Cartaz original do 1º filme |
As novas gerações podem não acreditar, mas houve um tempo em que era muito difícil conseguir um beijo das moças bonitas e mais difícil ainda acariciar certos vales e montes da anatomia feminina, mesmo que fosse namorada. Não adiantava nem exibir passaporte diplomático: daquele ponto, ninguém passava. Para avançar além do óbvio, era preciso ter um plano e trabalhar com a emoção.
Também ninguém deve lembrar que em 1976 estreou por aqui o filme "Tubarão" (Jaws), do Steven Spielberg, lançado no ano anterior. O filme era tenso e tinha uma cena que fazia a gente pular da poltrona, pois o personagem principal examinava uma embarcação atacada pelo gigantesco tubarão e a cabeça decepada de uma vítima do bicho rolava em sua direção.
Também ninguém deve lembrar que em 1976 estreou por aqui o filme "Tubarão" (Jaws), do Steven Spielberg, lançado no ano anterior. O filme era tenso e tinha uma cena que fazia a gente pular da poltrona, pois o personagem principal examinava uma embarcação atacada pelo gigantesco tubarão e a cabeça decepada de uma vítima do bicho rolava em sua direção.
Estava sozinho assistindo o filme no Studio Center, ótimo cinema de Santo André (SP), que tinha ao fundo um aquário confortável chamado Fumoir, com várias fileiras de poltronas isoladas do restante do cinema por vidro, no qual podia-se fumar durante a sessão.
A cena da cabeça inspirou-me uma operação libidinosa. Minha primeira namorada era de família conservadora e, embora gostasse muito de beijar, não admitia certas intimidades, como carícias mais ao sul. Pensei em trazê-la ao cinema e fazê-la sentar-se à minha direita. Quando ela se assustasse com esta cena, eu a acolheria junto a mim, passando meu braço direito sobre seus ombos e colocando minha mão direita ( a mão esperta, mas que queria fazer papel de boba ) em posição de escorregar e acalmar aquele peito arfante.
A cena da cabeça inspirou-me uma operação libidinosa. Minha primeira namorada era de família conservadora e, embora gostasse muito de beijar, não admitia certas intimidades, como carícias mais ao sul. Pensei em trazê-la ao cinema e fazê-la sentar-se à minha direita. Quando ela se assustasse com esta cena, eu a acolheria junto a mim, passando meu braço direito sobre seus ombos e colocando minha mão direita ( a mão esperta, mas que queria fazer papel de boba ) em posição de escorregar e acalmar aquele peito arfante.
Assim foi: ela de fato se assustou e procurou aconchego. Eu a abracei, a acalmei para que se sentisse segura e consegui, muito devagarzinho, explorar o divino conteúdo que a blusa ocultava, enquanto ela continuava com os olhos pregados na tela, querendo evitar outro susto.
A partir daí, ficamos mais soltinhos um com o outro, mas o namoro terminou antes que eu pudesse mergulhar em mares mais profundos. Dela, não sei mais. Mas registro que mataram o tubarão no filme, o Spielberg ficou rico e famoso e o cinema fechou.
* por Roberto Baraldi
O relato carinhoso enviado pelo querido amigo Baraldi lança o espaço " no escurinho do cinema ", aberto a recolher história e depoimentos de leitores e colaboradores. Vale usar pseudônimo.
Muito boa crônica!!! Baraldi e Iberê, sigam postando. Um beijo!
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