quinta-feira, 31 de março de 2011

"A Menina Que Brincava com Fogo" surpreende

O segundo filme da trilogia Millenniun surpreende. "A Menina que Brincava com Fogo" evolui cinematrograficante em relação ao primeiro " Os Homens que não Amavam as Mulheres".
O roteiro, policial com ação e suspense, explora melhor as imagens postais da Suécia, particularmente Estocolmo, com luz, movimentos de câmera e enquadramentos que nada devem às melhores escolas de Hollywood. Sem lembrar a lentidão dos filmes nórdicos.
Nos momentos de ação, até perseguições de carros andando por cima de calçadas e furando sinaleira vermelha. Merchandising da famosa fábrica sueca de automóveis também. Assim com a conhecida evolução sexual dos suecos.
Na largada, "A Menina que..." parece confuso, provavelmente mais ainda para quem não leu o livro, que está razoavelmente bem seguido pelo roteirista, exige atenção, pois são muitos personagens paralelos importantes e a sensação é que não vai dar para seguir a todos.
Os atores principais Noomi Rapace e Michael Nyqvist estão mais seguros do que no primeiro.Também em relação a "Os Homens..." a função da Revista Millenniun na trama está melhor colocada.
Realmente é uma pena que o filme, em função de interesses comerciais entre Hollywood e os suecos, ainda não tenha ganhado as prateleiras das locadoras e só esteja circulando em cópias piratas.
Para os admiradores da trilogia uma boa notícia voltou a circular esta semana, especulando sobre o possível lançamento de um quarto volume. Leia mais aqui.


Claude Monet também está em "Midnight in Paris"

Não são apenas os quadros que imortalizaram 'As Pontes das Nymphéas', uma entre tantas cultuadas pinturas de Claude Monet, o grande impressionista de todos os tempos, que estão nos enquadramentos de Woody Allen em "Meia-noite em Paris".

Confira no trailer a paisagem que envolve o romântico encontro dos protagonistas Owen Wilson e Rachel McAdams e aqui as imagens dos quadros que Monet pintou há 100 anos, mais ou menos, nos jardins de Giverny, onde morava já no fim da sua vida.

O traço de Monet também está lembrado no cartaz do filme**, com estreia prevista para 03 de junho***, segundo a Paris Filmes, nas telas brasileiras. "Midnight in Paris" foi escolhido para abrir o Festival de Cannes deste ano, dia 11 de maio, com encerramento dez dias depois.

Segundo declarou Thierry Frémaux, diretor do Festival, a nova comédia romântica de Allen "é uma carta de amor" para Paris.

Tem razão. Mas não custa lembrar que já faz tempo que o diretor norte-americano tem  escolhido cenários e paisagens tão lindos quando os patrocínios que recebe das cidades onde filma.

Embora seus produtores chamem isso de "tributo às cidades Européias". Assunto para render, principalmente por tratar-se de um cineasta que atrai polêmica.  

** Um atento leitor, infelizmente anônimo, corrige a informação: o quadro do cartaz é "A Noite Estrelada", de Van Gogh.

*** Somente em abril a Paris Filmes confirmou o lançamento no Brasil para 17 de junho.



quarta-feira, 30 de março de 2011

Vida de Marina Silva vai virar filme

Vida de Marina Silva vai virar filme dirigido por Sandra Werneck

Filme deve mostrar a trajetória da ex-ministra desde a infância até os dias de hoje

EFE

A vida de Marina Silva, líder ecologista do Brasil e defensora da Amazônia, vai virar filme pelas mãos da diretora Sandra Werneck, que mostrará a dura infância da ambientalista e sua trajetória na política, informou nesta quarta-feira a editora que publicou sua biografia.

A ideia do projeto cinematográfico surgiu no livro Marina: a vida por uma causa, escrito pela jornalista Marília de Camargo César e publicado no ano passado durante a campanha eleitoral de Marina Silva, que recebeu quase um quinto dos votos, atrás de Dilma Rousseff e de José Serra.

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Meu primeiro pirata

O primeiro filme pirata a gente nunca esquece. Resisti bravamente,  heroicamente, com significativos prejuízos financeiros pois essa indústria se desenvolveu, nas barbas da lei, e passou a vender três dvs por 10 e a locadora mais baratinha alugando no mínimo por 8.

Em Brasília, na semana do Oscar, ambulantes vendiam "127 Horas" e "O Discurso do Rei" por 5 notas do nosso dinheiro - últimamente desvalorizado pela volta da inflação - no Lago Sul, para não falar na Feira do Paraguai. 

Mas, eis que há muito quero terminar a trilogia Milleniun - "Os Homens que não Amavam as Mulheres", " A Menina que Brincava com Fogo" e " A Rainha do Castelo de Ar", baseados no best seller do sueco Stieg Larsson.

O primeiro filme já foi lançado aqui inclusive nas locadoras. Os outros dois ainda não, embora já estejam prontos há quase um ano. A coincidência, prefiro ficar só nesta desconfiança", é que Hollywood comprou os direitos autorais, já está "adaptando" o primeiro, e ai parou tudo. Ninguém mandou procurar filme sueco.

Tio San, de cara, mudou logo o título para não deixar dúvidas, ficou “The Girl With the Dragon Tattoo” (A Garota com a Tatuagem de Dragão). A direção é de David Fincher, o mesmo dos conhecidos “Clube da Luta” e “O Curioso Caso de Benjamin Button”.

O tamanho da aposta é possível medir também, na escalação do atual 007, Daniel Craiq, para o papel principal do jornalista Mikael Blomkvist. Dividirá o protagonismo com a desconhecida Rooney Mara, como Libesth Salander.

Voltando ao pirata, com boa qualidade de som e imagem, apresento como atenuante tê-lo assistido no computador, uma vez que o blu-ray é lacrado, só lê músicas e vídeos originais. E assim será mantido.

Sobre "A Menina que Brincava com Fogo", ainda está em decodificação e avaliação mental.

terça-feira, 29 de março de 2011

O Palhaço

Segundo filme de Selton Mello como diretor, em breve na telas, "O Palhaço" tem bons ingredientes para agradar. Em dupla com Paulo José, o diretor forma a dupla de palhaços, Valdemar e Benjamin, pai e filho, do Circo Esperança,  no interior de Minas Gerais.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Novo Woody Allen estreia em junho

A distribuidora Paris Filmes acaba de anunciar que "Meia Noite em Paris", o novo Woody Allen, com direito até a uma pontinha da primeira dama Carla Bruni, estreia no Brasil em três de junho.

Wagner Moura salva "VIPs"

Wagner Moura segura, e carrega, “VIPs” do início ao fim, literalmente da primeira à última cena. Dirigido por Toniko Melo, desempenha o papel do falsário Marcelo Nascimento Rocha, que na vida real aprontou poucas e boas até ser preso.
Marcelo, no filme, graças ao currículo de Moura, tem a empatia do público. Que aceita aquele herói sem caráter, quase carente, levado ao crime pelas circunstâncias e pelo sonho de ser piloto, como o pai imaginário de quem se separou ainda criança.
“VIPs”, embora tenha o início um pouco lento, recupera-se logo, alcança um bom e correto desenvolvimento, atingindo seus melhores momentos durante o carnaval do Recife, quando Marcelo apronta sua maior “viagem”.
Amanhã devem sair as primeiras informações com o balanço nacional sobre sua bilheteria no fim de semana de estreia. Pela participação do público durante o filme e a lotação da sala em torno de 70%, pode surpreender.

Black Swan, dublê quer roubar a cena

Natalie Portman preparou-se por um ano e meio para interpretar "Cisne Negro". O resultado desse empenho é o sucesso da personagem, reconhecido nas telas do mundo inteiro.

Eis que desde o início deste mês a bailarina Sarah Lane, do American Ballet Theatre, tenta seus 15 minutos de fama como a renegada dublê de Portman. 

Benjamin Millepied, coreógrafo de "Black Swan" e por quem Portman se apaixonou durante as filmagens, reconhece que Sarah fez os trabalhos de pés mas que 85% do filme é Natalie.

O bom é que a polêmica pode levar mais gente a ver ou rever o belo filme e o trabalho que resultou no merecido Oscar de Melhor Atriz para Portman.

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domingo, 27 de março de 2011

Dilma diva

Interessante observar como mármores e tapetes vermelhos, historicamente, quebram resistências e convicções.

Sites e jornais deste domingo noticiam o encontro de Dilma Rousseff com mulheres, dezenas delas, cineastas, sexta-feira à noite, no Palácio da Alvorada.

A matéria do Estadão, assinada pela veterana Sonia Racy, tasca de manchete "Dilma vira diva em noite de festa no palácio".

Em plena semana de sua morte, sinceramente acho que Elizabeth Taylor não merecia essa.

O encontro, segundo o jornalão, foi para marcar a data em que a atriz Leila Diniz faria 66 anos….

Na Folha SP, Mônica Bergamo diz que foi em comemoração ao mês da mulher. A jornalista também postou um vídeo com cenas de tietagens explícitas.

Claro que é coincidência, mas, no mesmo O Estado de São Paulo de hoje, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, diz que "a Lei Rouanet viciou o mercado":

…. A atual Lei Rouanet tem esse viés, que era necessário ser equilibrado. Chega a ser perigosa porque quase que exclusivamente se faz atividade cultural no País através da Lei Rouanet. Passou a ser imperiosa. Quando falamos da necessidade da cultura ser autossustentável, vejo como a Lei Rouanet foi prejudicial….  
Íntegra aqui. Realmente a torcida é que seja apenas coincidência, caso contrário será mais uma crise naquele ministério. 

sábado, 26 de março de 2011

Pina Bausche chega ao Brasil

O cineasta Wim Wenders lançou no último Festival de Berlim, início deste ano, "Pina", um longa em homenagem ao trabalho da coreógrafa alemã, Pina Bausche. 

O filme, um projeto desenvolvido ao longo de 20 anos de amizade, quase foi interrompido em 2009, com a morte da amiga. Pina é considerada uma das mulheres mais influentes de todos os tempos quando o assunto é companhia de dança.

Para esses admiradores, O Globo (infelizmente apenas para assinantes) de hoje traz uma boa notícia. A partir do dia 5 de abril cariocas, paulistas e gaúchos poderão assistir 16 bailarinos da companhia criada por Pina dançarem "Ten chi", peça que ela criou quando morava no Japão.

