra. “Blancanieves”, na verdade, é velho como o próprio cinema: trata-se de uma produção muda, como “O artista”, o longa-metragem francês que saiu vitorioso da última edição do Oscar.

Continua O Globo

Ingmar Bergman e o julgamento do Mensalão

Uma das fotos de lançamento do filme nos EUA, em 1968
O PT na hora do lobo

Fernando Gabeira, no Estado de São Paulo

A Hora do Lobo é um filme de Ingmar Bergman. Os antigos a chamavam assim porque é a hora em que a maioria das pessoas morre... e a maioria nasce. Nessa hora os pesadelos nos invadem, como o fizeram com o personagem Johan Borg, interpretado por Max von Sydow.

Como projeto destinado a mudar a cultura política do País, o PT fracassou no início de 2003. Para mim, que desejava uma trajetória renovadora, o PT sobrevive como um fósforo frio. Entretanto, na realidade, é uma força indiscutível. Detém o poder central, ocupou a máquina do Estado, criou um razoável aparato de propaganda e parece que o dinheiro chove em sua horta com a regularidade das chuvas vespertinas na Floresta Amazônica. Mas o PT está diante de um novo momento que poderia levá-lo a uma crise existencial, como o personagem de Bergman, atormentado pelos pesadelos. Pode também empurrá-lo mais ainda para o pragmatismo que cavou o abismo entre as propostas do passado e a realidade do presente.

O PT sempre usou duas táticas combinadas para enfrentar as denúncias de corrupção. A primeira é enfatizar seu objetivo: uma política social que distribui renda e reduz as grandes desigualdades nacionais. Diante dessa equação que enfatiza os fins e relativiza os meios, alguns quadros chegam a desprezar as críticas, atribuindo-as às obsessões da classe média, etiquetando-as como um comportamento da velha UDN, partido marcado pela oposição a Getúlio Vargas e pela proximidade com o golpe que derrubou João Goulart. A segunda é criar uma versão corrigida para os fatos negativos, certo de que a opinião pública ficará perdida na guerra de versões. Esta tática é a que enfatiza o desprezo da política moderna pelas evidências, como se o confronto fosse uma guerra em que a verdade é vitimada por ambos os lados.

Acontece que essa fuga das evidências encontra seu teste máximo no julgamento do mensalão. O ministro Joaquim Barbosa apresenta as acusações com grande riqueza de detalhes. As teses corrigidas foram sendo atropeladas pelos fatos. Não era dinheiro público? Ficou claro que sim, era dinheiro público circulando no mensalão. 



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Overdose cinematográfica

Edição 2012 do Festival do Rio tem a maior oferta de títulos de sua história

O Globo

RIO - Com 29 telas a seu dispor, em diferentes bairros, o Festival do Rio 2012 promete ser uma edição superlativa ao oferecer a maior concentração de filmes da história da maratona cinéfila carioca: 427 produções de 60 países. O maior número até aqui foi o do festival de 2007: 410 títulos.

Desta vez, cresceu até o número de vagas para longas nacionais em concurso na Première Brasil. Serão 22 (12 ficções e 10 documentários) no páreo pelo troféu Redentor, cuja disputa será aberta amanhã, no Odeon, com “Rio anos 70”, de Maurício Branco e Patricia Faloppa, e “Entre vales”, de Philippe Barcinski.

Até a seara da animação, quesito em que o festival sempre deixou a desejar, este ano foi vitaminado: nove exemplares do setor serão projetados, incluindo o aclamado “Ernest et Célestine”, sensação do cinema belga.

Como de costume, as atrações do Festival do Rio dividem-se em mostras, sendo que a prata do cinema autoral estrangeiro contemporâneo é escoada pela seção Panorama.

Continua O Globo

Oscar 2013: Espanha vai de "Blancanieves"

"Blancanieves" é o nome que representará a Espanha na corrida à indicação de Melhor Filme Estrangeiro, anunciou a Academia Espanhola de Cinema nesta quinta-feira.

A versão do clássico escrito pelos irmãos Grimm foi levada ao cinema pelo diretor Pedro Berger, e fez bom papel no último Festival de Veneza.

Lembra o "Artista", vencedor do Oscar de 2011, em preto & branco e mudo. A releitura espanhola de "Branca de Neve" traz no papel principal a atriz Maribel Verdú, interpretando a filha de um toureiro da década de 1920, naturalmente apaixonada por touradas.

Vai disputar a indicação com, entre outros, o francês "Intocáveis" ("Intouchables"), dirigido por Eric Toledano e Olivier Nakache, e o brasileiro "O Palhaço", de Selton Mello, anunciado na semana passada.


Segundo o diário El País, "Blancanieves" superou "El Artista y la modelo", de Fernando Trueba, destaque no Festival de San Sebastian esta semana, e "Grupo 7", de Alberto Rodríguez. 

A escolha da Academia Espanhola animou ao El País.




Festival do Rio versus Mostra SP. Freud explicaria?


Festival do Rio e Mostra de SP disputam liderança na América Latina

O Globo


O evento carioca, que começa nesta quinta, e o paulista, em outubro, negociam a exclusividade de filmes e deixam de exibir produções importantes da safra recente


RIO - A folclórica e, muitas vezes, bem-humorada rivalidade entre Rio e São Paulo está chegando a um cinema perto de você. Desenhada de forma sutil ao longo da última década, a disputa entre o Festival do Rio, cuja edição 2012 começa nesta quinta-feira, com a exibição, para convidados, de “Gonzaga, de pai para filho”, de Breno Silveira, no Cine Odeon, e a Mostra de São Paulo, cuja 36ª edição acontece entre os dias 19 de outubro e 1º de novembro, pelo título de mais importante evento cinematográfico da América Latina toma contornos mais explícitos a partir deste ano, como a seleção de filmes deixa antever.

Ao longo da última década, os organizadores da Mostra tentaram, informal e discretamente, evitar repetir títulos selecionados pelo Festival do Rio. A grande marca do festival continuava sendo o seu perfil conceitual, que privilegia filmes autorais e convidados do mesmo naipe, que inclui realizadores como o iraniano Abbas Kiarostami, o canadense Atom Egoyan, o português Manoel de Oliveira e o russo Aleksander Sokurv. 

Em 2011, o fundador da mostra, Leon Cakoff, falecido dias antes da abertura do evento, decidiu oficializar essa postura, negociando com distribuidores brasileiros exclusividade sobre os títulos estrangeiros para a sua programação.

É por isso que este ano os cariocas deixarão de ver no Festival do Rio filmes importantes da safra recente internacional, como “Bela que dorme”, de Marco Bellochio, que causou furor no último Festival de Veneza ao construir um drama sobre a eutanásia a partir de um caso verídico, ocorrido em 2009 na Itália.

Continua O Globo




quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Greve puxa o 'tapete vermelho" em San Sebastian

                                          foto JAVIER ETXEZARRETA (EFE)
Alfombra roja a medias para Mónica Bellucci

R. GARCÍA / I. P. CHÁVARRI, do El País

- La jornada de huelga general convocada en Euskadi apaga la fiesta del Festival de Cine
- La organización concentra todas las proyecciones y actos en el Kursaal

Si hace unas horas el director del Festival de San Sebastián, José Luis Rebordinos, anunciaba que las alfombras rojas y coches oficiales "desaparecerían de la ciudad hasta mañana" por la jornada de huelga general convocada por los sindicatos nacionalistas, las últimas informaciones apuntan a que la organización ha dado marcha atrás.

Mónica Bellucci no se quedará sin su entrada especial en el Kursaal antes del pase de Fasle kargadan, dirigida por el kurdo iraní Bahman Ghobadi, que se presenta esta tarde dentro del programa de la Sección oficial.

La alternativa a la suspensión de todos los actos, opción que se hubo considerado en un primer momento para que las personas que hayan decidido sumarse a los paros y todas aquellas familias afectadas por la crisis no sientan la celebración del Zinemaldia como una "agresión", en palabras de Rebordinos, consiste en sustituir el paseíllo de las estrellas a lo largo de los casi 100 metros habituales, por una llegada a la entrada del auditorio en coches oficiales (o taxis, en su caso) y un saludo "especial" a los medios de comunicación y asistentes.

El photocall programado para esta tarde de Monica Bellucci y Bahman Ghobadi por las manifestaciones de la huelga general sí ha sido definitivamente anulado del programa. Además de la reducción drástica de las proyecciones, hoy sólo se verán los títulos de competición, y que el Teatro Victoria Eugenia y el resto de cines estén cerrados, la huelga, aunque sin ningún incidente, se nota en otros pequeños detalles. 


Continua El País

'Quem mais ganha dinheiro com cinema é o governo'


Diretora do RioMarket, a feira de negócios do Festival Internacional de Cinema do Rio, Walkiria Barbosa afirma que a taxação da cadeia produtiva e a pirata são os maiores inimigos da produção audiovisual no Brasil

Roni Filgueiras, do Rio de Janeiro - VEJA

Uma vez por ano, Walkiria Barbosa se muda para o Armazém 6 do Cais do Porto para supervisionar a construção da estrutura do RioMarket, feira de negócios do Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro, que acontece de 28 de setembro a 10 de outubro. 

O frenesi da contagem regressiva custa noites de sono e horas ao celular. Walkiria dá de ombros. E pensa grande. Quer que o ajude a consolidar o Rio de Janeiro como o maior polo audiovisual do Brasil e da América Latina. 

Para isso, recheou a agenda com seminários e workshops (RioSeminars), espaço para comercialização de projetos (RioScreenings) e encontros entre distribuidores e produtores, num total de 30 mesas de debates, sete workshops e 500 reuniões de negócios, além de atrações para o público. 

Nos fóruns com representantes do mercado internacional, quer debater o que considera os principais entraves do setor no Brasil: as altas taxações da cadeia produtiva, a lei de propriedade intelectual e a pirataria.

Continua VEJA

Comercial da Heineken pega carona com 007

A cerveja Heineken aproveitou, além das comemorações dos 50 anos do primeiro 007, a estreia mundial do próximo, "Skyfall", e lançou um comercial com direito a Daniel Craig. A produção do comercial nada deixa a desejar, é coisa de cinema.

"007 - Operação Skyfall" é o 23 filme da série James Bond. Tem no elenco grandes nomes, Javier Bardem, Ralph Fiennes, Naomie Harris, Bérénice Marlohe e Judi Dench fazem companhia a Craig.

O lançamento mundial, na Europa, está previsto para 26 de outubro. No Brasil, segundo o site oficial do filme, para 2 de novembro. Nos Estados Unidos uma semana depois. 







terça-feira, 25 de setembro de 2012

"Infancia Clandestina", destaque argentino

FILMAÇO: INFANCIA CLANDESTINA

por Gisele Teixeira (de quem este blog estava com saudade das postagens sobre cinema

Aquí me quedo

O Gaumont é um daqueles cinemas antigos de rua, enorme. E ontem estava lotadinho – em todas as sessões – para a exibição de Infância Clandestina, que estreou com pinta de ser o filme do ano.

Seguindo uma tendência frequente no cinema argentino, especialmente nos últimos anos, o filme pega carona nos tempos que se seguiram à morte do presidente Perón em 1974, com o país no comando de uma junta militar (1976-1983).

E também, mais uma vez, o grande foco da história são as crianças e as suas infâncias clandestinas.  Vai na linha de Kamchatka. Neste aspecto, não é novo. Mas é um filmaço de qualquer maneira.

A história é a seguinte: um casal de militantes montoneros volta à Argentina, em plena ditadura (1979), para levar adiante a chamada “contra-ofensiva”. Com eles, o filho Juan, de 12 anos, e um bebe recém nascido, Vicky.

