segunda-feira, 18 de abril de 2011

Minhas Mães e Meu Pai

A película não faz concessões e aborda, logo de cara, dois assuntos pouco enfrentados, particularmente em sociedades no estágio evolutivo da brasileira, e similares: casais homossexuais com filhos gerados por inseminação artificial.

Em "Minhas Mães e Meu Pai" Anette Benning, como Nic, e Julianne Moore, como Jules, estão absolutamente integradas aos papéis de um casal que a relação entre as duas é absorvida naturalmente. Ajudam nessa naturalidade os descomplicados filhos Joni, interpretada por Mia Wasikowska, e Laser, por Josh Hutcherson.

A evolução da abordagem está em que o filme mostra que a vida dos quatro teria os mesmos problemas, transtornos, dificuldades e soluções se o casal fosse hetero, ou "normal", como se diria antigamente.

Até que Laser, aos 15 anos, convence a irmã, de 18, a encontrar o doador comum às duas mães, Paul, interpretado por Mark Ruffalo. Prestes a fazer 50 anos, Paul ainda é um "garotão", simpático, de vida alternativa, e que cai nas graças dos adolescentes.

Ai começam os problemas, desencontros, brigas e crises. Alimentados pela inconsequência de Paul, cujo papel, em alguns momentos, chega perto da debilóidice, parte pela carência de Jules, parte pelo controle que Nic quer exercer como chefe de família.  

Vale a pena conferir, nas poucas salas que ainda estão rodando, em dvd ou blu ray. Nic deu a Anette Benning a indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante deste ano.


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