Amostras da categoria de Pina, imortalizadas em 3D por Wenders, podem ser vistas nos vídeos abaixo, divulgados no Berlinale

O filme foi muito bem recebido por lá. Esperamos que não demore a chegar por aqui.








sexta-feira, 25 de março de 2011

MEOW no Porta Curtas

O premiado MEOW está nos destaques do Porta Curtas desta semana. É uma ótima oportunidade para recordar, e a juventude conhecer, esse premiado curta do século passado.
A animação de Marcos Magalhães ficou famosa e correu mundo. Prêmios no Festival de Brasília de 1981, Melhor Filme no Júri Popular e Melhor Roteiro. Em 82 ficou em 3º em Animação no Festival de Havana, além do prêmio especial do Júri, em Cannes.
O sucesso do curta está intimamente ligado ao momento político e cultural daqueles anos. No lado político, os centros acadêmicos e os movimentos sociais já forçavam o fim da moribunda ditadura militar no Brasil, que ainda ouvia os guinchos do general João Figueiredo e as sirenes da repressão, como mostra o curta. 
O lado forte do MEOW, e que mais acalorados debates provocou, está na "denúncia", em voga na época, da ameaça de colonialismo cultural norte-americano de braços dados com aquele plim-plim inconfundível.
Era um tempo onde, discutia-se, a invasão cultural ianque seria tamanha que não íamos mais beber leite, chimarrão, guaraná e água de coco. Pelo que se sabe hoje, a única coisa que foi substituída desde então foi a Pepsi pela Coca.
Como diz a apresentação do curta, "os clássicos não envelhecem". Confira.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Bruna Surfistinha ganha concorrente: VIPs

"Bruna Surfistinha", com Deborah Secco, pode estar ganhando um concorrente de peso a partir de amanhã com a estreia comercial de "VIPs", estrelado pelo carismático Wagner Moura, o capitão Nascimento de "Tropa de Elite", película ainda fresquinha na memória do público.
Em "VIPs" ele interpreta a história real do estelionatário Marcelo Nascimento da Rocha, que depois de uma trajetória de sucessivos golpes acabou preso quando praticava, talvez, o mais incrível deles: se passar por Henrique Constantino, filho de Nenê Constantino, dono da voadora GOL, durante o carnaval de 2001, no Recife.
Rocha também foi guitarrista de banda de rock, jornalista, claro, e até olheiro da seleção brasileira. Como todas essas falcatruas têm grande apelo no imaginário popular de um país como o Brasil, onde desvios de caráter e otras cositas más estão diariamente nos jornais, “VIPs” pode cair nas graças do grande público.
O filme é dirigido por Toniko Melo, que dividiu argumento e roteiro com Bráulio Mantovani e Thiago Dottori, a partir de uma livre adaptação do livro “VIPS” - Histórias Reais de um Mentiroso”, de Mariana Caltabiano, onde os golpes e a história real estão contados.
O elenco conta com Roger Gobeth, o argentino Jorge D’Elía, Gisele Froes e Arieta Corrêa. Froes, D’Elia e Moura foram premiados no Festival do Rio, em outubro, quando “VPIs” levou o prêmio de Melhor Ficção pelo voto do júri.




 

quarta-feira, 23 de março de 2011

O filme preferido de Elizabeth Taylor

Elizabeth Taylor participou de aproximadamente 54 filmes, mas seu preferido era "Quem tem Medo de Virgínia Wolf?", baseado na obra de Edward Albee, publicada em 1962.

O filme, lançado quatro anos depois, recebeu oito indicações para o Oscar, uma unanimidade recorde na época. As interpretações dos protagonistas, Taylor e seu marido Richard Burton, renderam aos dois o Oscar de Melhor Atriz e de Ator.

Dirigido por Mike Nichols, no seu primeiro trabalho como diretor, "Quem Tem Medo…" discute o casamento de um professor universitário, George ( Burton ), casado com a filha do Reitor, Martha ( Taylor ). 

Certo dia, eles recebem em casa um colega da universidade e a esposa. É nesse cenário de casamentos em crise que eles discutem, de forma impiedosa, embalados por vários drinks, as suas dificuldades matrimoniais.

Taylor teve uma vida conjugal famosa, tão ativa quanto conturbada ao longo de seus oito casamentos. Talvez esteja ai a explicação da sua preferência.


CINEJ@RNAL - Elizabeth Taylor

@ A tragetória de Elizabeth Taylor, narrada pelo crítico Luiz Carlos Merten, do jornal O Estado de São Paulo, mais.

@ Sexo, escândalos, corrupção: a diva Elizabeth Taylor e os bastidores de 'Cleópatra'. Matéria de 1962, na Revista Veja, mais.

@ Cenas famosas da atriz: Revista Veja, mais.

@ Repercussão internacional da morte. Folha.com, mais.


Elizabeth Taylor

Procurei uma cena que tantasse resumir a filmografia de Elizabeth Taylor. Sua dezenas de filmes, de uma carreira iniciada em 1942, tornaram a tarefa impossível. Além do risco de incorrer em um resultado parcial.

Na lembrança, além dos olhos, cor violeta, mais disputados do cinema, a tenho como a melhor professora de história de todos os tempos. Minha e provavelmente de muitos outros milhões. 

Seu papel em "Cleopatra", contracenando com o então marido Richard Burton, como Julio César, além de despertar a curiosidade, me fez gravar, para sempre, a importância daquela poderosa e complexa rainha egípsia.

Relembre no clip abaixo. A analogia da escolha não é coincidência.

Como todas as divas de Hollywood que envolveram o mundo quando o cinema era o principal meio de comunicação visual do planeta, suas muitas vidas pessoais, com tantos altos quanto baixos, não chegam a arranhar, minimamente, a grande atriz, e depois a personalidade internacional, que foi.

Glória eterna na história do cinema.


terça-feira, 22 de março de 2011

Snow Flower and The Secret Fan

Um filme de inspiração chinesa está dando o que falar nos EUA, trata-se de "Snow Flower and the Secret Fan". Dirigido por Wayne Wang, com Bingbing Li, Jeon Ji Hyun, Archie Kao e um ocidental, Hugh Jackman.

O filme é baseado no romance de mesmo nome, publicado em 2005, nos EUA, por Lisa See, e já lançado no Brasil pela Editora Rocco, com o mesmo título, "Flor da Neve e o Leque Secreto".

Nos anos 60, autoridades chineses ficaram intrigadas com estranhos caracteres escritos em papéis encontrados na bolsa de uma mulher desfalecida em uma estação ferroviária rural. Detida sob a suspeita de ser espiã, ela foi libertada depois que especialistas analisaram os papéis e constaram que os sinais eram de uma linguagem que as mulheres chinesas usavam há cerca de mil anos, sem que os homens a conhecessem. O fascínio que a nu shu e a cultura por trás desta escrita feminina levaram Lisa See a conceber o romance Flor da Neve e o leque secreto, diz a sinopse do livro divulgada pela editora.

Filme e livro retratam a amizade entre duas amigas, iniciada ainda na infância, em uma conservadora e remota cidade, Hunan.

Elas, para se comunicar entre si, conservam o hábito de escrever mensagens nas folhas brancas dos leques, utilizando códigos secretos. 

A narrativa evolui até os dias de hoje, com ambas morando em Xangai, já adultas, onde lutam para manter a intimidade e a convivência.

Sem previsão de lançamento no Brasil, mas onde deve chegar, distribuído pela Fox, que já começou a divulgação do trailer, ainda sem tradução para o português.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Sex Beatles estará no Festival de Documentários Musicais

“Sex Beatles - Memorabília” já tem a sua primeira seleção, é para o Festival Internacional de Documentários Musicais IN-EDIT, com exibições no Rio de Janeiro e São Paulo.

O filme, um longa,70 minutos, conta a trajetória do grupo liderado por Alvin L. (autor de sucessos de Marina Lima, Leila Pinheiro e Capital Inicial, para citar alguns e poucos nomes), que no começo dos anos 90, com um repertório riquíssimo, conquistou público, crítica e formadores de opinião.

Com dois importantes trabalhos lançados, o grupo Sex Beatles foi uma daquelas bandas que surgem, conquistam e somem. No caso deles, terminaram.

Por quê? É o que o documentário investiga, como garantem os idealizadores, mesclando depoimentos, imagens cedidas pela MTV e arquivos pessoais dos integrantes.

O projeto é uma idealização da Faro Filmes, de Luis Eduardo Vasconcelos e Marcelo Martins, que também dirigiu o filme, e não da Faro Multimídia. Marcelo foi baterista da banda.

Ao contrário, também, do divulgado anteriormente, não haverá premiére no Cine Odeon e sim uma sessão privada para convidados no Cine Glória, 4 de abril, no Rio de Janeiro.

Os fãs menos relacionados vão ter que esperar um pouco, pois o filme permanecerá inédito em 2011 para o público em geral, conta Marcelo Martins, por e-mail.

domingo, 20 de março de 2011

De Vinicius para Barack Obama II

Na coluna Brasília-DF, o jornalista Luiz Carlos Azedo diz hoje que o governador Sérgio Cabral preferia que Barack Obama visitasse o Morro Chapéu Mangueira, onde foi filmado o primeiro "Orfeu Negro", em 1959, mas que a segurança norte-americana não deixou e vai levar o presidente dos EUA para um cenário mais pacificado, a favela Cidade de Deus.


Como vivemos em época de poesias narradas, lembre a inconfundível voz do poetinha declamando Monológo de Orfeu, da trilha sonora do filme, composta por outros mestres, Tom Jobim e Luiz Bonfá. 

sábado, 19 de março de 2011

UN CUENTO CHINO, mais um filme de Darín

O cinema argentino aguarda com expectativa o lançamento, no próximo dia 24, do novo de filme estrelado por Ricardo Darín e dirigido por Sebastián Borensztein, "Un Cuento Chino", em tradução livre "Um Conto Chinês".

Segundo o diretor, é uma comédia de situações. Darín é Roberto, um ex-combatente da Guerra das Malvinas, traumatizado, solitário, fechado no seu pequeno mundo de dono de uma loja de ferragens.

Eis que um belo dia, jogado de um taxi, cai em sua vida um chinês, que não fala uma palavra de espanhol, perdido em Buenos Aires procurando um tio. As situações extremadas pelas diferenças culturais conduzem a trama.

Darín, em entrevista ao jornal Página 12, em companhia de Borensztein, diz que o filme é uma oportunidade para se ver o que se passa quando pensamos que somos universais e a realidade mostra que não é bem assim.


Cópia Fiel - Certified Copy

A distribuidora IFC liberou clips do filme em cartaz no Brasil desta ontem. Estrelado por Juliette Binoche, é a aposta de lançamento da semana.






sexta-feira, 18 de março de 2011

CINEJ@RNAL

@ O diretor brasileiro José Padilha confirmou à Folha nesta sexta-feira que vai mesmo dirigir o novo "Robocop". Mais
@ A bailarina Sarah Lane, que foi dublê de Natalie Portman no filme "Cisne Negro", disse em entrevista à revista "Dance" que a Fox lhe proibiu de dar entrevistas antes do Oscar. Mais 
@ Os 35 anos da morte de Luchino Visconte. Mais 

BAFICI - Festival de Cinema Independente de Buenos Aires

Uma grande oportunidade para unir prazeres é cruzar o rio da Prata entre 6 e 17 de abril, durante o 13º Buenos Aires Festival Internacional de Cinema Independente - BAFICI.

A cidade vai transpirar cinema. No ano passado foram exibidos nada menos do que 422 filmes, para um público de 280 mil aficionados. Este ano, os organizadores, entre eles o Ministério da Cultura argentino, acreditam que os números serão maiores.

A abertura será no Teatro 25 de Mayo e o festival acontece em 11 sedes espalhadas pela capital.Os ingressos poderão ser comprados via internet.

Como alerta Gisele Teixeira, blogueira do "Aquí me quedo", o difícil será escolher quais os filmes para assistir. Não faltam experiências para todos os gostos.

Alguns brasileiros, puros ou em co-produção, estão inscritos. Entre eles "Luz nas Trevas - A Volta do Bandido da Luz Vermelha", dirigido por Ícaro Martins e Helena Ignez, estrelado por "un irreconocible" Ney Matogrosso no papel título, e grande elenco, como Bruna Lombardi, Maria Luisa Mendonça, André Guerreiro Lopes, Djin Sganzerla.

É um filme que desperta atração no BAFICI. No ano passado, o Festival promoveu uma retrospectiva sobre a obra do brasileiro Rogério Sganzerla, morto em 2004, "uno de los fundadores del llamado cinema marginal brasileño", como dizem os organizadores.

Quando morreu, o diretor deixou escrito uma continuação, agora executada por sua viúva Helena Ignez, com a participação de Martins, da filha Djin e do genro André.

Confira no teaser abaixo.


quinta-feira, 17 de março de 2011

De Vinicius de Moraes para Barack Obama

As assessorias norte-americanas, face a visita de dois dias de Barack Obama e família ao Rio de Janeiro, com escala em Brasília, fazem uma natural divulgação de simpatias ligando o presidente dos EUA ao Brasil.

Escolheram uma marcante, particularmente para cariocas e afrodescendentes, como ele. Obama, na sua briografia, cita o filme "Orfeu Negro", de 1959, que lhe foi apresentado por insistência da mãe Stanley Ann Dunham.

Um filme realmente histórico para o cinema nacional, embora seja uma obra mais franco-italiana do que brasileira. Dirigido pelo francês Marcel Camus, morto em 1982, foi adaptado por ele da peça "Orfeu da Conceição", de uma também adaptação genial que Vinicius de Moraes havia feito da grega Orfeu e Eurídice.

O Orfeu original, em 1999 refilmado, foi rodado na Chapéu Mangueira, no bairro do Leme, favela que perdeu para outro cenário cinematográfico, a hoje  "pacificada"  Cidade de Deus, a preferência da ilustre comitiva. Venceu a política.

Com trilha sonora de Tom Jobim e Luis Bonfá já na esteira da Bossa Nova,"Orfeu Negro" recebeu prêmios como Palma de Ouro, em Cannes, no ano do lançamento. Além de Melhor Filme em Língua Estrangeira, no caso a França, no Oscar e no Globo de Ouro de 1960, ambos nos EUA. Em 1961, no BAFTA, em Londres, foi indicado na mesma categoria.

Na peça de Vinícius, Eurídice foge do nordeste e vai morar numa favela carioca com sua prima Serafina, pois acredita ser seguida por um homem que está querendo matá-la. Com a cumplicidade da prima, apaixona-se por Orfeu, noivo da bela Mira.

Mira passa a perseguir Eurídice, por ciúmes. Eurídice revela tudo ao seu protetor Orfeu que, também apaixonado, vai viver ao seu lado. Um dia, depois de conhecer o Carnaval, Eurídice acredita que está sendo perseguida e volta para a favela, mas sem conhecer as ruelas fica assustada e se perde. O homem a encontra.

Para recordar o filme que marcou Obama, a abertura, com a música tema na voz de Vinicius, e Samba de Orfeu, de Luis Bonfa.




O Belas Artes não vai morrer hoje!



São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 2011


O Belas Artes não vai morrer hoje!

ANDRÉ STURM


É um local não apenas com um passado importante mas com um presente vivo e pulsante. Por isso decidimos manter o cinema aberto até o limite



Em algum momento dos anos 70, quando eu era bem novo, meus pais me levaram a um cinema para assistir a um filme diferente, no qual quase ninguém falava.

Foi a primeira vez que fui ao Belas Artes e o filme era o magnífico "Meu Tio". Nos anos 80, foi lá que virei cinéfilo, assistindo ao melhor do cinema mundial.

Em 1984, comecei a participar do Cineclube da GV. A partir daí, minha vida sempre esteve ligada aos filmes. Participei da criação dos cineclubes Oscarito e Veneza, da restauração do Vitrine, da implantação da Sala Cinemateca. Mas meu sonho sempre foi o Belas Artes.

A oportunidade surgiu no final de 2002, quando soube que o cinema fecharia suas portas. Procurei o dono e propus uma parceria.

Ele pensava em sair da atividade, mas me deu tempo para conseguir parceiros. Foi quando meus amigos Andréa Barata Ribeiro, Fernando Meirelles e Paulo Morelli entraram na aventura e conseguiram trazer um importante patrocínio para fazermos as reformas necessárias.

Nesses oito anos, foram muitas histórias divertidas e emocionantes. E a alegria de ver o antigo cinema vivo e ativo. O "Noitão" virou um hit, com suas sessões lotadas varando a madrugada. Tivemos o cineclube e os filmes em cartaz por muito tempo.

Em março passado, nosso patrocinador avisou que não renovaria o contrato. Em maio, anunciei à imprensa a necessidade de um patrocínio, pois as contas não fechavam.

Começaram então as manifestações de apoio. Na imprensa, na internet, no cinema, pessoas querendo ajudar.

Uma fã criou um blog que em poucos dias tinha mais de mil pessoas inscritas. O La Casserole liderou junto a outros excelentes restaurantes da cidade a campanha "Tudo pode dar certo". Um grupo de frequentadores e alguns funcionários criaram um abaixo-assinado.

Numa tarde, tomando café com uma amiga, notei uma senhora que convidava as pessoas a assinar. Então ela se virou para nós e perguntou, muito severa: "Jovens, vocês já assinaram?". Fiquei sem graça de dizer quem eu era e de perguntar o nome dela, mas fica aqui meu muito obrigado a essa senhora e a todos os que colocaram seus nomes no abaixo-assinado.

Em dezembro, quando finalmente tudo estava acertado com o novo patrocinador, fui informado pelo proprietário de que ele queria o imóvel de volta. Foi duro, depois de tanto esforço com o novo patrocínio, ver tudo perdido. E imaginar o Belas Artes fechado.

No início de janeiro, tive um dos dias mais tristes da vida quando comuniquei aos funcionários que o cinema fecharia. Decidi fazer naquele mês uma celebração do "espírito" Belas Artes, e não um funeral.

No dia 6, a Folha fez a primeira matéria sobre o fechamento. Foi um "tsunami". Toda a mídia passou a falar do assunto. Foi o tema mais citado no Twitter por dois dias. Houve passeatas e mais abaixo-assinados, além de uma mobilização popular como eu nunca havia visto por um tema cultural.

Em poucos dias, vimos o seguinte cenário: o prefeito, vereadores, entidades, pessoas e empresas ligando para saber como ajudar, o Compresp votando estudo para o tombamento do imóvel onde o cinema está e mais de 70 mil pessoas no Facebook em defesa do cinema.

Eu sabia que o Belas Artes era querido, mas esse apoio foi muito além do que eu poderia imaginar.
É um local não apenas com um passado importante mas com um presente vivo e pulsante. Por isso decidimos manter o cinema aberto até o limite, na data de hoje.

Teremos as últimas sessões nesta noite. Esperamos todos os amigos e apoiadores. Gostaria de agradecer a todos que tanto ajudaram. Fecharemos as portas, mas não o cinema.

Se o tombamento for aprovado e o proprietário nos procurar, reabriremos o cinema em seu endereço tradicional. Se não, o Belas Artes renascerá em outro endereço para os amantes do bom cinema. O Belas Artes não morre hoje!


ANDRÉ STURM é cineasta e diretor do Cine Belas Artes

quarta-feira, 16 de março de 2011

Bernardo Bertolucci- Os Sonhadores

O grande diretor italiano completou nesta quarta-feira 71 anos. Para lembrá-lo, o trailer de outro dos seus melhores e mais polêmicos filmes, "Os Sonhadores", de 2003.

Mostra a vida, descontrolada, libertária, sem limites, em ebulição, de três jovens estudantes, um casal de irmãos franceses e um norte-americano, em uma Paris de 1968.


Recentemente sua obra foi relembrada com a morte da atriz Maria Schneider, de "O Último Tango em Paris".

Almodóvar divulga La Piel que Habito

Divulgação
Já circula o bonito cartaz do próximo filme de Pedro Almodóvar, "La Piel que Habito", em fase final de pós-produção e lançamento marcado para setembro, na Espanha.

Como é um Almodóvar acompanhado de Antonio Banderas se pode torcer para que até o final deste ano, no máximo início do próximo, esteja por aqui.

O último trabalho de Banderas com o cineasta espanhol havia sido em "Atame", 20 anos atrás. No próximo, o ator interpreta um médico cirurgião plástico que faz experimentos de novas técnicas em sua paciências. A protagosnista é Elena Anaya.

"Mis películas siempre han sido difíciles de clasificar en cuanto a género, porque suelo mezclar varios, y cuando hay uno que predomina no respeto todas las reglas. He terminado de rodar La piel que habito y me hallo en plena postproducción. Ahora que ya la he visto, creo que la película es un intenso drama que a veces se inclina por el noir, a veces por la ciencia ficción, y otras por el terror", define o próprio Almodóvar, no site da sua produtora El Deseo.  

A obra é do artista plástico espanhol Mo Caro. Veja os outros cinco teasers preparados para "La Piel que Habito" aqui.

terça-feira, 15 de março de 2011

Dorian Gray

Está previsto para estrear até o final deste mês em circuito nacional "Dorian Gray", uma releitura do clássico de Oscal Wilde, um dos livros mais polemizados da história da literatura universal.

O filme - quem já o viu diz que o roteirista Tob Finley é pouco fiel ao Dorian Gray de Wilde, traz Colin Firth, Oscar de Melhor Ator por "O Discurso do Rei", no papel de um cínico Lord Wotton, um dos amigos íntimos de Gray.

Este, interpretado por Ben Barnes, cujo papel mais popular é o do Príncipe Caspian da saga As Crônicas de Nárnia. O triângulo principal é completado por Ben Chaplin, como Basil, um artista plástico que divide a atenção de Gray com Wotton.

A presença feminina de destaque fica com Rebecca Hall, no papel de Emily, uma inexistente esposa de Dorian no livro, filha de Lord Wotton. Hall destacou-se no ótimo Vicky Cristina Barcelona, de Woody Allen, como Vick.

A conferir, pois a crítica está absolutamente divida e revoltada, particularmente os admiradores do livro que revolucionou a literatura inglesa naqueles conservadores anos finais do século XIX.


