Rodrigo Fonseca
RIO - Segue em suspense hitchcockiano o longa-metragem que vai inaugurar o Festival do Rio 2011 no dia 6 de outubro, no Odeon, embora circule pelos corredores do Grupo Estação, organizador do evento, a hipótese de que essa tarefa ficará a cargo da mais recente produção do espanhol Pedro Almodóvar: "A pele que habito" ("La piel que habito"). Mas, frente a outros 349 filmes com exibição engatilhada até o encerramento, no dia 18, o leque de opções é farto.
Se Almodóvar virá ou não, também é um mistério. Mas já está acertada a chegada de uma de suas musas: a atriz Marisa Paredes, que vive a governanta do cirurgião plástico encarnado por Antonio Banderas no longa, lançado em Cannes na briga pela Palma de Ouro. Da Croisette foram importados outros pesos-pesados: "Inquietos" ("Restless"), o ensaio poético de Gus Van Sant sobre a morte; "This must be the place", no qual Sean Penn vive um roqueiro judeu com contas a acertar com o nazista que torturou seu pai; e "Drive", thriller de ação com Ryan Gosling que provocou polêmica ao render o prêmio de direção ao dinamarquês Nicolas Winding Refn.
Vencedor do prêmio de melhor direção em Sundance, o drama britânico "Tyrannosaur", do ator inglês Paddy Considine, que ainda rendeu láureas a seu casal de protagonistas (Peter Mullan e Olivia Colman), já teve seu passaporte carioca carimbado. O visto cinematográfico do Festival do Rio também foi concedido ao ganhador do Urso de Ouro em Berlim: o iraniano "A separação" ("Jodaeiye Nader az Simin"), de Asghar Farhadi. Também é certa a projeção de "Faust", com Hanna Schygulla, que garantiu o Leão de Ouro ao russo Aleksandr Sokurov, no recém-encerrado Festival de Veneza.
Continua O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário