sexta-feira, 27 de abril de 2012

Cinema Olympia:100 anos de resistência

Chegou ao Jornal Nacional de ontem, em boa matéria produzida em Belém, os 100 anos do Cinema Olympia, considerado o mais antigo em funcionamento no Brasil, apesar de uma ou duas interrupções das atividades.

Quando morei em Belém, e já se vai algum tempo, cheguei a ser um dos seus frequentadores. Fica colado ao hotel onde morava, em frente à Praça da República. 

Abaixo, a matéria do site do próprio cinema e onde vale a ver mais algumas curiosidades.

Aqui a matéria do JN
  
Olympia de Belém é considerado o cinema mais antigo em funcionamento no País desde que se considere que sempre esteve no mesmo lugar e não parou as suas atividades por muito tempo. Mesmo assim, a sala foi fechada no dia 16 de fevereiro de 2006 pelo seu atual proprietário, Luis Severiano Ribeiro Neto.

A alegação foi de que dava prejuízo. Mas a queda de freqüência a cinema nos dois últimos anos não é um fenômeno isolado e sim internacional. E não é inédito nem se pode dizer irreversível. São muitas as crises que atingiram as salas exibidoras ao longo dos anos, como a do inicio da década de 50 quando a televisão ameaçou a exibição cinematográfica de tal forma que foi preciso apelar para recursos técnicos como o cinemascope, o vista-vision, o cinerama, uma série de processos que aumentaram o tamanho da imagem e com isso passaram a concorrer com o novo meio de expressão.

O Olímpia foi fundado no dia 24 de abril de 1912 pelos empresários Carlos Teixeira e Antonio Martins, donos do Grande Hotel (onde hoje está o Hilton Hotel) e do Palace Theatre (na mesma quadra). Eles queriam fazer do cinema um ponto “chique” para atrair os freqüentadores do Theatro da Paz e, obviamente, os hóspedes de seu hotel.
No fim dos anos 30 a empresa Teixeira & Martins não suportou os encargos financeiros e vendeu o cinema, e outros que controlava, ao banqueiro Adalberto Marques. Criou-se a “Cia. Cinematográfica Paraense Ltda”. Uma firma de vida curta. Em 1946 Marques vendeu todos esses cinemas ao exibidor cearense Luís Severiano Ribeiro, já dono de salas em diversos Estados.
Em 1953 os estudantes de Belém encabeçaram piquete para a reforma do Olimpia, bastante deteriorado na época. Severiano Ribeiro respondeu comprando um terreno na Av, Nazaré e anunciando que ali construiria o Cinema S. Luís “o maior do norte do Brasil”. Mas não só o novo cinema ficou nisso como o Olimpia permaneceu maltratado. Só em 1960, depois de inaugurado nove meses antes o cinema Palácio, é que recebeu os requisitos de conforto como poltronas estofadas e ar condicionado.

Continua Cine Olympia

sábado, 21 de abril de 2012

"Diário de um Jornalista Bêbado"

SÃO PAULO, 19 Abr (Reuters) - Ter nascido no Estado norte-americano do Kentucky foi uma das muitas afinidades que uniram o escritor Hunter Thompson (1937-2005) e o ator Johnny Depp. Espíritos livres que desconfiaram dos sistemas de que fizeram parte, fossem o jornalismo, a literatura, o cinema e a própria vida, os dois se tornaram grandes amigos. Por isso, foi muito lógico que o ator assumisse a missão de transformar-se no alter ego de Thompson nas adaptações de seus livros nas telas, como aconteceu há 14 anos em "Medo de Delírio em Las Vegas".

Depp repete a dose em "Diário de um Jornalista Bêbado", dirigido e roteirizado por Bruce Robinson. O filme pode ser visto como uma espécie de introdução ao universo de Thompson, antes que se tornasse o pioneiro por excelência do chamado "jornalismo gonzo" - uma espécie de filho bastardo do New Journalism, atravessado pela contracultura dos anos 1960, que se caracterizou por desvirtuar as regras da objetividade mediante a inserção de vivências e percepções extremamente pessoais de seus autores.

O alter ego de Thompson na história, adaptada do livro "Rum - Diário de um Jornalista Bêbado", é um jovem jornalista, Paul Kemp (Depp), que deixa os EUA no final dos anos 1950 para trabalhar em Porto Rico, no diário local em língua inglesa, San Juan Star.

Quando atravessa pela primeira vez a porta da redação, Kemp já percebe onde se meteu. O editor, Lotterman (Richard Jenkins), é um alucinado com mania de perseguição, que grita com todo mundo enquanto manobra um verdadeiro malabarismo mental e financeiro para manter o jornal. A qualquer momento, cruza a redação um bêbado em estágio terminal, Moberg (Giovanni Ribisi), que é sempre esculhambado por Lotterman. O fotógrafo, Bob Sala (Michael Rispoli), abarrotado de trabalho, é o único que parece ter algum bom senso por ali.
(Por Neusa Barbosa, do Cineweb)

Continua Reuters



quinta-feira, 19 de abril de 2012

65º Festival de Cannes, lista dos competidores

A direção do 65º Festival de Cannes divulgou hoje as listas completas das mostras deste ano. Abaixo, os escolhidos para a Mostra Competitiva, candidatos à Palma de Ouro, onde está "On The Road", dirigido pelo brasileiro Walter Salles.

Cannes, como faz em todas as edições, presta reconhecimento a grandes nomes do cinema. O deste ano é o roteirista e diretor norte-americano Philip Kaufman.

Pela tradição do Festival, o homenageado concede uma espécie de entrevista, onde conta sua obra, as experiências por trás das câmeras, os prazeres e os espinhos na carreira.

O que dizem os organizadores do festival sobre Kaufman, em tradução livre:

"Nasceu em 1936, completou seus estudos na Universidade de Chicago, depois em Harvard, antes de passar dois anos na Europa.

Em seu retorno aos Estados Unidos, um encontro com Anaïs Nin determinou a sua carreira: ele escreveu e dirigiu seu primeiro filme, "Goldstein", premiado com o Prix de la Nouvelle Critique no Festival de Cannes em 1964.

Dois anos depois, Kaufman já tinha um contrato com a Universal em Hollywood. Ele desenvolveu a história original de "Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida", com George Lucas, e escreveu o roteiro de "The Outlaw Josey Wales", mas que foi dirigido por Clint Eastwood (1976).

Kaufman, dirigiu "O Grande Northfield Minnesota Raid" (1972), mas foi com o filme "Invasão de Corpos" (1978), um remake do "Don Siegel", de 1958, que ele experimentou seu primeiro grande sucesso. inclusive finanaceiro.

Depois de mais um sucesso com "The Wanderers" (1979), Kaufman partiu para projetos mais ambiciosos: "The Right Stuff" (1983) que lhe rendeu oito indicações e quatro Oscars e "A Insustentável Leveza do Ser' (1988) com Daniel Day Lewis, Juliette Binoche e Lena Olin.

Kaufman dirigiu ainda "Henry & June (1990), baseado nas memórias de Anaïs Nin, "Sol Nascente" (1993), uma adaptação do romance de Michael Crichton, e "Quills" (2000), com Geoffrey Rush estrelando como o Marquês de Sade. Seu filme mais recente, "Twisted", foi lançado em 2004".

MOSTRA COMPETITIVA

- "DE ROUILLE ET D'OS", dirigido por Jacques Audiard
- "HOLY MOTORS", por Leos Carax
- "COSMOPOLIS", David Cronenberg
- "THE PAPERBOY", Lee Danels
- "KILLING THEM SOFTLY", Andrew Dominik
- "REALITY", por Matteo Garrone
- "AMOUR", Michael Haneke
- "LAWLESS", John Hillcoat
- "DA-REUN NA-RA-E-SUH" (IN ANOTHER COUNTRY), por Hong Sangsoo
- "DO-NUI MAT IM"(THE TASTE OF MONEY), por Sang-soo
- "LIKE SOMEONE IN LOVE", Abbas Kiarostami
- "THE ANGELS SHARE", Ken Loach
- "V TUMANE" (IN THE FOG), Sergei Loznitsa
- "BEYOND THE HILLS", Cristian Mungiu
- "BAAD EL MAWKEAA" (AFTER THE BATTLE), Yousry Nasrallah
- "MUD", Jeff Nichols
- "VOUS N'AVEZ ENCORE RIEN VU", Alain Resnais
- "POST TENEBRAS LUX", Carlos Reygadas
- "ON THE ROAD", Walter Salles
- "PARADIES:Liebe"(PARADISE : Love), Ulrich Seidl
- "JAGTEN" (THE HUNT), Thomas Vinterberg
- "DE ROUILLE ET D'OS", dirigido por Jacques Audiard
- "HOLY MOTORS", por Leos Carax
- "COSMOPOLIS", David Cronenberg
- "THE PAPERBOY", Lee Danels
- "KILLING THEM SOFTLY", Andrew Dominik
- "REALITY", por Matteo Garrone
- "AMOUR", Michael Haneke
- "LAWLESS", John Hillcoat
- "DA-REUN NA-RA-E-SUH" (IN ANOTHER COUNTRY), por Hong Sangsoo
- "DO-NUI MAT IM"(THE TASTE OF MONEY), por Sang-soo
- "LIKE SOMEONE IN LOVE", Abbas Kiarostami
- "THE ANGELS SHARE", Ken Loach
- "V TUMANE" (IN THE FOG), Sergei Loznitsa
- "BEYOND THE HILLS", Cristian Mungiu
- "BAAD EL MAWKEAA" (AFTER THE BATTLE), Yousry Nasrallah
- "MUD", Jeff Nichols
- "VOUS N'AVEZ ENCORE RIEN VU", Alain Resnais
- "POST TENEBRAS LUX", Carlos Reygadas
- "ON THE ROAD", Walter Salles
- "PARADIES:Liebe"(PARADISE : Love), Ulrich Seidl
- "JAGTEN" (THE HUNT), Thomas Vinterberg

Em Paulínia, Brasil enterra mais uma "Hollywood"

O caderno Ilustrada, da Folha de São Paulo, traz hoje três boas matérias que colocam mais luz na origem da crise que detonou o Festival de Paulínia. Abaixo, a primeira delas, que está aberta no site da Folha.com..br. As demais, por enquanto, estão disponíveis apenas para assinantes do jornal.
São Paulo, quinta-feira, 19 de abril de 2012Ilustrada

Polo Cinematográfico de Paulínia sofre com descaso

MATHEUS MAGENTA
LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
ENVIADOS ESPECIAIS A PAULÍNIA (SP)

Construído para ser a Hollywood brasileira, o Polo Cinematográfico de Paulínia (a 117 km de São Paulo) hoje mais parece uma cidade fantasma. Cursos e editais foram suspensos, e os estúdios atualmente não têm utilidade.

Na semana passada, o prefeito José Pavan Júnior (PSB) cancelou a quinta edição do festival de cinema, previsto para junho, para "priorizar o trabalho social" na cidade.

Sem explicar direito que destino daria à verba, de pelo menos R$ 3 milhões, suspendeu a principal vitrine da produção local e um dos principais eventos do país, ao lado de festivais como Gramado e Brasília, por exemplo.

Desde a compra dos terrenos, na década de 1990, estima-se que tenham sido gastos R$ 490 milhões no desenvolvimento do polo. A estrutura conta hoje com cinco estúdios, um teatro e uma escola (veja quadro abaixo).

O projeto foi bancado principalmente com dinheiro dos impostos pagos pelo setor petroquímico da cidade (em 2011, a receita total foi de cerca de R$ 920 milhões).

Graças às indústrias, o município de 82 mil habitantes tem a maior arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) per capita do Estado.

O polo de cinema foi concebido pelo prefeito anterior, Edson Moura (PMDB), para tentar diminuir a dependência da cidade do petróleo.

Pavan diz que continuará a investir em cinema, mas não é isso o que se vê hoje.

O estúdio de animação de R$ 29 milhões tem 120 estações de trabalho e softwares de última geração, mas seus equipamentos estão totalmente desligados. Nenhum filme foi produzido lá desde sua inauguração, em 2009.