Sex Beatles - Memorabília

Acaba de sair da moviola um documentário em longa metragem que deve agradar os bons roqueiros. "Sex Beatles" vai contar a breve, porém influente trajetória de uma banda que ficou na história do rock no Brasil.

Liderada por uma das mentes mais brilhantes da música pop, o compositor Alvin L. (gravado por Capital Inicial, Marina Lima, Ira!, Frejat, Ana Carolina e até por Regininha Poltergeist), a banda contou com apenas dois álbuns em meados da década de 90, produzidos e lançados por Dado Villa Lobos, guitarrista da Legião Urbana.

Entre seus principais admiradores, "Sex Beatles" ainda teve nomes como Renato Russo e Paula Toller, do Kid Abelha. O longa mostra o grupo desde seu tenro início, começo dos anos 90, e traça um panorama do pop independente brasileiro da época, de onde surgiram grupos de maior sucesso comercial como Skank, Pato Fú, Cidade Negra, Virna Lisi, etc.

"Sex..." usa artigos e matérias de imprensa, arquivos da MTV e Rede Globo, depoimentos dos próprios integrantes e de artistas de renome na música brasileira.

Os depoimentos revelam os bastidores de uma banda à frente de seu tempo - e que por isso, cada vez mais é (re)descoberta pelas novas gerações de músicos. É apontada como referência quando o assunto é rock de qualidade com sabor de festas escuras.

O projeto é uma idealização da Faro Multimídia, dirigido por Marcelo Martins e Fábio Caldeira, com produção de Maira Cassel."Sex Beatles" está com sessão premiere prevista para o dia 04 de Abril, no Cine Odeon, no Rio de Janeiro, depois segue carreira pelos festivais Brasil a fora.

Alguns momentos no teaser abaixo, ainda antes da edição final.


segunda-feira, 14 de março de 2011

CINEJ@RNAL

@ 21º Festival de Cinema do Ceará abriu inscrições para o evento deste ano, em junho. Até 10 de abril cineastas de longas e curtas podem inscreverem-se nas mostras competitivas. Mais

@ No Carnaval, "Esposa de Mentirinha" e "Gnomeu & Julieta" bateram "Bruna Surfistinha" em bilheteria. O site FilmeB atualiza os números semanalmente. Mais 

@ O Cine Drive-in de Brasília, segundo o Fantástico, é o último sobrevivente do gênero no Brasil. Com uma legião de fãs, tem página no Facebook e deve virar longa pelas lentes do iniciante diretor brasiliense Iberê Carvalho. Mais

EuelaEu

EUelaEu é um curtinha muito bem dirigido por Daniel Ferraz, com argumento e roteiro de Patrícia Saldanha. Confira.

"Der ganz große Traum", o "Grande Sonho"

Uma amiga que passou o Carnaval na Alemanha conta que o maior sucesso por lá é o filme "Der ganz große Traum", o "Grande Sonho" em tradução livre, rodando em mais de 200 cidades desde sua estreia, em meados do mês passado.

É a estória de um professor de inglês, interpretado por Danil Brühl, que usa um novo esporte, o futebol, para ensinar a língua aos jovens de um tradicional colégio.Já conhecido na Inglaterra, o jogo de bola ainda era estranho aos alemães naquele final dos anos 1800.

O método gera polêmica e resistência nos pais e professores, mas é um sucesso entre os alunos. Parece uma simpática e divertida película sobre o mais popular esporte do mundo.


domingo, 13 de março de 2011

Um clássico para a corrupção

Os cineastas brasileiros devem ao País um grande filme sobre corrupção, prevaricação e outros itens dessa natureza, que infestam a política e contaminam os políticos. 

O tema é antigo, de norte a sul casos não faltam. Mesmo assim os títulos nacionais que cuidam do assunto são raros. E não é por escassez de documentos, arquivos, imagens e exemplos reais, como os dos vídeos abaixo.  

O mais emblemático exemplo de que o assunto pode ser bom de bilheteria está nos corajosos "Tropa de Elite"1 e 2 que, embora focados na polícia do Rio de Janeiro, batem à porte e escancaram as teias entre o crime organizado e os poderes legislativo e executivo, tanto estadual quanto nacional, uma vez que chegam ao Congresso Nacional.

Nunca antes na história deste país houve tanta documentação, vídeos e áudios para um bom roteirista deleitar-se. Mesmo que ao final tenha que apelar para a tradicional prevenção: "esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais será mera coincidência".




sábado, 12 de março de 2011

Cinema online

Boa notícia para cinéfilos, péssima para locadoras traz hoje O Globo ao anunciar, para setembro, a chegado ao Brasil do site Mubi, onde é possível assistir os mais variados longas via internet.

A "novidade" já é comum em diversos outros países. A Fundação Sundance, por exemplo, semanalmente, envia para inscritos uma lista em torno de 10 filmes que podem ser vistos instantaneamente via streaming, baixados ou comprados por preços que variam entre 3 e 15 dólares, pagos via cartão de crédito.

As dificuldades, no caso da Sundance, estão em que algumas películas são distribuídas via companhias telefônicas norte-americanas. Outra, são as licenças para exibição de alguns filmes por região deixarem frequentemente a América Latina de fora. 

O Mubi, criado em 2007 pelo empresário turco Efe Cakarel em parceira com o produtor argentino Eduardo Costantini, conta com 1,3 milhão de usuários e calcula catalogar dois mil filmes para exibição por aqui.

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sexta-feira, 11 de março de 2011

10 filmes sobre Jornalismo

Assim como sempre existe um filme ou documentário sobre qualquer tema que envolva a humanidade, inclusive jornalistas e jornalismo, uma das profissões mais antigas do mundo, existem listas que selecionam todos esses variados assuntos.

Tipo os 100 vinhos que você tem que beber antes de morrer - mesmo que morras no caminho, as 100 cidades para conhecer, e por ai vai, esta semana recebi uma com 10 filmes sobre jornalismo. É bem feita e útil para os interessados e para os curiosos.

A seleção vai de "Cidadão Kane", o clássico lançado por Orson Welles em 1941, ao mais recente, e muito bom, "Intrigados de Estado", de 2009.  Vale a pena conferir.



Robocop

Cartaz previsto pela MGM
O noticiário internacional não tem mais dúvida e já afirma que o brasileiro José Padilha deverá dirigir a refilmagem de "Robocop". Padilha tem como destaque no curriculum os dois recordistas de bilheteria "Tropa de Elite".

Os sites e blogs internacionais desde ontem, conforme identificou nosso correspondente-observador Eduardo G., agora já passaram a confirmar o nome de Josh Zetumer como roteirista e parceiro de Padilha.

A refilmagem virou uma novela dentro da MGM, em função da crise financeira que há alguns anos abala o grande estúdio. "Robocop", um sucesso de bilheteria no final dos anos 80, agora tem orçamento estimado em 80 milhões de dólares.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Jogo de Poder - Fair Game

Mais um filme estreia esta semana contando o caso envolvendo Joseph Wilson, ex-embaixador dos EUA, e sua mulher, a ex-agente da CIA Valerie Plame, cuja identidade secreta foi revelada em retaliação ao artigo escrito por Wilson no New York Times, afirmando que o Iraque de Saddam Hussein não possuía armas nucleares.

A revelação desmascarava a desculpa, pública, do então governo Bush para declarar guerra, invadir o Iraque e cassar Hussein - condenado à forca e executado praticamente ao vivo nas redes de tv norte-americanas. 

O caso Plame abalou as estruturas governamentais norte-americanas. A diferença para os demais filmes com o mesmo tema, como "Zone Verde", está em que "Jogo de Poder" é baseado em fatos autobiográficos. A conferir.


"Ameaça Terrorista" - "Unthinkable"

"Ameaça Terrorista", "Unthinkable" no original, é barra pesada. Da primeira à última cena, o diretor Gregor Jordan não alivia. O filme é recente nas locadores, em DVD ou Blu-Ray.

Estrelado por Carrie-Anne Moss, no papel da agente Helen Brody, do FBI, Michael Sheen, como Steven Arthur Younger, e Samuel Lee Jackson, como Henry Herald Humphries, ou simplesmente "H".

Provavelmente num dos papéis mais polêmicos de sua vasta carreira, "H" é um agente do exército dos EUA especializado em obter informações de prisioneiros. Sob os mais variados métodos imagináveis.

Sem limites, "Ameaça..." discute até onde é possível, ético ou válido o uso da tortura. "H" simplesmente seria um psicopata, não estivessse secretamente autorizado pelo governo norte-americano para descobrir a localização de três artefatos com carga nuclear armados por Younger em grandes cidades dos EUA.

Younger, além de cidadão norte-americano e filho de diplomata, serviu àquele exército no oriente médio, onde realizou diversos serviços, limpos e sujos. Revoltado, converte-se ao islamismo como Yusuf Atta Mohamed e prepara-se, muito bem, para enfrentar todas as conseqüências da missão.

Brody, a agente do FBI, escolhida por "H" como parceira, fica no meio. Seu papel representa a dúvida ética sobre até que ponto é válido usar de tortura contra um ser humano para salvar a vida de outras centenas de milhares.  

Roteiro, argumento, direção e interpretações corajosos, inquietantes, perturbadores. Filme pouco recomendável para ser assistido antes de dormir.

O título original,"Unthinkable", se tivesse sido usado em tradução literal, seria mais preciso. Segundo o dicionário Michaelis quer dizer inimaginável, inconcebível, impensável,doloroso de se pensar.

Infelizmente real e praticada nos mais diferentes níveis políciais ou de segurança, em diversos países. Como denuncia Gregor Jordan.




quarta-feira, 9 de março de 2011

Cinema como antigamente - " Metropolís"

Para os amantes do cinema e da música e que estarão no Rio de Janeiro nos próximos dias 17 e 19 uma grande atração.

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro e sua Orquestra abrem a temporada deste ano apresentando o clássico "Metropolís", um filme de ficção, mudo, feito em 1927 pelo  alemão Fritz Lang, com trilha sonora composta por Gottfried Huppertz.

A apresentação será exatamente como era no início do cinema mudo. A literatura sobre o filme é vasta desde que virou cult e passou a inspirar outros ficção científica nos anos 1970-80. No YouTube é possível achar diversas cenas. Vale a pena. Confira no trailer.

"Metropolís" mostra, no futuro, as contradições de uma cidade dividida entre uma classe alta, dedicada ao luxo, e uma baixa, de operários.Consta que, na estreia, foi mal recebido, quase levando à falência os produtores e os estúdios UFA.

O Museu do Cinema e da Televisão de Berlim, em janeiro último, exibiu uma versão restaurada, acrescida de 25 minutos que foram encontrados em Buenos Aires, em 2008. A trilha sonora também foi executada por uma orquestra ao vivo.

Aqui, infelizmente não é possível saber mais detalhes da programação, nem qual a versão do filme que será exibida. Não há uma linha de informação no site do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, ligado à Secretaria de Cultura do Estado.