A família vive clandestinamente e, durante este período, o menino é obrigado a trocar de nome – passando a chamar-se Ernesto e a viver uma dupla identidade. Na escola, descobre o amor.

O filme é protagonizado por Natalia Oreiro, César Troncoso, Ernesto Alterio (que faz o ótimo papel de tio) e pelo brilhante jovem ator Teo Gutiérrez Moreno. A trilha é de Divididos.

O diretor do filme, Benjamín Ávila (que já fez o documentário Hijos), teve uma infância marcada pela ditadura. Com apenas quatro anos, empreendeu o caminho do exílio com a mãe Charo, e o companheiro dela – ambos cabeças da organização montonera.

Depois do golpe de 1976, a família viajou para o Brasil, depois para o México e finalmente para Cuba.  A princípios de 1979, regressaram à Argentina como parte da primeira contra-ofensiva montonera. Charo desapareceu em 13 de outubro de 1979 e o irmão de Benjamin – que tinha então nove meses – foi um dos primeiros netos reconstituídos.

Deixo vocês com o trailer:

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Pernambuco vence o 45º Festival de Brasília


O 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro entregou o Candango de melhor ficção em longa-metragem para dois filmes de Pernambuco, "Eles voltam", de Marcelo Lordello, e "Era uma vez eu, Verônica", de Marcelo Gomes. Não é preciso dizer que o frevo tomou conta do palco do Teatro Nacional.

O Candango de melhor direção para longas de ficção ficou com Daniel Aragão, com "Boa sorte, meu amor".  Os de melhor atriz e melhor atriz coadjuvante foram para Maria Luiza Tavares e Elayne de Moura. 

A diretora Petra Costa, com "Elena" levou melhor direção de documentários longos. O filme contra a relação entre as irmãs e o trauma causada pela morte de Elena.

"Eles voltam" também foi o melhor  filme para a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abracine). 

LONGA DE FICÇÃO

Filme: "Eles voltam", de Marcelo Lordello e "Era uma vez eu, Verônica", de Marcelo Gomes

Direção: Daniel Aragão, "Boa sorte, meu amor"

Ator: Enrique Diaz, "Noites de reis"

Atriz: Maria Luíza Tavares, "Eles voltam"

Ator coadjuvante: W. J. Solha, "Era uma vez eu, Verônica"

Atriz coadjuvante: Elayne Moura, "Eles voltam"

Menção especial do júri: ator Carlo Mossy, "Boa sorte, meu amor"

LONGA DOCUMENTÁRIO

Filme: "Otto", de Cão Guimarães

Direção: Petra Costa "Elena"

Prêmio especial do júri: "Um filme para Dirceu", de Ana Johann. 

Relação completa dos premiados no site oficial

‘El artista y la modelo’ emociona San Sebastian

Aida, Trueba e Rochefort - AFP
Fernando Trueba y “la productora más guapa del planeta”

ROCÍO GARCÍA, do El País

El director presenta ‘El artista y la modelo’ con buena acogida y prepara con Penélope Cruz la segunda parte de 'La niña de tus ojos'

El barco de Fernando Trueba es un barco de vela, que navega silencioso y lento. Para el director de El artista y la modelo, el filme español que hoy protagoniza a lo grande el festival de San Sebastián, el cine es para él como un viaje en barco en el que va acompañado de todo el equipo y que se dirige a una isla a la búsqueda de un tesoro. Hoy este equipo está en tierra y lo ha demostrado en el encuentro con la prensa que ha tenido lugar esta mañana tras la proyección del filme en la sección oficial de Zinemaldia.

Un equipo poderoso e internacional formado por Jean Rochefort, Aida Folch, Claudia Cardinale y Chus Lampreave, entre otros, que han protagonizado un encuentro reflexivo y poético pero también divertido. Se ha hablado del cine, de la vida, de la profesión, del tiempo.

El artista y la modelo narra el encuentro en un lugar de la Francia ocupada entre un anciano escultor, un hombre que ha vivido la Primera Guerra Mundial y la Gran Depresión y está cansado de la vida, y una joven española escapada de un campo de refugiados. Esta relación llevará al artista a una plenitud inesperada.

Trueba ha confirmado también esta mañana que está escribiendo la segunda parte de La niña de tus ojos. Han pasado 17 años y el realizador ya tiene título, La reina de España, y actores comprometidos, Penélope Cruz, Santiago Segura y Antonio Resines, tres de los que participaron en La niña de tus ojos.

Continua El País



45º Festival de Brasília: final sem favoritos

Busca por realismo marca Festival de Brasília

RODRIGO SALEM, Folha de São Paulo

A curadoria do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro chegou com boa intenção: só apresentar filmes inéditos em sua competição oficial.

Mas o risco provou ser grande demais. A 45ª edição do evento chega ao fim sem nenhum destaque com força para roubar os holofotes.

A mostra competitiva de longas de ficção, a mais prestigiada, foi marcada por uma busca pelo naturalismo, capitaneada pelo drama "Era uma Vez Eu, Verônica", de Marcelo Gomes (de "Cinema, Aspirinas e Urubus").

Mas nem o pernambucano conseguiu sair da sexta-feira passada com ares de vencedor. Hermila Guedes, no entanto, é franca favorita para o prêmio de melhor atriz por sua entrega à personagem Verônica, uma médica em crise existencial e profissional.

Continua Folha de São Paulo


45º FestBrasília Programação para hoje (24.09)




domingo, 23 de setembro de 2012

O curta que criticou Brasília e foi vetado

Documentário resgata curta vetado por criticar Brasília

'Plano B', de Gestsemane Silva e Santiago Dellape, atualiza filme feito por Joaquim Pereira de Andrade em 67

RODRIGO SALEM, Folha de São Paulo

Em 1967, o diretor Joaquim Pedro de Andrade (1932-1988) ainda não tinha filmado sua obra-prima, "Macunaíma", que chegaria às telas dois anos depois.

Mesmo naquele momento, porém, ele pareceu à direção da empresa italiana Olivetti a escolha perfeita para comandar um curta-metragem sobre Brasília, fundada havia somente sete anos.

O resultado da encomenda foi "Contradições de uma Cidade Nova", visão pouco entusiasmada sobre a capital federal idealizada por Lucio Costa e Oscar Niemeyer.

O problema é que, no processo, a direção da Olivetti mudou, e a nova chefia quis evitar atritos com o governo militar. Vetado, o curta só foi exibido no Festival de Brasília. Em 2006, foi restaurado e incluído entre os extras da versão em DVD de "Macunaíma".



Diretora revê suicídio da irmã no documentário "Elena"

RODRIGO SALEM, Folha de São Paulo

Elena queria ser atriz desde criança. Fazia vídeos caseiros dançando com a irmã e dirigia filminhos com a família. Fez teatro em São Paulo, mas queria mesmo ser estrela de cinema nos EUA.

"Elena", o filme em que Petra Costa --a irmã-- conta sua história, faz sua estreia hoje na competição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e, em outubro, estará na Mostra de São Paulo.

No fim dos anos 1980, Elena foi tentar a carreira em Nova York. Fez vários testes entre os bicos que arrumou na cidade e ingressou na New School for Social Research.
Foi, porém, vencida pela solidão e pelas rejeições. Gravemente deprimida, ela tinha só 20 anos quando se matou.

Petra Costa, que hoje tem 29, temia percorrer o mesmo caminho trágico da irmã, 13 anos mais velha. Não foi o que aconteceu.

Continua Folha São Paulo

PROGRAMAÇÃO PARA HOJE WWW. FESTBRASÍLIA.COM.BR

sábado, 22 de setembro de 2012

San Sebastian confirma Ben Affleck como diretor

                                                                          Foto AP
'Argo' confirma la valía de Affleck como director

Gregorio Belinchón, El País

2.15 p.m. Rueda de prensa de Ben Affleck con su tercera película como director, Argo. El estadounidense se toma con humor la locura de los fotógrafos: "¿Podéis poneros más cerca?". Affleck protagoniza y dirige unthriller que va a ir muy bien. "Es cierto que el final es más fantasioso, pero el resto es como fue. Se asemejaba a las personas reales, porque ellas están vivas. Fui muy puntilloso".

En cuanto a su parecido a lo ocurrido hace unos días en Libia, el director explicó: "Por supuesto, seguí las primaveras árabes y sus revoluciones y pensé que eso respaldaba como creador. Los acontecimientos posteriores son execrables, por supuesto. Y reafirman mi homenaje a los diplomáticos, a ese gente que, aunque no lo parezca, corre peligros".

El guion fue el material que impulsó a Ben Affleck a realizar el filme: "Hablaba de una heroicidad callada, de algo que me apetecía contar desde hacía tiempo". El estadounidense, Oscar al mejor guion por El indomable Will Hunting, reveló el truco para hacer buenos filmes: "Rodearte de gente más inteligente que tú", antes de bromear sobre su aspecto físico: "Odiaba aquel pelo largo y la barba. Mis hijos también, y por mucho que les explicaba que era por razones laborales, mi hija me soltó: '¿En qué clase de trabajo quieren que no te afeites?".

Sí reconoció sus influencias: "He copiado por supuesto de los grandes títulos de los setenta, de esosthrillers inteligentes que me gustan". Y confesó que le interesa mucho Alejandro González Iñárritu: "Su director de fotografía, Rodrigo Prieto, es el responsable de esa labor en este filme". También te dijo que le hubiera gustado mucho haber rodado en el mismo Teherán.

"Incluso quise enviar un cámara allí para poder tomar algunas secuencias. Pero el departamento de Estado ya me avisó que era imposible, y después charlé con varios realizadores iraníes que me confirmaron que no iba a poder hacer nada. Y que políticamente la cosa se había radicalizado más. Me da pena porque creo que sí es un pueblo abierto a la cultura occidental". 


Continua El País

 

45º Festival de Brasília, programação para hoje

Estudos de antropologia dão diferencial a documentários, diz diretora

Ricardo Daehn

"Não acredito numa verdade objetiva que norteie documentários. Gosto de pensar nessas obras como ficcionais. Nessa perspectiva é que estão as liberdades narrativas e de expressão. Assim, cai um pouco menos de onipotência do que você vai transmitir, em relação à verdade. Na antropologia, lidamos com dados e retratos subjetivos e, por isso, cai a intenção da realidade objetiva ", enfatiza a diretora mineira Petra Costa, ao falar do longa que dirigiu, Elena, um dos seis documentários em mostra competitiva no festival a ser encerrado, com premiações, amanhã. Estudos de antropologia dão um diferencial na ótica de Petra.

"Dexei o filme me guiar, sem muitas amarras, e ele me levou à interação mais direta. Ele me pediu para eu me colocar em cena. São coisas surpreendentes e que uma obra é capaz de ir te exigindo", explica a também atriz que, aos 29 anos, acumula quatro anos de vivências no exterior, tendo morado em Londres e Nova York. Foi na cosmopolita cidade norte-americana, aliás, que a cineasta buscou ânimo e fragmentos de memórias para a composição de Elena. O título sai do batismo da irmã, a princípio, uma feição incompleta, que, propulsou a criatividade de Petra, num universo de imprecisões e de licenças poéticas.

Continua Correio Braziliense 




Programação para hoje (22.09)

14h às 18h30 Teatro SESC Paulo Autran, Taguatinga Norte Oficina Crítica de cinema e análise fílmica, com Ciro Marcondes

14h às 18h Sala Alberto Nepomuceno do Teatro Nacional Encontro de Cineclubes e Cineclubistas do Distrito Federal e Entorno. Campanha dos Direitos do Público; Autossustentabilidade e ações colaborativas em rede - modelos e propostas; Atual circuito alternativo de exibição no DF e Entorno; Cineclubismo e Educação: Cine Mais Cultura na rede de ensino médio público no DF

14h30 Kubitschek Plaza Hotel, acesso livre Seminário Paulo Emilio e a crítica cinematográfica Tema: O estágio atual da crítica na imprensa escrita e nas plataformas da internet, Inácio Araújo, Sérgio Rizzo, Fabio Andrade e João Sampaio (moderador)

14h Sala Martins Pena do Teatro Nacional Mostra Brasília e debate, classificação livre, Um copo d'agua, de Maurício Chades, 11min; Bibinha, a luta continua!, de Adriana de Andrade, 19min; Na cozinha, de André Luis da Cunha, 7min; Sob o signo da poesia, de Neto Borges, 70min

16h Sala Martins Pena do Teatro Nacional Mostra Brasília e debate, classificação 12 anos, Cidadão de limpeza urbana, de Lucas Madureira e Thandara Yung, 18min59; Kinólatras, de Tiago Belotti, Rodrigo Luiz Martins, Gustavo Serrate, 14min, Vida Kalunga, de Betânia Victor Veiga, 18min; Meu amigo Nietzsche, de Fáuston da Silva, 15min; A jangada de raiz, de Edson Fogaça, 25min; O corpo da carne, de Marisa Mendonça, 18min40 

16h Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, entrada franca Mostra Panorama Brasil, O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho, 126min, PE

16h Bamboo Bar, Kubitschek Plaza Hotel, acesso livre Lançamento de livros e DVDs: Paulo Emilio - O Homem Que Amava o Cinema e Nós Que o Amávamos Tanto, organizado por Maria do Rosário Caetano; Memória Crítica, organizado por José Carlos Avellar e Hernani Heffner; DOCTV - Operação de Rede; Alma, de Antônio Carlos Fontoura; DVD - Paralelo 10, de Silvio Da-Rin e DVD - curtas de Helvécio Marins Jr

16h e 21h CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil Mostra competitiva Ficção e Animação (reprise), classificação 14 anos, Valquíria, de Luiz Henrique Marques, 8min32, MG; Eu nunca deveria ter voltado, de Eduardo Morotó, Marcelo Martins Santiago e Renan Brandão, 15min, RJ; Era uma vez eu, Verônica, de Marcelo Gomes, 90min, PE

19h CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil Mostra competitiva - documentário (reprise), classificação 14 anos, Empurrando o dia, de Felipe Chimicatti, Pedro Carvalho e Rafael Bottaro, 25min, MG; Doméstica, de Gabriel Mascaro, 75min, PE

19h Praça da Q7 do Guará I, acesso livre, Cinema Voador, exibição de filme nacional 

19h Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, Teatro SESC Newton Rossi Ceilândia, Teatro de Sobradinho, Teatro Paulo Autran SESC Taguatinga e Teatro SESC Gama Mostra competitiva - Documentário, classificação 16 anos, A ditadura da especulação, de Zé Furtado, 10min20; Olho Nu, de Joel Pizzini, 101min, RJ

21h Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, Teatro SESC Newton Rossi Ceilândia, Teatro de Sobradinho, Teatro Paulo Autran SESC Taguatinga e Teatro SESC Gama Mostra competitiva - Ficção e Animação, classificação 12 anos, Phantasma, de Alessandro Corrêa, 10min20, SP; Vestido de Laerte, de Claudia Priscilla e Pedro Marques, 13min, SP; Noites de Reis, de Vinicius Reis, 93min, RJ

45º Festival de Brasília


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

San Sebastian inicia com Gere e Sarandon

                                                   Foto ALVARO BARRIENTOS -AP/EL PAÍS
Richard Gere: “Susan Sarandon es uno de mis mejores matrimonios”

ROCÍO GARCÍA, El País

Muchas discusiones y reflexiones hay detrás de El fraude, la película que esta noche inaugura la 60ª edición del Festival de Cine de San Sebastián, y que esta mañana se ha proyectado en el Kursaal. 

Pero no discusiones banales, sino con auténticas cargas de profundidad. La moral, la avaricia, el juego de los poderosos, el papel de la familia… Todo eso iba apareciendo en privado en los ensayos previos al rodaje del filme y esta mañana se ha hecho público. 

Lo han contado los dos protagonistas del filme, Richard Gere y Susan Sarandon, delante del realizador Nicholas Jarecki, sin olvidar unas buenas dosis de humor e interpretación. Compromiso y glamour es una combinación perfecta para el estreno de este filme que se adentra en la complejidad del mundo de las altas finanzas, negocios sucios y el juego del poder a través de un multimillonario neoyorquino que se enfrenta a un momento clave de su vida profesional y personal. Un thriller con dosis de drama y muy entretenido.

De nuevo Richard Gere y Susan Sarandon interpretan a un matrimonio (ya lo hicieron en 2004 en Shall we dance?, de Peter Chelsom) y además están encantados de repetir. “Es uno de los mejores matrimonios que he tenido. ¿Y tú Susan?”, preguntó Gere a su compañera de reparto. Divertida, Susan contestó que nunca se había casado, que solo había tenido parejas.

Continua El País

Salvemos os cinemas de rua


Cinemas de rua resistem com público fiel

MARCOS DÁVILA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Há 50 anos as pessoas iam ao cinema. Hoje elas vão ver filmes. Isso faz uma enorme diferença", afirma o escritor e jornalista Inimá Simões, 62, autor do livro "Salas de Cinema em São Paulo".

Segundo Simões, nos tempos áureos da Cinelândia, nos anos 1950, São Paulo contava com cerca de 180 salas de cinema na rua. Eram construções grandiosas e chegavam a ter até 3.000 lugares.

Hoje, somente cinco cinemas funcionam comercialmente de porta para a rua --sem contar as salas especiais, como a Cinemateca e o CineSesc, e outras em centros culturais e museus.

