Na entrevista promocional de "Água para Elefantes" que deu na Espanha esta semana, Robert Pattinson disse que "foi um alívio enorme interpretar um humano normal".
Se não for uma metáfora, refere-se ao que julga ser uma evolução entre seu personagem anterior em "Crepúsculo", o estudante-vampiro Edward, para o de Jacob, um jovem que passa a acompanhar um circo depois de uma tragédia familiar em "Água para Elefantes".
Há dois ou três anos, obriguei-me a ver "Crepúsculo", o filme tinha virado febre entre as amigas pré-adolescentes de minha filha e queria saber o era. Foi duro, mas faz parte.
Nele, suas carinhas, boquinhas e olhares, acompanhados de efeitos especiais, são satisfatórias, cumprem a função de motivar suspiros, vender souvenirs e enriquecer Stephenie Meyer, autora que ganhou diversos prêmios nos EUA depois que entrou na lista de best sellers para "jovens adultos" do New York Times.
Em "Água...", contracenando com Christoph Waltz e Reese Whiterspoon, ou melhor imprensado entre esses dois premiados atores, a dramaturgia de Pattinson sai-se apenas um pouco melhor do que a da aliá Rosie.
Verdade que a culpa não deve ser dele, e sim de quem o escolheu, eventualmente o diretor Francis Lawrence. No conjunto, destacável apenas a atuação de Christoph Waltz.
Whiterspoon fica no correto. Talvez em função da fragilidade da personagem que interpreta, uma sufocada, reprimida e submissa mulher, em meio a um triangulo amoroso.
Um caso de amor que praticamente só adquire a verdadeira dimensão nos minutos finais do filme, nas imagens representativas das memórias de um emocionado Jacob já velho, interpretado por Hal Holbrook.
A evolução de Pattinson na espécie ator ainda requer novas etapas. Talvez seja por isso que no circo dos Irmãos Benzini não havia os tradicionais macaquinhos. “Água para Elefantes”, que aliás é uma só, joga fora um bom roteiro.
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