Jérémie Renier e Ricardo Darín - Divulgação |
O Globo
‘Los salvajes’, primeiro de seis filmes dos ‘hermanos’ no festival, angaria elogios da crítica
CANNES - Embora o Brasil seja o país homenageado deste ano na Croisette, a Argentina passou na frente e se tornou a primeira nação latino-americana a se destacar no 65º Festival de Cannes, em qualidade e quantidade. Mesmo sem concorrer à Palma de Ouro, os argentinos têm seis filmes espalhados por diferentes mostras e asseguraram presença em todos os eventos de coprodução e distribuição do balneário.
Nesta quinta, eles tiveram uma vitória simbólica a mais: emplacaram o primeiro longa-metragem a representar a América Latina na mostra francesa, "Los salvajes", de Alejandro Fadel. Exibido na abertura da Semana da Crítica, o misto de thriller e faroeste contemporâneo centrado na fuga de cinco adolescentes de um reformatório causou sensação aos olhos da crítica.
— A Argentina hoje produz cerca de 80 longas de ficção por ano, além de uns 50 documentários. Um número quase igual ao brasileiro, que só se consolida porque alimentamos a tradição de investir em eventos como Cannes — diz Diego Marambio, gerente de operações internacionais do Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales (Incaa), órgão responsável pelo fomento da filmografia argentina. — Nos últimos anos, ampliamos as coproduções com a Itália, a Alemanha e a França, o que tem facilitado nossa circulação por grandes festivais como Cannes.
Representado em Cannes por uma tenda ao lado do Palais des Festivals, o Incaa viu seu trabalho na Croisette aumentar depois da boa acolhida de "Los salvajes" entre os críticos. Resenhas elogiosas à direção de Fadel atiçaram o interesse dos distribuidores internacionais pelo filme. Com a procura, o instituto tenta promover as demais atraçoes da filmografia argentina selecionadas para o festival.
Continua O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário