sábado, 14 de maio de 2011

"Os Senhores da Guerra", cinema de gente grande

Rio Vacacaí ao fundo
A estrutura de produção para as filmagens de “Os Senhores da Guerra”, a todo o vapor no interior do Rio Grande do Sul, é coisa de cinema de gente grande. Quem relata, diretamente do set, é a amiga e cineasta de curtas-metragens Patrícia Saldanha.
No fim de semana passado, às margens do Vacacaí, perto de Caçapava do Sul, São Sepé e Santa Maria, grandes emoções e muito trabalho para recriar a Batalha do Passos das Carretas e as “cargas de cavalaria” entre Chimangos e Maragatos.
Nada menos do que duas centenas de figurantes, atores e técnicos, sem contar praticamente o mesmo número de montarias, executaram, com notável profissionalismo, as filmagens de acordo com o planejado, sob o olhar atento e exigente do diretor Tabajara Ruas.
Os primeiros movimentos matinais
A reprodução da batalha, ocorrida em 1924, envolvendo grandes estrategistas na luta de guerrilha, como os históricos generais gaúchos Zeca Neto, Honório Lemos e Júlio Bozano, foi baseada no livro "Os Senhores da Guerra", de José Antônio Severo.
Ruas e Severo dividiram a roteirização. O épico está sendo viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura com captação prevista de R$ 9 milhões, e é um dos maiores filmes sendo rodados no país atualmente. O roteiro levou quatro anos para ser finalizado e o planejamento de produção cerca de seis meses.
Ruas formou uma equipe entre os melhores profissionais de cinema do Rio Grande do Sul. O diretor de fotografia é Ivo Czamanski, profissional com 59 anos de experiência em cinema gaúcho. Os cavalos usados nas batalhas foram treinados por Fernando Zanonai, um dos maiores ginetes dos pampas.
Severo e Ruas, os paisanos
A logística que envolve o deslocamento e o trabalho diário dessas centenas de pessoas é grandiosa. A produção precisa também,  abrigar centenas de cavalos, garantir almoço, lanche, água em acampamentos improvisados no meio do campo. Sem esquecer dos banheiros químicos, da coordenação de dezenas de caminhões e ônibus para transporte, do guarda roupa, das armas usadas e dos equipamentos altamente sofisticados de filmagens.
Atores premiados participam com entusiasmo, entre eles Cirmar Antunes, ganhador do Quiquito de Ouro pelo filme "Neto Perde Sua Alma", ou o “global” Marcos Breda que faz o papel de um major, auxiliar do personagem principal, Júlio Bozano. "É gratificante fazer parte deste grande projeto do Ruas", comemora Breda, que elogia também, o profissionalismo do trabalho.
Equipamentos de última geração 
As filmagens e a captação de som estão sendo feitas por câmeras digitais de última geração. A equipe de som, maquiadores, de efeitos especiais, iluminação, arte, fotografia e produção é toda gaúcha. A maioria formada pela escola de cinema da Unisinos, com mestrado inclusive no exterior. As externas vão durar cerca de 40 dias, dependendo das condições do tempo.
O making off do filme é do jornalista Gerson Schirmer, com publicação diária na internet para quem quiser acompanhar o dia a dia dos trabalhos - no teaser abaixo, uma das "estrelas" demonstra fadiga, ou no site do filme onde estão centenas de fotos, como as ilustrativas desta matéria.

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