Um espaço com o fundo em "chroma key" (usado para criar efeitos de sobreposição) hoje serve como depósito para amontoar cadeiras, armários e objetos da prefeitura.

Os estúdios são geridos pela Quanta -empresa de locação de recintos e equipamentos audiovisuais. Num esquema de parceria público-privada, a Quanta recebe por contrato, haja ou não a realização de filmes. No ano passado, foram pagos à empresa cerca de R$ 20 milhões.

A escola Magia do Cinema foi desativada. Os cursos para a formação de roteiristas, diretores e produtores deram lugares a eventuais work-shops de curta duração. O prédio deu lugar a uma escola de ensino fundamental.

Continua Ilustrada


'Espero que não seja o fim do polo', diz Cacá Diegues
DOS ENVIADOS A PAULÍNIA (SP)
Criado em 2008, o Festival de Paulínia tinha conseguido ficar entre os cinco mais importantes eventos do gênero no Brasil.
Os prêmios valiam a pena: R$ 250 mil para o melhor filme e R$ 100 mil para o melhor documentário.
O status está ameaçado. "Suspender o festival é péssimo", diz Nilson Rodrigues, coordenador-geral do Festival de Brasília.
Ele comenta que seria "pensar pequeno" achar que isso devolveria ao mais longevo festival do país a relevância perdida graças à disputa por filmes inéditos com eventos como o de Paulínia. "Nada que prejudique o cinema pode ser útil a alguém", frisa.
Renata de Almeida, diretora da Mostra de São Paulo, diz que "é pena, pois a constância é determinante para um festival".
Continua Ilustrada

Análise
Paulínia perde a chance de criar produção industrial
Desmantelamento do polo acontece na contramão do aumento de demanda
O que se perde é a possibilidade de escala, de ter dinheiro, técnicos e material humano em um só lugar
ANDRÉ STURM
ESPECIAL PARA A FOLHA
Na última sexta, tivemos uma triste notícia, com o anúncio, pelo atual prefeito de Paulínia, José Pavan Júnior, da suspensão do festival de cinema neste ano.
Triste porque a decisão, na verdade, significa o fim de uma iniciativa brilhante. E significa uma repetição da falta de visão, do imediatismo e do populismo mais medíocre. É uma perda grande.
O primeiro benefício da iniciativa da gestão anterior foi colocar a região em toda a imprensa do Brasil. Uma cidade antes desconhecida, cuja arrecadação dependia fundamentalmente do petróleo, se tornou "celebridade".
Apesar de recente, a implementação do projeto estava adiantada. Os produtores de cinema já tinham Paulínia em seus planos. No ano passado, amigos comentaram a ideia de abrir filiais de empresas na cidade para desenvolver não apenas filmes mas o audiovisual como um todo.
A edição de 2011 do festival teve a melhor seleção de filmes inéditos brasileiros.
O resultado, que, em poucos anos, já se mostrava concreto, ganhava neste momento novos motivos para frutificar. A aprovação da lei que criou as cotas de produção na TV paga vai gerar uma grande demanda de conteúdo.
Continua Ilustrada

terça-feira, 17 de abril de 2012

Caçapava não se entrega! ... ou se entrega?

'Na fotografia, estamos felizes'

por Gisele Teixeira, Aquí me quedo

Abril é um dos meses mais lindos de se viver em Buenos Aires. A cidade tem uma luz de outono, ainda não está fazendo aquele frio danado e a gente pode desfrutar de um dos eventos mais interessantes do calendário cultural argentino: o Bafici.

É um festival de cinema independente que este ano apresenta 449 filmes de 52 países, com 300 diretores convidados. Quase todas as películas são de diretores que a gente nunca ouviu falar.

Não há garantias de satisfação, apenas o convite à pura aventura de encontrar algo que não pensávamos, bem no lugar onde não tínhamos ideia de que isso podia ocorrer.

Foi isso que me aconteceu. Fui ver um filme lá no bairro do Abasto e saí na cidade universitária de Camobi, em Santa Maria da Boca do Monte.

Tudo começou com o documentário Photographic Memory, de um americano chamado Ross McElwee.

A história é a seguinte: um pai, após perder um pouco do contato com o filho logo que ele entra na adolescência, resolve voltar, 35 anos depois, ao interior da França, onde esteve trabalhando como fotógrafo quando era jovem.

Ele viaja na tentativa de lembrar “como era quando tinha 20 anos e a vida inteira pela frente” e, assim, quem sabe, entender o filho e poder retomar algum vínculo com ele. Leva na bagagem fotos e anotações feitas na época. No caminho, encontra pessoas do passado e descobre que a memória que uma pessoa tem de um fato nem sempre coincide com a memória do outro.

O filme é simples e lindo. E me tocou especialmente porque semana passada aconteceu, no Rio Grande do Sul, a primeira reunião da minha turma de faculdade após 22 anos de formados. Infelizmente não pude comparecer, mas a magia do cinema trouxe colegas e professores até aqui.

Saí da sala me perguntando como seria pisar de novo no espaço que me apresentou o mundo?

Foi lá na Faculdade de Comunicação que descobri que existia uma coisa chamada política, li Raduan Nassar pela primeira vez, fiquei fascinada vendo as imagens surgirem no papel fotográfico, passei noitadas escutando Lobão, sofri ressacas de vinho barato, descobri o amor, comecei a escrever. Era toda uma promessa de futuro para uma menina de 16 anos vinda lá de Caçapava do Sul.

Não sei como seria pisar lá de novo. Não fui.

Mas uma das imagens que mais gosto daquela época é esta abaixo, onde todos nós parecemos estar fazendo um exame de amígdalas, com cortes de cabelo horríveis e combinações de roupas que deveriam ser proibidas. Super anos 80!

Estávamos celebrando o resultado de uma feira do livro que organizamos e na qual conseguimos levar à cidade, como homenageado, o grande Caio Fernando Abreu. Ótimo presságio!

Espero que ninguém fique chateado de ver essa foto pública. Foi a minha forma de homenagear os colegas, assim, à distancia. De dizer que tenho saudades, que senti muito não poder reencontrá-los e que nunca uma frase do Chico me caiu tão bem num título.

