quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Festival do Rio versus Mostra SP. Freud explicaria?


Festival do Rio e Mostra de SP disputam liderança na América Latina

O Globo


O evento carioca, que começa nesta quinta, e o paulista, em outubro, negociam a exclusividade de filmes e deixam de exibir produções importantes da safra recente


RIO - A folclórica e, muitas vezes, bem-humorada rivalidade entre Rio e São Paulo está chegando a um cinema perto de você. Desenhada de forma sutil ao longo da última década, a disputa entre o Festival do Rio, cuja edição 2012 começa nesta quinta-feira, com a exibição, para convidados, de “Gonzaga, de pai para filho”, de Breno Silveira, no Cine Odeon, e a Mostra de São Paulo, cuja 36ª edição acontece entre os dias 19 de outubro e 1º de novembro, pelo título de mais importante evento cinematográfico da América Latina toma contornos mais explícitos a partir deste ano, como a seleção de filmes deixa antever.

Ao longo da última década, os organizadores da Mostra tentaram, informal e discretamente, evitar repetir títulos selecionados pelo Festival do Rio. A grande marca do festival continuava sendo o seu perfil conceitual, que privilegia filmes autorais e convidados do mesmo naipe, que inclui realizadores como o iraniano Abbas Kiarostami, o canadense Atom Egoyan, o português Manoel de Oliveira e o russo Aleksander Sokurv. 

Em 2011, o fundador da mostra, Leon Cakoff, falecido dias antes da abertura do evento, decidiu oficializar essa postura, negociando com distribuidores brasileiros exclusividade sobre os títulos estrangeiros para a sua programação.

É por isso que este ano os cariocas deixarão de ver no Festival do Rio filmes importantes da safra recente internacional, como “Bela que dorme”, de Marco Bellochio, que causou furor no último Festival de Veneza ao construir um drama sobre a eutanásia a partir de um caso verídico, ocorrido em 2009 na Itália.

Continua O Globo




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