Para quem gosta de classificar filmes de forma rígida, o mexicano Cinco Dias sem Nora, de Mariana Chenillo, pode significar um desafio. É um drama ou uma comédia? Ou ambos, finamente misturados, como uma dessas iguarias que Nora preparou para o Pessach e deixou no freezer, antes de morrer?
Sim, porque a personagem do título é uma senhora judia que, após tentar 16 vezes o suicídio, por fim deu-se bem. Ou mal, dependendo do ponto de vista. Morreu, após tomar três vidros de remédios. E quem se ocupa do funeral é seu ex-marido, José (Fernando Luján), separado da defunta há 20 anos, mas habitante do apartamento em frente ao seu.
Para sua surpresa, José descobre que Nora planejou com cuidado sua morte. Como o filho mora nos Estados Unidos e, por motivos religiosos os enterros não podem ser realizados no dia seguinte, a família vê-se obrigada a conviver com o corpo por cinco dias antes do funeral. Além disso, como suicida, Nora não pode ser enterrada em lugar comum no cemitério, segundo a tradição judaica, o que a família não aceita.
Continua Estadão.com
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