Está justo numa música chamada Anos Dourados.




Mutirão para salvar o Festival de Paulínia

 Festival pode ir para o Teatro Municipal
 Aline Arruda/Agência Foto
Uma frente formada por cineastas e produtores está elaborando um projeto alternativo para tentar viabilizar a realização do 5º Festival de Paulínia. O cancelamento do evento foi anunciado na sexta pelo prefeito José Pavan Junior, que declarou que a verba do festival será aplicada na área social.

A decisão gerou protestos e a mobilização da classe cinematográfica, além de uma carta da Associação Brasileira dos Críticos de Cinema e de um abaixo-assinado online. A frente pró-Paulínia 2012, que já conta com cerca de 200 membros, foi idealizada pelos produtores do festival e tem participação de entidades como a Associação dos Produtores de Cinema de Paulínia e de profissionais como Ivan Melo, ex-diretor e atual consultor do evento, além de apoio de cineastas de todo o País.

Na sexta, após reunião com os produtores locais, uma comissão decidiu elaborar uma carta de posicionamento em relação ao cancelamento do festival. O documento virá a público amanhã (quarta) e, entre outras considerações, propõe alternativas para que o festival ocorra este ano.

"O que queremos é abrir o diálogo com o prefeito e mostrar o quanto o festival é importante não só para a cidade mas para todo o Brasil. Vamos propor alternativas para, juntos, encontrarmos uma maneira de realizar o festival. Vamos manter a essência, a qualidade cinematográfica, mas talvez contando com a colaboração de todos para cortar gastos, recebendo talvez menos pessoas, alocando os convidados em hoteis mais em conta etc", explica Rafael Salazar, um dos porta-vozes da comissão.

"Não temos interesse político. Somos movidos pela paixão pelo cinema. Queremos valorizar o festival e o pólo. Há gente que, como eu, formou-se no pólo, começou do zero e hoje já tem dezenas de filmes no currículo. É uma oportunidade única. Hoje há mais de dez produtoras de cinema de Paulínia, além do Cineclube, que está sendo criado, e tantos outros profissionais", completou Salazar.


Continua O Estado de São Paulo

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Crítica italiana destrói 'To Rome with love'

Mala prensa para 'To Rome with love'

do El País


'To Rome with love' ha recibido duras críticas por parte de los medios italianos

El esperado estreno en la capital italiana de la última cinta del director neoyorkino Woody Allen, To Rome with love, ha traído consigo duras críticas por parte de los principales diarios del país, que han tildado la película como “una sucesión de tópicos de la Italia más pintoresca”.

En opinión del crítico Paolo Mereghetti, del Corriere della Sera, “hay demasiado y demasiado poco. Cuatro episodios y nada realmente sorprendente, solo algunos buenos chistes, pero no brilla la genialidad”.

Con un reparto encabezado por el propio Allen, Alec Baldwin, Penélope Cruz y Roberto Benigni, y rodada en su totalidad en Roma, el periodista Francesco Merlo, de La Repubblica, advirtió que tras ver To Rome with Love, entendería perfectamente que los espectadores “arruguen la nariz”.

El diario Il Messagero califica la película como “pequeña y mediocre”, e Il Fatto Quotidiano afirmó que la Roma del director es “la capital de los lugares comunes”. Las principales críticas se deben al abuso de imágenes estereotipadas de la ciudad: el Coliseo, las escaleras de plaza de España, la mozzarella, los típicos policías urbanos en medio del tráfico, los paparazis retratados en una mezcla de inglés e italiano, las mujeres exuberantes y una sucesión de elementos typical italian que recuerdan, según la prensa italiana, al turismo más básico y trillado de la ciudad eterna.

El director, preguntado por un periodista acerca de estas conclusiones devastadoras, aclaró que él simplemente se dedica a "plasmar" su impresión sobre las ciudades donde rueda sus películas, y admitió que realmente no tiene un conocimiento “profundo” sobre la vida política y cultural de Italia.

Continua
El País

Viagem rápida pelas "logos" tradicionais

















MGM no YouTube e no Google Play

por Mike Nelson, da AFP

Filmes clássicos do famoso estúdio norte-americano Metro Goldwyn Mayer (MGM) estão disponíveis a partir desta segunda-feira para ser alugados online no YouTube e no Google Play.

O MGM é o quinto estúdio de cinema a colocar seus filmes em sites de propriedade do Google, segundo informou em um blog o gerente de conteúdo do YouTube, Jonathan Zepp.

"Se há uma imagem de abertura que os cinéfilos de todo o mundo conhecem e remetem ao bom cinema é o leão da Metro Goldwyn Mayer", disse Zepp.

"Agora as pessoas podem descobrir, compartilhar e ver os filmes clássicos do MGM no YouTube e no Google Play".

Continua
Veja.com

domingo, 15 de abril de 2012

Suspensão do Festival de Paulínia repercute

Suspensão do Festival de Cinema de Paulínia em 2012 repercute no meio cinematográfico nacional

Presidente da Abraccine, Luiz Zanin Oricchio, lamentou a decisão e divulgou uma carta aberta

A suspensão do Festival de Cinema de Paulínia em 2012, anunciada nesta sexta-feira (13) pelo prefeito José Pavan Júnior, provocou reações e manifestações no meio cinematográfico brasileiro. A cineasta Laís Bodanzky publicou em seu twitter: '"Festival de Cinema de Paulínia é cancelado pela prefeitura" Fiquei chocada com a notícia. Qdo a cultura vai ser respeitada no Brasil?"

Já o presidente da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), Luiz Zanin Oricchio, divulgou uma carta aberta lamentando a decisão.

Confira a íntegra da carta aberta:

A Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) recebe com muito pesar o comunicado de que o Festival de Cinema de Paulínia não será realizado este ano.

A nota do prefeito José Pavan Jr. afirma que a alocação de recursos destinados ao festival em outras prioridades (saúde, educação, moradias populares) tornou a decisão inevitável.

Como cidadãos, entendemos a construção de moradias populares, e o investimento em educação, saúde e meio ambiente deveriam mesmo ser prioridades constantes de qualquer municipalidade, e não apenas em anos eleitorais.

Já como profissionais de cinema, lamentamos a descontinuidade de um projeto muito bem formatado e de grande repercussão nacional.

Em poucos anos, Paulínia criou um Polo Cinematográfico, uma Escola de Cinema e um festival que se tornaram exemplares. O festival, ora em compasso de espera, era justamente a vitrine de toda essa atividade. Reunia em Paulínia produtores, cineastas, atores e atrizes, jornalistas e críticos de todo o País. Formava público para os filmes brasileiros. Criava empregos na cidade e beneficiava a autoestima dos seus habitantes.

Muitos novos projetos surgiram desses encontros anuais entre profissionais de diversos estados da federação. Foi dessas reuniões, por exemplo, que nasceu a nossa própria instituição, a primeira associação nacional de críticos de cinema, o que faz com que tenhamos carinho especial com Paulínia.

Todo esse patrimônio simbólico corre o risco de se perder, ao sabor de conveniências políticas de momento. Esperemos que a fresta de esperança aberta no comunicado do prefeito resulte na realização do festival em 2013. Mas ressaltamos, desde já, que é perda irreparável o cancelamento da edição de 2012. Eventos importantes firmam sua tradição pela continuidade.

Luiz Zanin Oricchio (presidente da Abraccine)


Histórico

O Festival de Cinema de Paulínia já era considerado uma das principais premiações do cinema brasileiro e destacava-se entre as mostras competitivas importantes do país. Realizado desde 2008, chegaria este ano a sua 5ª edição e estava programado para o final junho. Com o desenvolvimento do Polo de Cinema, a cidade viveu uma efervescência cinematográfica. Com os primeiros filmes sendo produzidos na cidade, a prefeitura criou o então Festival como evento estratégico para exibir as produções rodadas na região, o que rapidamente projetou o festival e a cidade como palco de um dos mais promissores eventos de cinema do país.


Werner Herzog por Eduardo Escorel

Werner Herzog
Werner Herzog de novo – prolífico e vigoroso

Além de ser um dos cineastas contemporâneos mais prolíficos, tendo dirigido 57 filmes em cerca de 40 anos de carreira, os 5 mais recentes entre 2010 e 2012, Werner Herzog é dos raros realizadores em atividade que mantém a cada novo projeto o interesse e vigor característicos da sua obra desde Fata Morgana e Aguirre, A cólera dos deuses, realizados no início da década de 1970.

Fiel às suas convicções, Herzog é dos poucos remanescentes de uma geração, formada na década de 1960, para a qual fazer cinema foi uma razão de viver. Workaholic, além de dirigir filmes, encena óperas, mantém um curso de cinema itinerante, trabalha como ator, etc. Embora nem sempre mantenha o mesmo nível de excelência, preserva sua identidade autoral, situando-se em patamar cada vez mais rarefeito, ao qual a mediocridade do cinema que, de maneira geral, vem sendo produzido sequer vislumbra a possibilidade de alcançar
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sábado, 14 de abril de 2012

Politicagem derruba Festival de Paulínia

                                 
  São Paulo, sábado, 14 de abril de 2012 Ilustrada
Ilustrada

Prefeitura cancela quinto Festival de Cinema de Paulínia

José Pavan Júnior, do PSB, diz que os R$ 10 milhões do evento serão destinados a trabalhos sociais na cidade

Em mau momento, polo deixa de formar profissionais e engaveta projeto de estúdio de animação

ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
MATHEUS MAGENTA
DE SÃO PAULO

A Prefeitura de Paulínia (SP) cancelou a quinta edição de seu festival de cinema. O anúncio foi feito ontem pelo prefeito José Pavan Júnior.

Em 2008, o festival estreou numa cidade que, ainda sem cinema, construiu um colossal Theatro Municipal para abrigar o evento. De lá para cá, o município premiou nomes como Cláudio Assis e José Mojica Marins. A meta era virar uma Hollywood brasileira, com a "mesada" do rico polo petroquímico local.

Segundo Pavan, os R$ 10 milhões destinados ao evento servirão agora para "priorizar o trabalho social" na cidade (a 117 km de São Paulo).
Ele afirma que o festival não acabou, foi apenas "suspenso", e que o município continuará a investir em produções cinematográficas.

Desde 2010, Paulínia não abre um edital para fomentar novas produções. De lá já saíram longas como "O Palhaço", dirigido por Selton Mello.

"A Cadeira do Pai", com Wagner Moura, foi o mais recente da leva a ficar pronto. Seu diretor, Luciano Moura, não se surpreendeu com o cancelamento. "Tem muita história política. Um prefeito inventou, o outro assumiu..."

Ele se refere à passagem de bastão do ex-prefeito Edson Moura (PMDB) para Pavan (ex-DEM e atual PSB), que teria provocado uma ruptura.

Continua Folha.com para assinantes

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Estreia o novo Woody Allen

Roberto Benigni
Por Philip Pullella

ROMA, 13 Abr (Reuters) - Woody Allen diz que seu novo longa, "To Rome, With Love", é um tributo a todos os filmes italianos antigos que o influenciaram quando jovem, mas tem um desejo: que mais italianos possam ouvir a sua voz no original, em vez da versão dublada.

O filme, que tem no elenco o próprio Woody Allen, Alec Baldwin, Roberto Benigni, Penelope Cruz, Judy Davis, Jesse Eisenberg, Greta Gerwig e Ellen Page, teve sua première mundial na Cidade Eterna na sexta-feira.

O longa é formado por quatro histórias separadas e é o primeiro rodado em Roma, que, segundo Allen, é "uma festa para um diretor". Também é o seu mais recente trabalho realizado em uma capital europeia, depois de Londres, Barcelona e Paris.

"Cresci com o cinema italiano. Sempre fui um grande admirador do cinema italiano. Tudo que acontece no filme que está impregnado de cinema italiano é estritamente algo que absorvi por osmose ao longo dos anos e aflorou", disse ele em uma entrevista coletiva.

"Teria sido impossível nos anos em que cresci não ter sido influenciado pelos filmes italianos que chegavam a Nova York. Esses são os filmes que eu vi, que meus amigos viram, todos eram muito impressionantes", afirmou ele.


Continua Reuters

No dia do beijo, beijos cinematográficos

Susan Sarandon & Catherine Deneuve, 1983, "Fome de Viver"

The Widow Jones de 1896, nos primórdios do cinema, consta que foi filmado Thomas Edison. Durou 20 segundos, protagonizado pelos atores May Irwin e John Rice e causou um escândalo

Burt Lancaster & Deborah Kerr, 1953, “A Um Passo da Eternidade”
Audrey Hepburn & George Peppard, 1961,"Bonequinha de Luxo"

Clark Gable & Vivien Leigh, 1939,"E O Vento Levou"

Tarcísio Meira & Ney Latorraca, 1980, "Beijo no Asfalto"

Olivia Hussey & Leonard Whiting, 1968, " Romeu e Julieta "

Greta Garbo & John Gilbert, 1926, "A Carne e o Diabo"
 


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Titanic re$$urge

São Paulo, quinta-feira, 12 de abril de 2012Ilustrada

Centenário do naufrágio inunda mercado com filmes e muitos livros

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES
MARCO RODRIGO ALMEIDA
DE SÃO PAULO

O Titanic foi uma das maiores tragédias do século 20, mas, como mito histórico e produto cultural, está muito longe de ser um naufrágio.

Em 15 de abril de 1912, o mais luxuoso transatlântico já construído até então afundou no Atlântico Norte após colidir com um iceberg. Das mais de 2.200 pessoas que viajavam de Southampton (Inglaterra) a Nova York (EUA), estima-se que 1.500 tenham morrido no desastre.

Cem anos depois, a história do navio é relembrada por filmes, documentários, especiais de TV, livros e mostras.

O mais famoso desses produtos, o filme "Titanic", voltará aos cinemas brasileiros amanhã em versão 3D.

Lançado em 1997, o longa é a segunda maior bilheteria do cinema (US$ 1,9 bilhão, cerca de R$ 3,4 bilhões), ganhou 11 Oscars e fez de Leonardo DiCaprio um astro.

James Cameron, o diretor do filme e responsável por "Avatar", a maior bilheteria de todos os tempos, defende o processo de conversão de "Titanic" e o investimento feito no relançamento.

"Gastamos US$ 18 milhões nesse processo de conversão. Você não faria uma pré-estreia para isso? Farei tudo o que puder ser feito para divulgar o filme. É um negócio", disse ele em entrevista da qual a Folha participou.

Continua Folha.com para assinantes

quarta-feira, 11 de abril de 2012

BAFICI: maratona começa hoje

BAFICI: la gloria del cinéfilo

Con fuerte presencia local, comienza hoy una nueva edición del festival porteño de cine independiente

Por Alejandro Lingenti | Para LA NACION

El Bafici siempre supone una panzada para los cinéfilos. Y como parte de ese banquete que amplía su oferta cada año (ya vamos por la edición número 14), la cocina del cine argentino tiene sabores para todos los gustos.

Este año habrá tres películas argentinas en la competencia internacional: Los salvajes, de Alejandro Fadel; La araña vampiro, de Gabriel Medina, y Germania, de Maximiliano Schonfeld.

Tal como ocurrió con El estudiante , el film de Santiago Mitre que fue la estrella del año pasado, la película de Fadel -justamente uno de los directores de El amor (primera parte), junto con Mitre, Martín Mauregui y Juan Schnitman-, llega acompañada de muy buenos augurios. El film está protagonizado por un grupo de chicos que escapan de un instituto de menores y deben sobrevivir en un denso entorno natural que el director mendocino filmó con notable lirismo.

También hay buena expectativa con la película de Medina, quien tuvo un muy buen debut con la agridulce Los paranoicos y ahora presenta una historia centrada en la relación entre un padre y un hijo que sufre ataques de pánico y decide viajar con él a buscar tranquilidad en un lugar que no termina siendo el más indicado. Los programadores del festival han mencionado a El aura , del fallecido Fabián Bielinsky, como una referencia notoria para este nuevo largo de Medina.

Germania , por su parte, está ambientada en Entre Ríos, lugar elegido por buena parte de los inmigrantes alemanes que llegaron a la Argentina desde inicios del siglo pasado, y tiene como eje el fin de la adolescencia de dos chicos, encarnados en la película por dos jóvenes sin experiencia previa en el terreno de la actuación.

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La Nacion

Abaixo o trailer de "O Último Elvis", que abre o Festival.


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Carlos Prates com retrospectiva no BAFICI

Zezinho da Viola e Prates
O cineasta Carlos Prates, nascido em Montes Claros, 1941, terá seu trabalho destacado, e homenageado, no Bafici, o grande festival de cinema que começa neste dia 11, em Buenos Aires.

O cinema brasileiro tem sido bem reconhecido do outro lado do Rio da Prata. Em 2010 a retrospectiva destacou o trabalho de Eduardo Scanzerla.

Veja o que dizem os organizadores sobre
Prates.

" El cine brasileño también estará presente en esta edición del BAFICI a través de una selección de trabajos de Carlos Prates, director nacido en Minas Gerais que marcó un estilo en una época especial de la historia de su país, en los años setenta y ochenta.

El realizador suele ubicarse en un lugar poco convencional, diferente a cualquier corriente estética, con personajes muy llamativos. Prates ya tuvo su lugar en la programación de BAFICI en otras ediciones, pero en este 2012 tiene un merecido espacio de privilegio. Una manera de acercar su obra al siempre fiel público del Festival.

En su Foco, se verán las siguientes películas: Crioulo doido (1970), Perdida (1977), Bem atrás da câmera (1978), Cabaret mineiro (1979), Noites do sertão (1983) y Minas-Texas (1989) ".




CineLUX: BAFICI - Festival de Cinema Independente de Buenos Aires

sábado, 7 de abril de 2012

Buenos Aires e cinema: combo perfeito!

por Gisele Teixeira,

Aquí me quedo

Dia 11 começa o Bafici, o Festival do Cinema Independente de Buenos Aires. São mais de 400 filmes, a maioria de diretores que nós, comuns mortais, nunca ouvimos falar. Desesperador.

