P. Kaufman - A. Desplat - N. Lloyd © DR
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Desta forma, Philip Kaufman, Alexandre Desplat e o veterano americano Norman Lloyd virão, alternadamente, falar no palco da sala Buñuel e depois debater com o público.
■ Uma Lição de realização por Philip Kaufman
Realizador do célebre Os Eleitos ou da adaptação do livro de Milan Kundera, A Insustentável Leveza do Ser, Philip Kaufman é uma figura proeminente do cinema americano dos anos sessenta até hoje.
Originário de Chicago mas definitivamente identificado com São Francisco onde vive há mais de 50 anos, realizou uma obra singular entre cinema independente e filmes de estúdio, “uma obra polivalente que se apoia numa grande riqueza estilística e filosófica” – refere Annette Insdorf que acaba de lhe dedicar um livro.
Argumentista (é co-autor, juntamente com George Lucas, da história original dos Salteadores da Ara Perdida) e realizador, Philip Kaufman responderá às perguntas de Michel Ciment que o interrogará sobre o seu trabalho, os seus filmes e sobre a evolução do cinema americano.
Moderador: Michel Ciment
Informação: o novo filme de Philip Kaufman realizado para a HBO “Hemingway and Gellhorn” com Nicole Kidman e Clive Owen consta no programa da Selecção Oficial Fora da Competição onde será apresentado em antestreia mundial.
A sessão irá ocorrer na sexta-feira, dia 25 de Maio, na sala Buñuel (data e hora a confirmar).
■ “Uma história pessoal da música de filmes” por Alexandre Desplat
A prática da música e o gosto pelo cinema levaram Alexandre Desplat a trabalhar para os maiores realizadores da altura: Jacques Audiard, Stephen Frears, David Fincher ou até Roman Polanski e Terrence Malick. Inserindo o seu trabalho na linha dos grandes mestres franceses da música de filmes, artista multi-recompensado, foi igualmente autor da música de muitos dos filmes constantes na Selecção Oficial de 2012.
Após uma Lição sobre o seu trabalho dada em 2006, Alexandre Desplat falará da obra dos outros: “As grandes partituras – refere – sabem ao mesmo tempo servir o filme, obra colectiva, e existir fora da imagem. Foi através do contacto das composições de Delerue, Jarre, Waxman, Rota, Herrmann, Goldsmith, Takemitsu que construí a minha estética.
Pessoal e íntima, a visão do compositor de música de filmes age como um revelador e insere-se no ritmo, na luz, no âmbito de uma personagem invisível, um argumento paralelo. Com muita sensibilidade, o compositor inventa esta relação imagem/música e cria aquela vibração mágica que faz dele o 3º autor de um filme”.
A sessão irá ocorrer no sábado, dia 19 de Maio, na sala Buñuel.
■ Uma Lição de História: Norman Lloyd
Actor, produtor e realizador, misturando teatro (é, juntamente com Orson Welles, co-fundador do Mercury Theater) e cinema (é o homem que cai da estátua da liberdade no final de Sabotagem de Alfred Hitchcock em 1942), Norman Lloyd é uma personalidade extraordinária, a quem a idade (tem 97 anos) deu uma visão excepcional sobre a história do cinema americano.
“Encontrei Norman Lloyd pela primeira vez em 1976 – conta o jornalista e escritor Todd McCarthy, na casa de Jean Renoir em Los Angeles. De tê-lo entrevistado por duas vezes, permite-me dizer que o seu aparecimento suscitará um grande entusiasmo. Os participantes do Festival de Cannes ficarão contentes por ele ali estar. Aos 97 anos, continua com uma forma extraordinária”.
Moderador: Todd Mccarthy, jornalista no The Hollywood Repórter
A sessão irá ocorrer na quinta-feira, dia 24 de Maio, na sala Buñuel.
do site oficial Festival de Cannes
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