terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A indústria da pirataria

"Cisne Negro"já tem cópia pirata
Hoje, dia de divulgação dos filmes concorrentes ao Oscar, matéria d'O Globo traz uma boa discussão. O vazamento de filmes via internet versus as estratégias de lançamento das distribuidoras. É a indústria brigando contra indústria, uma vez que as cópias piratas, em grande parte, vazam de dentro das próprias empresas produtoras.




No dia do anúncio do Oscar, favoritos já estão disponíveis para download ilegal

André Miranda


RIO - O anúncio dos indicados ao Oscar, marcado para esta terça, é fundamental para o marketing dos filmes fora dos EUA. Funciona assim: as distribuidoras seguram seus principais lançamentos no exterior para depois da divulgação da lista da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, a associação americana que organiza o Oscar, justamente para se aproveitar do burburinho gerado pelo prêmio. É por isso que favoritos como "Inverno da alma", "Cisne negro", "O vencedor", "Bravura indômita", "O discurso do rei" e "127 horas" só vão chegar aos cinemas brasileiros a partir desta semana. Mas a demora também gera um problema. 

Hoje, enquanto os indicados vão sendo anunciados, guris ao redor do mundo estarão baixando cópias de boa qualidade de todos esses filmes em seus computadores, com um código que atende pela sigla DVDSCR e é uma das maiores preocupações de Hollywood hoje. Trata-se de uma pirataria que parte de integrantes da própria indústria.

Os DVDSCR são os DVDs screeners, ou DVDs de serviço, que são enviados para jornalistas, produtores, atores, diretores e demais eleitores do Oscar, às vezes antes de o filme chegar aos cinemas. A única diferença para um DVD tradicional é a presença de avisos esporádicos sobre a procedência do produto e eventualmente de um contador de tempo. De resto, a imagem é perfeita.

- Mais de 90% das cópias de filmes piratas ainda são de gente que grava o filme de dentro do cinema. Mas, nesse caso, o som e a imagem costumam ser bem ruins. Os DVDs screeners, por sua vez, ainda que menos comuns, têm boa qualidade de exibição. Houve uma época em que os estúdios até tentaram controlar seu envio - afirma o advogado Márcio Gonçalves, ex-diretor Anti-Pirataria da Motion Picture Association para a América Latina.

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