A hora de comprar os ingresso é agora! Melhor conseguir a programação impressa, ler as resenhas, ler as críticas que estão saindo nos jornais e só depois ir ao Abasto comprar as entradas (ou adquiri-las por internet). Deixar para decidir lá não dá certo. É muita informação.

Este ano estarei apenas dois dias do festival em Buenos Aires, de forma que a minha seleção foi mais fácil. Deixo com vocês o trailer de algumas películas que vou ver e de outras de gostaria mas não posso. Fica a sugestão. Se der, acompanhem o site da Natália Barrenha, que sempre tem dicas bacanas sobre cinema. A moça é fera!

O que eu vou ver (sinospses em espanhol, retiradas da programação do Bafici):


Photographic Memory - Hace rato que Adrian, el hijo de Ross McElwee, dejó de ser la adorable criaturita que compartía paseos, juegos y charlas con su padre. Ahora pasa casi todo el tiempo encerrado en su cuarto, conectado al mundo exterior a través de varios dispositivos electrónicos a la vez, abandonando proyectos por la mitad, o a lo sumo practicando (y filmando: los genes pueden ser implacables) esquí. McElwee padre está preocupado por McElwee hijo, pero en vez de intentar encarrilarlo de forma convencional, elige un camino tan rebuscado como cinematográficamente atrapante: emprender un viaje a la Bretaña francesa donde, más o menos a la edad que ahora tiene Adrian, pasó una temporada trabajando como asistente de un fotógrafo de bodas. Lleva con él grabaciones, cuadernos de notas, fotos y, sobre todo, recuerdos. Y, a medida que suma búsquedas infructuosas y pequeños desengaños, Photographic Memory irá revelando la naturaleza dulcemente irónica de su título e hilvanando una reflexión sutil, casi proustiana, sobre el tiempo, la memoria (y los materiales en que intentamos fijarla), los padres y los hijos, el cine y la fotografía.



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quarta-feira, 4 de abril de 2012

David Lynch, polêmico também como músico

O sempre polêmico, e premiado, David Lynch, tem várias indicações ao Oscar, na categoria de Melhor Diretor ou Melhor Roteiro Adaptado, por "O Homem-Elefante" (1980), "Veludo Azul" (1986) e "Mulholland Drive" (2001), na categoria de Melhor Roteiro Adaptado, por "O Homem-Elefante" (1980).

Ou ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor Diretor, também por "O Homem-Elefante" (1980) e "Mulholland Drive" (2001).Sem falar em Cannes e vários outros.

David, norte-americado nascido em 1946, já fez de tudo, como diretor, roteirista, produtor, artista gráfico e também, se vê nos últimos tempos, como músico. E, como não poderia deixar de ser, volta a provocar com a direção de um clip cinematrográfico para uma música também de sua autoria.

Meticuloso, surrealista, violento, perturbardor, místico, eventualmente " degenerado "  -  como já chegou a ser classificado -, ou seja, todas as características do cineasta estão no seu clip musical Crazy Clown Time, divulgado ontem pelo site Noisey.

A versão abaixo está com as tradicionais tarjas pretas nos seios das atrizes.

Veja mais sobre o álbum em David Lynch Music Company

Filmes da Paramount no YouTube

"Hugo Cabret" - foto divulgação
da Reuters, em San Francisco

Até mesmo empresas que estão se enfrentando na Justiça podem se tornar parceiras no mercado nascente de locação on-line de filmes. O YouTube anunciou nesta quarta-feira (4) uma parceria para locação de filmes com a Paramount Pictures, apesar da antiga disputa judicial entre o site e a Viacom, controladora do estúdio.

O YouTube anunciou que oferecerá para locação quase 500 títulos da Paramount, entre os quais "Hugo Cabret" e "O Poderoso Chefão", para complementar seu catálogo de longas-metragens. Marlon Brando como Don Corleone em "O Poderoso Chefão", um dos filmes que estarão disponíveis no YouTube.

Os termos do acordo não foram revelados, e não estava claro, de imediato, por que as duas empresas, que se enfrentam na Justiça há anos, haviam decidido deixar as diferenças de lado no acordo de licenciamento.

A Viacom está envolvida em um histórico processo que cobra US$ 1 bilhão de indenização do YouTube e da empresa que o controla, o Google, por violação de direitos autorais em larga escala.

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UOL

Dois minutos do novo Woody Allen

por Gregorio Belinchón
do El País


En dos semanas, los italianos serán los primeros en ver To Rome with love, la nueva comedia de Woody Allen. Y, a tenor de lo visto en el primer tráiler, será otra de cruces de historias entre estadounidenses, romanos y cualquier otro tipo de habitantes de la capital italiana. 


En las primeras imágenes se puede ver a todo el reparto en su apogeo: Penélope Cruz, que encarna a una prostituta, diciendo: “Estoy aquí para cumplir tus sueños” en un perfecto italiano (que ya lució en No te muevas), Woody Allen soltando chistes, Alec Baldwin indignado, los jóvenes Ellen Page y Jesse Eisenberg, Judy Davis… y, por supuesto, un exaltado Roberto Benigni.


En esta gira europea en que se ha convertido la carrera de Woody Allen (París, Londres, Barcelona, y ahora Roma: de sus últimas ocho películas siete se desarrollan en Europa), le llega el turno al Coliseo, a los guardias urbanos de las mejores comedias italianas, a los romances y a los encuentros furtivos, a los paparazis.


Continua El País

terça-feira, 3 de abril de 2012

Mazzaropi faz 100 anos

A Cinemateca Brasileira festeja neste mês o centenário de nascimento de Amácio Mazzaropi (09 de abril de 1912 – 13 de junho de 1981). Intérprete de uma das personagens mais famosas do cinema brasileiro, o Jeca, Mazzaropi lançou-se nas telas no início dos anos 1950, na comédia Sai da frente, produzida pelos estúdios da Vera Cruz em São Paulo, e dirigida pelo cineasta e dramaturgo Abílio Pereira de Almeida.


Sempre encarnando tipos populares – do motorista de caminhão ao malandro Pedro Malazartes, passando por engraxate, cangaceiro, torcedor fanático ou pai de família conservador – foi como o caipira do interior paulista que Mazzaropi eternizou-se no imaginário brasileiro.

Objeto de curiosidade para críticos como Paulo Emilio Salles Gomes, e motivo de saudação para outros, como Jairo Ferreira, que chegou a comparar a importância de sua personagem a de Zé do Caixão e Antônio das Mortes, criações de José Mojica Marins e Glauber Rocha, Mazzaropi arrebatou o público em comédias que dialogavam com os espetáculos populares que desde a infância o encantavam, como o circo-teatro e a música caipira, e em filmes que tratavam de problemas concretos para suas plateias – o conflito entre o caipira e a cidade, questões agrárias e raciais, modernização e atraso, cangaço, mudanças de comportamento, etc.

Em alguns momentos, também recorreu aos expedientes da paródia, satirizando gêneros narrativos como o policial e o western, numa estratégia semelhante a das chanchadas da Atlântida. Depois de obter sucesso protagonizando filmes pela Vera Cruz, pela Cinedistri, entre outras empresas, montou sua própria produtora em 1958, a PAM Filmes (Produções Amácio Mazzaropi), e instalou na cidade de Taubaté, antigo reduto de sua família, um estúdio de proporções industriais – ao menos para o contexto brasileiro da época. Além disso, também assumiu a distribuição de suas fitas e organizou uma estratégia eficiente de fiscalização das bilheterias.

A homenagem organizada pela Cinemateca reúne algumas das principais obras estreladas por Mazzaropi, como o “road movie” cômico Sai da frente (1952), Nadando em dinheiro (1952) e Candinho (1953) – produções da Vera Cruz. Além delas, os filmes O gato de madame (1956), Chofer de praça (1958), Jeca Tatu (1959), As aventuras de Pedro Malazartes (1960), e Um caipira em Bariloche (1973), títulos em sua maioria realizados pela PAM Filmes.

Continua Cinemateca Brasileira

"Pina", por Arnaldo Jabor

Foto: Thomas Lohnes - AFP
Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo

Fui ver o filme de Wim Wenders sobre a vida e obra de Pina Bausch e saí do cinema deslumbrado. Estava mesmo precisando de um pouco de beleza, sufocado pela feiura da calamidade urbana de São Paulo e envenenado pela vida política do País, que balança entre vícios ideológicos paralisantes e a corrupção institucional. Com a crise entre governo e aliados, a política virou uma gincana de obstáculos que impedem o Executivo de governar. Além disso, vivemos longe da beleza, intoxicados pelo furacão de irrelevâncias 'pop' que matam a contemplação muda da arte. E Pina é grande arte.

Fui ao cinema em busca de um spa mental. Depois de uns trailers repulsivos de violência para crianças, começou o filme do Wim. Eu andava meio de saco cheio do alemão, desde Asas do Desejo com aquele papo de que os anjos só eram vistos pelas criancinhas. Mas, esse filme é o máximo. Há muito tempo não via algo tão emocionante. Wim parece ter seguido as lições da própria Pina na delicadeza de um teatro dançado. Sua linguagem sem palavras diz mais que conceitos claros.

Jean-Luc Godard disse uma vez que o balé clássico aspira à imobilidade, a uma pose final que atinja um momento 'sublime'. Pina nunca buscou o tal 'sublime', mas só se interessava pela vida concreta (sem realismo, claro), com seus vícios, inibições, medos que impedem encontros definitivos e harmônicos. Seu tema é o desejo humano que resiste, mesmo debaixo do 'mal-estar de nossa civilização'.

Estive com Pina Bausch por alguns minutos, em sua última apresentação em São Paulo. Fiquei tímido e 'tiete' e mal conseguia dizer-lhe algumas frases decentes. Só me ocorriam banalidades sobre seu trabalho, coisas como 'awesome' ou 'cool', equivalentes a 'bem legal' ou 'irado', enquanto ela me olhava, fumando, pálida, pouco antes de sua morte.

Continua O Estado de São Paulo


segunda-feira, 2 de abril de 2012

"Cada um Tem a Gêmea que Merece" é unanimidade

Adam Sandler não deixou para ninguém. O longa Cada um Tem a Gêmea que Merece, que conta com o ator dando vida a dois personagens diferentes, recebeu todos os prêmios possíveis no Framboesa de Ouro, o troféu entregue aos piores do ano. 

A lista foi divulgada no último domingo, 1º de abril. A produção do filme bem que gostaria, mas não foi uma brincadeira do Dia da Mentira.

A 32ª edição da cerimônia foi realizada em Santa Monica, na Califórnia, e, pela primeira vez, deu a um único filme todos os "antiprêmios" possíveis. O longa recordista foi lançado no Brasil em fevereiro deste ano e já foi visto por mais de 2 milhões de espectadores.

Na história, Adam Sandler vive Jack, um publicitário bem-sucedido que recebe a visita de sua inconveniente irmã-gêmea, Jill - também vivida pelo ator - no feriado de Ação de Graças. Neste formato, o comediante concorreu aos prêmios de Pior Ator e Pior Atriz. Ambos foram faturados.

Continua Estadão.com


A lista completa do Framboesa de Ouro:

- Pior filme: Cada um Tem a Gêmea que Merece
- Pior ator: Adam Sandler - Cada um Tem a Gêmea que Merece, Esposa de Mentirinha
- Pior atriz: Adam Sandler (como Jill) - Cada um Tem a Gêmea que Merece
- Pior ator coadjuvante: Al Pacino - Cada um Tem a Gêmea que Merece
- Pior atriz coadjuvante: David Spade (como Mônica) - Cada um Tem a Gêmea que Merece
- Pior elenco: Cada um Tem a Gêmea que Merece
- Pior diretor: Dennis Dugan - Cada um Tem a Gêmea que Merece e Esposa de Mentirinha
- Pior prequel, remake, sequência ou enganação pura: Cada um Tem a Gêmea que Merece
- Pior casal: Adam Sandler & Katie Holmes, Al Pacino ou ele mesmo - Cada um Tem a Gêmea que Merece
- Pior roteiro: Cada um Tem a Gêmea que Merece