Continua Folha.com

Reforma do Espaço Itaú divide opiniões

Os cinemas abrem, fecham, mudam de nome, e o pipoqueiro José Vicente da Silva, 81, continua o seu trabalho ali na calçada da rua Augusta.

Ele viu o Majestic abrir em 1947, fechar nos anos 1980 e, depois de um longo período ocioso, dar lugar ao que hoje é o Espaço Itaú de Cinema (antes Espaço Unibanco e Espaço Nacional), no número 1.470 da rua.

No dia da reabertura da sala, o pipoqueiro afirmou: "Se o cinema fechar de novo, eu me aposento".

Fã da pipoca de José, o ator Adriano Monteiro, 29, aprovou a reforma do local e gostou dos bancos e mesas comunitários, que "favorecem a interação".

"Estava com medo que perdesse a identidade e virasse um cinema de shopping", disse o ator.

Continua Folha.com


45º Festival de Brasília, programação para hoje

Lúcia Murat reavalia própria experiência na luta armada durante ditadura

Personagem de que todos falam ao longo do filme é inspirada na guerrilheira Vera Silvia Magalhães

Luiz Zanin Oricchio - O Estado de S. Paulo

Com A Memória Que me Contam, Lúcia Murat volta aos anos de chumbo e à sua própria experiência pessoal na luta armada. A personagem de que todos falam ao longo do filme é Ana (Simone Spoladore), que está à morte num hospital. 

Ana é inspirada na figura da guerrilheira Vera Silvia Magalhães, que participou do sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick. Depois foi presa e torturada, em 1970 foi trocada, com outros 39 presos, pelo embaixador alemão Von Holleben. Nunca se recuperou por completo da tortura e sofria crises de psicose. Retornou ao Brasil com a Anistia e morreu de infarto em 2007, aos 59 anos.

Em 1988, Lucia Murat estreou com Que Bom Te Ver Viva, filme com depoimentos de mulheres torturadas durante a ditadura, intercalados com cenas ficcionais vividas por Irene Ravache. Em A Memória Que me Contam, Irene Ravache volta à cena, como alter ego da cineasta. 

Continua Estadao.com




Programação para hoje (21.09)

14h30 Kubitschek Plaza Hotel, acesso livre - Seminário Paulo Emilio e a crítica cinematográfica. Tema: Presença de Paulo Emilio no pensamento cinematográfico brasileiro: ela ainda existe? com Fernão Ramos, Carlos Augusto Calil, Luiz Zanin e José Geraldo Couto (moderador)

16h Sala Alberto Nepomuceno do Teatro Nacional, entrada franca. Mostra Brasília 5.2 - Cinema e memória, classificação livre, Cinejornais Brasília nº 4, 1957; Brasília nº 10, 1958; Brasília nº 16, 1959 e Profecia Dom Bosco, 8min58; 1957/1958 As primeiras imagens de Brasília, 10min26; 1957 Debate: Brasília 52 anos de memória audiovisual, com Tânia Fontenelle, Walter Mello e Gustavo Chauvet; Lançamento do catálogo Brasília 5.2 - Cinema e Memória, de Berê Bahia

16h Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, entrada franca. Mostra Panorama Brasil, classificação livre, Carta para o futuro, de Renato Martins, 88min, RJ

16h e 21h CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil. Mostra competitiva - Ficção e Animação (reprise), classificação 16 anos, O gigante, de Julio Vanzeler e Luís da Matta Almeida, 10min35, SC; A mão que afaga, de Gabriela Amaral Almeida, 19min, SP; Boa sorte, meu amor, de Daniel Aragão, 95min, PE 

18h Foyer do Teatro Nacional. Lançamento do catálogo Brasília 5.2 - Cinema e Memória, de Berê Bahia

19h CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil. Mostra competitiva - Documentário (reprise), classificação livre, A guerra dos gibis, de Thiago Brandimarte Mendonça e Rafael Terpins, 19min30, SP; Otto, de Cao Guimarães, 70min, MG

19h Praça da Q7 do Guará I, acesso livre, Cinema Voador, exibição de filme nacional 

19h Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro, Teatro SESC Newton Rossi Ceilândia, Teatro de Sobradinho, Teatro Paulo Autran SESC Taguatinga e Teatro SESC Gama, Mostra competitiva - Documentário, classificação 14 anos, Empurrando o dia, de Felipe Chimicatti, Pedro Carvalho e Rafael Bottaro, 25min, MG; Doméstica, de Gabriel Mascaro, 75min, PE

21h Sala Villa- Lobos do Teatro Nacional, Teatro SESC Newton Rossi Ceilândia, Teatro de Sobradinho, Teatro Paulo Autran SESC Taguatinga e Teatro SESC Gama. Mostra competitiva - Ficção e Animação, classificação 14 anos, Valquíria, de Luiz Henrique Marques, 8min32, MG ; Eu nunca deveria ter voltado, de Eduardo Morotó, Marcelo Martins Santiago e Renan Brandão, 15min, RJ; Era uma vez eu, Verônica, de Marcelo Gomes, 90min, PE.

45º FestBrasília


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

"O Palhaço" no Oscar pode ficar na homenagem

“O Palhaço” para representar o Brasil na corrida ao Oscar 2013 me parece muito mais uma merecidíssima homenagem ao conjunto da obra de Selton Mello como diretor e ator na película, magnificamente co-estrelada pelo exemplo de amor a arte e superação do enorme Paulo José, do que realmente uma disposição de disputar a categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

O filme é uma delícia, entretenimento perfeito para levantar o astral, demonstrar a importância da preservação da arte popular, de como a pureza da alma pode, e deve, vencer as desmedidas ambições humanas, particularmente as advindas do mundo moderno, mas não vai além disso, o que normalmente é necessário para vencer essa corrida.

A não ser que Hollywood esteja buscando relembrar ao mundo que imagens bucólicas, mesmo déjà vu, palhaços tristes, amores não correspondidos e as demais carências humanas e materiais características desse mundo mambembe dos circos do interior, provavelmente uma “espécie” em extinção, são importantes para o preservação dessa arte onde tudo começou.

