Daniel Feix - Zero Hora
Estamos em 2011, mas ao menos durante duas horas e meia Gramado voltou aos anos 1970 e 1980. Palco nobre da luta de cineastas e outros artistas contra a censura da ditadura militar - por aqui já houve exibição clandestina de filmes proibidos e as mais diversas manifestações de repúdio à repressão —, o evento sediou no sábado uma concorrida mesa-redonda intitulada A Censura Voltou? O Veto ao Longa A Serbian Film em Questão.
Foi, na verdade, uma espécie de roda viva na qual jornalistas, cinéfilos e curiosos em geral tentavam ao mesmo tempo entender e cobrar o diretor-adjunto do Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação do Ministério da Justiça, Davi Pires. Convidado dos organizadores do debate (a ACCIRS e a Abraccine, respectivamente as associações gaúcha e brasileira dos críticos de cinema), ele questionou o uso da expressão "censura", dizendo que a legislação não permite mais este tipo de ato de parte do Estado. Também explicou os procedimentos de liberação de uma obra de arte, de qualquer linguagem, para circulação no país.
— Somos 36 pessoas analisando 10 mil trabalhos por ano — explicou. — Cada análise é calcada em três pontos básicos: cenas de sexo, violência e consumo de drogas. É algo objetivo, não envolve considerações pessoais, mas aquilo que é mostrado objetivamente. Classificar com base em um julgamento de valor, sim, teria a ver com um tempo que já ficou para trás.
Foi, na verdade, uma espécie de roda viva na qual jornalistas, cinéfilos e curiosos em geral tentavam ao mesmo tempo entender e cobrar o diretor-adjunto do Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação do Ministério da Justiça, Davi Pires. Convidado dos organizadores do debate (a ACCIRS e a Abraccine, respectivamente as associações gaúcha e brasileira dos críticos de cinema), ele questionou o uso da expressão "censura", dizendo que a legislação não permite mais este tipo de ato de parte do Estado. Também explicou os procedimentos de liberação de uma obra de arte, de qualquer linguagem, para circulação no país.
— Somos 36 pessoas analisando 10 mil trabalhos por ano — explicou. — Cada análise é calcada em três pontos básicos: cenas de sexo, violência e consumo de drogas. É algo objetivo, não envolve considerações pessoais, mas aquilo que é mostrado objetivamente. Classificar com base em um julgamento de valor, sim, teria a ver com um tempo que já ficou para trás.
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