O premiado MEOW está nos destaques do Porta Curtas desta semana. É uma ótima oportunidade para recordar, e a juventude conhecer, esse premiado curta do século passado.
A animação de Marcos Magalhães ficou famosa e correu mundo. Prêmios no Festival de Brasília de 1981, Melhor Filme no Júri Popular e Melhor Roteiro. Em 82 ficou em 3º em Animação no Festival de Havana, além do prêmio especial do Júri, em Cannes.
O sucesso do curta está intimamente ligado ao momento político e cultural daqueles anos. No lado político, os centros acadêmicos e os movimentos sociais já forçavam o fim da moribunda ditadura militar no Brasil, que ainda ouvia os guinchos do general João Figueiredo e as sirenes da repressão, como mostra o curta.
O lado forte do MEOW, e que mais acalorados debates provocou, está na "denúncia", em voga na época, da ameaça de colonialismo cultural norte-americano de braços dados com aquele plim-plim inconfundível.
Era um tempo onde, discutia-se, a invasão cultural ianque seria tamanha que não íamos mais beber leite, chimarrão, guaraná e água de coco. Pelo que se sabe hoje, a única coisa que foi substituída desde então foi a Pepsi pela Coca.
Como diz a apresentação do curta, "os clássicos não envelhecem". Confira.
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