“O Palhaço” é tecnicamente correto, nas locações no interior de Minas Gerais, nos figurinos, fotografia e, claro, nas atuações do grupo de atores, que passam a sensação, provavelmente verdadeira, de fazer aquelas interpretações como enorme prazer e alegria. Destaque para a ousadia da cena final. É provavelmente que seja a tomada sem cortes mais longa do cinema brasileiro.

Mello, Paulo José e o resto da trupe merecem o reconhecimento e certamente terão humor, pois conhecem os desvãos da indústria da arte, para não ficarem frustrados se não pisarem o Tapete Vermelho da Academia. Já o pisaram em “O Palhaço”.

A escolha, entre 16 inscritos, foi anunciada hoje, pela Comissão Especial de Seleção do Ministério da Cultura em reunião realizada no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro. È formada pela secretária do Audiovisual do MinC, Ana Paula Dourado Santana, e os cineastas Ana Luiza Azevedo, Andre Sturm, Carlos Eduardo Rodrigues, Flávio Tambellini, e Lauro Escorel, mais os críticos José Geraldo Couto e George Torquato Firmeza.





45º Festival de Brasília, programação para hoje (20.09)

Christiana Ubach, em  "Boa Sorte, Meu Amor"
Dia de "Boa sorte, meu amor" e do documentário "Otto" 

Yale Gontijo, Correio Braziliense

A terceira noite das mostras competitivas do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro será difusa em temáticas e esquemas narrativos. O filme pernambucano que encerra a última sessão, marcada para iniciar às 21h, trabalha polos opostos entre som e silêncio, tradição e modernidade, sertão e metrópole. 

Boa sorte, meu amor, de Daniel Aragão, fixa-se na relação nada simples entre Dirceu (Vinicius Zinn) e Maria (Christiana Ubach) e nas mudanças ocasionadas por esse encontro. O mundo de Dirceu e Maria é monocromático. Como se também a fotografia de Pedro Sotero operasse em contrastes.

Ele descende da aristocracia latifundiária de Pernambuco e trabalha no ramo da demolição em Recife. Ela é uma pianista também de origem sertaneja vivendo na cidade grande e em busca do sucesso. “A personagem precisava lidar com esse sonho de ser uma grande musicista em uma cidade que lida com valores arcaicos, onde o trabalho é visto de uma forma conservadora e o artista não é valorizado.

Continua Correio Braziliense




Programação para hoje (20.09)

14h30 Kubitschek Plaza Hotel,acesso livre,Seminário Paulo Emilio e a crítica cinematográfica Tema: Cinema brasileiro - Atividade ainda cíclica?; e, Ensaio cinema brasileiro - Uma trajetória no subdesenvolvimento, Ismail Xavier, Alfredo Manevy e Ivonete Pinto (moderadora)  

15h às 19h Sala Alberto Nepomuceno do Teatro Nacional Claudio Santoro, entrada franca, classificação livre, Mostra A UnB e o Cinema: homenagem a Darcy Ribeiro, Heinz Forthmann e Joaquim Ferreira Lima - classificação livre; Os índios Urubus - um dia na vida de uma tribo da floresta tropical, de Marcos de Souza Mendes; apresentação, Marcos de Souza Mendes; Universidade de Brasília: primeira experiência em pré-moldado, de Heinz Forthmann; apresentação, José Carlos Coutinho; Rito Krahô, de Heinz Forthmann; apresentação, Julio Cezar Melatti; O vidreiro, de Marcos de Souza Mendes; apresentação, Fernando Duarte e Maria Hosana Conceição 

16h Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro, entrada franca Mostra Panorama Brasil, classificação livre, Entorno da beleza, de Dácia Ibiapina, 71min, DF

16h e 21h CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil.Mostra competitiva - Ficção e Animação (reprise), classificação 14 anos, Mais valia, de Marco Túlio Ramos Vieira, 4min22, MG; Vereda, de Diego Florentino, 20min, PR; A memória que me contam, de Lucia Murat, 95min, RJ 

19h CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil, Mostra competitiva - Documentário (reprise), classificação livre, A cidade, de Liliana Sulzbach, 15min, RS; Kátia, de Karla Holanda, 74min, PI

19h Praça da Q7 do Guará I, acesso livre,Cinema Voador, exibição de filme nacional 

19h Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro,Teatro SESC Newton Rossi Ceilândia, Teatro de Sobradinho, Teatro Paulo Autran SESC Taguatinga e Teatro SESC Gama. Mostra competitiva - Documentário, classificação livre, A guerra dos gibis, de Thiago Brandimarte Mendonça e Rafael Terpins, 19min30, SP; Otto, de Cao Guimarães, 70min, MG

21h Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro,Teatro SESC Newton Rossi Ceilândia, Teatro de Sobradinho, Teatro Paulo Autran SESC Taguatinga e Teatro SESC Gama. Mostra competitiva - Ficção e Animação, classificação 16 anos, O gigante, de Julio Vanzeler e Luís da Matta Almeida, 10min35, SC; A mão que afaga, de Gabriela Amaral Almeida, 19min, SP;Boa sorte, meu amor, de Daniel Aragão, 95min, PE

45º FestBrasília


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

CINEJ@RNAL:45º FestBrasília


Troféu Candango
@ Pernambuco dominante

BRASÍLIA - A novíssima geração de realizadores pernambucanos começou a desfilar suas crias no primeiro dia de competição do 45º Festival de Brasília, este ano dominada por produções daquele estado. Aberta na noite de terça-feira com a exibição do curta “Câmara escura”, de Marcelo Pedroso, uma tentativa de cinema colaborativo e radiografia da tensão social em Recife (caixas com câmeras são deixadas nas portas de casas fortificadas da cidade), a programação chegou a seu ponto mais consistente com a exibição de “Eles voltam”, de Marcelo Lordello, que encerrou a noite. Mais O Globo

