domingo, 8 de maio de 2011

José Lewgoy: Um ator e suas máscaras


Documentário desvenda diversas facetas da carreira de José Lewgoy, de Strindberg à chanchada

José Geraldo Couto - O Estado de S.Paulo

Todo grande ator é único, mas José Lewgoy (1920-2003) foi talvez o "mais único" de todos. Nenhum outro trafegou com tanta desenvoltura - e estilo inconfundível - de Strindberg à chanchada, de Terra em Transe à novela das 7, de Werner Herzog a Eu Dou o Que Ela Gosta.

Um vívido retrato desse artista múltiplo é o documentário Eu, Eu, Eu, de Claudio Kahns, que deve chegar às telas em junho. Amigo de Lewgoy desde as filmagens de O Judeu (de Jom Tob Azulay), no final dos anos 80, Kahns não chegou a filmar depoimentos do ator para o documentário. "Ele sempre rechaçava", explicou ao Estado. Dizia: "Isso é para quem está com o pé na cova, você está querendo me matar".

Mas não faltam no filme entrevistas de Lewgoy, um homem que sempre gostou de falar de si mesmo. O próprio título Eu, Eu, Eu vem daí. É Paulo César Pereio que conta no documentário a saborosa história. Lewgoy estava falando ao telefone com Carlos Reichenbach, que se recuperava de um enfarte. Lá pelas tantas o cineasta pergunta ao ator: "Escuta, você não quer saber como eu estou? É só "eu, eu, eu"?".

Continue lendo. Abaixo, cenas do ator em "Terra em Transe".


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