Luiz Carlos Merten - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Foi um dos mais belos filmes exibidos em Cannes este ano, mas o júri presidido por Robert De Niro preferiu ignorar Ichimei. O longa de Takashi Miike, de qualquer maneira, fez história no maior festival do mundo.
Com o título em inglês de Hara-kiri, Death of a Samurai, foi o primeiro filme em 3D a integrar a competição. Curiosamente, baseia-se na história de Yasuhiko Takiguchi que já havia inspirado o homônimo Hara-Kiri de 1963 e o admirável longa de Masaki Koyashi, em maravilhoso preto e branco, recebeu o grande prêmio do juri naquele ano.
No século 17, conhecido como período Edo no Japão, houve a derrocada do sistema de samurais. Um jovem samurai desempregado pede licença para cometer o suicídio ritual no pátio de um palácio. Na verdade, ele espera despertar a compaixão do senhor feudal, mas é forçado pelo chefe da guarda a se matar.
Como vendeu a espada, tem de abrir o ventre penosamente, usando uma espada de bambu. Tempos depois, aparece no mesmo jardim outro homem pedindo para fazer haraquiri. Veio para se vingar. E começa a história, em flash-backs.
Continua O Estado de São Paulo
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