@ Na telinha

“No princípio, eu e o Greg, o meu amigo que aparece no filme, a gente queria alguém que filmasse a gente, com qualquer câmera, fazendo as nossas ‘arte’.” É assim que o gaiteiro Dirceu Cielinski conta, com forte sotaque sulista, como nasceu o documentário “Um Filme para Dirceu”, da diretora paranaense Ana Joahnn, em que relata a luta do descendente de poloneses de São Bento do Sul (SC) para realizar um filme sobre sua vida. Mais UOL

@ Haja fôlego

Pronto, começou a mostra competitiva do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, agora, como você sabe, no formato maratona, com dois longas e três curtas por noite. A sessão começou pouco depois das 19h desta terça-feira, 18, e se estendeu até a meia-noite no Teatro Nacional. O segundo longa da competição (as ficções), será sempre prejudicado, pois pega já um público sem fôlego. Com o agravante, como foi o caso de Eles Voltam, de Marcelo Lordello, que exige do espectador mais que a atenção flutuante que é de praxe nas maratonas cinematográficas e outras competições de fundo. Mais Estadao.com

@ A ditadura não esquecida

O primeiro longa da diretora Lucia Murat, “Que bom te ver viva”, foi um dos destaques da edição de 1989 do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, levando os prêmios de melhor montagem e melhor filme do júri oficial, do júri popular e da crítica. O documentário traz depoimentos de oito ex-presas políticas torturadas durante a ditadura militar e cenas de ficção protagonizadas por Irene Ravache, que levou o Candango de melhor atriz pelo papel. G1

@ Morno e sem graça

Um Candango gigante reluz à esquerda do palco que receberá, até domingo (23/9), os filmes do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. É na sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro, e não na residência oficial da cinefilia brasiliense, o Cine Brasília, ainda em paciente e demorada reforma. Na vinheta de apresentação, o troféu aparece ainda na forma, prestes a ser preenchida de líquido dourado. Brilho semelhante não se viu na abertura deste que é o festival mais antigo do Brasil. No foyer, desfile de poucas estrelas, como o cantor Ney Matogrosso, amante do festival há tempos, e Elisa Lucinda, que dali a pouco seria vista em A última estação, filme que iniciou, fora de competição, a mostra. Fagulhas tímidas de espontaneidade vieram de alguns da plateia, que mostrou ser exigente não apenas com o que se passa na tela grande, como é de praxe durante as sessões de cinema. No mais, o clima foi morno e sem graça. Mais CorreioBraziliense

45º FestBrasília, programação de hoje (19.09)

Troféu Candango 2012
O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro saiu do armário em sua 45ª edição.



IURI DE CASTRO TÔRRES, Folha de São Paulo

A disputa de uma das mais tradicionais mostras de cinema do país apresenta filmes que discutem a questão da orientação sexual, além de identidade de gênero e relacionamentos afetivos entre pessoas do mesmo sexo.

"Kátia", da diretora Karla Holanda, será exibido nesta quarta (19) à noite e concorre ao prêmio de melhor documentário.O longa conta a história de Kátia Tapety, 63, a primeira vereadora travesti do Brasil.

Eleita por três mandatos seguidos em Colônia do Piauí, cidade do sertão nordestino com de 7.000 habitantes, Kátia nasceu José, filho de uma família tradicional na política da região.

Para retratar essa curiosa vida, a diretora passou 20 dias ao lado da personagem. "É uma figura que representa, mesmo que sem querer, conquistas avançadas em direitos humanos", diz Karla."Ela conquistou o respeito da comunidade sem esconder sua condição", afirma.

Para Sérgio Fidalgo, coordenador-geral do festival, é importante a mostra se abrir para essas histórias, para que elas não fiquem restritas a festivais voltados à produção LGBT, como o Mix Brasil.

Continua Folha de São Paulo




PROGRAMAÇÃO PARA HOJE (19.9.12):

14h Kubitschek Plaza Hotel,Oficina Atuando para a câmera, com Mounir Maasri - até 21/9

14h30 Kubitschek Plaza Hotel,acesso livre, Seminário Tendências do cinema contemporâneo: gêneros cinematográficos e suas interfaces, com Ataídes Braga, Eduardo Santos Mendes, Guile Martins,  Adirley Queirós

16h Teatro Nacional Claudio Santoro, entrada franca, Mostra Brasília 5.2 - Cinema e memória - classificação livre, Poeira & batom, de Tânia Fontenele, 58min, DF, 2010; JK - um cometa no céu do Brasil, de Maria Maia, 80min, DF, 2001

16h e 21h CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil; Mostra competitiva - Ficção e Animação (reprise), classificação 12 anos, Linear, de Amir Admoni, 6min, SP; Canção para minha irmã, de Pedro Severien, 18min, PE; Eles voltam, de Marcelo Lordello, 100min, PE

19h CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil; Mostra competitiva - Documentário (reprise), classificação 14 anos; Câmara escura, de Marcelo Pedroso, 25min, PE; Um filme para Dirceu, de Ana Johann, 80min, PR

19h Praça da Q7 do Guará I, acesso livre, Cinema Voador, exibição de filme nacional

19h Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro, Teatro SESC Newton Rossi Ceilândia, Teatro de Sobradinho, Teatro Paulo Autran SESC Taguatinga e Teatro SESC Gama ;Mostra competitiva - Documentário, classificação livre, A cidade, de Liliana Sulzbach, 15min, RS; Kátia, de Karla Holanda, 74min, PI

21h Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro, Teatro SESC Newton Rossi Ceilândia, Teatro de Sobradinho, Teatro Paulo Autran SESC Taguatinga e Teatro SESC Gama; Mostra competitiva - Ficção e Animação, classificação 14 anos, Mais valia, de Marco Túlio Ramos Vieira, 4min22, MG; Vereda, de Diego Florentino, 20min, PR; A memória que me contam, de Lucia Murat, 95min, RJ

45º FestBrasília