domingo, 17 de julho de 2011

Sobre "Cisne Negro" e seu diretor

Sérgio Alpendre
Para o UOL

Darren Aronofsky estreou com um filme rápido e faceiro chamado "Pi" (1998). Nessa época, aos olhos da crítica e dos cinéfilos, suspeitava-se que aparecia um cineasta interessante de se acompanhar.
Com o segundo filme, "Réquiem para um Sonho" (2000), Aronofsky conseguiu causar a cisão que iria definir boa parte de sua carreira, para o bem e para o mal (ainda que esse mal fosse também favorável a ele, por ser uma publicidade). Um grupo de cinéfilos e críticos passou a odiá-lo. Outro, a adotá-lo como cineasta cult, capaz de mexer com temas urgentes de maneira eficaz e esperta.
Parte do grande público, aquele que mal segue diretores, passaria a se interessar por Aronofsky com esse segundo filme. Outra parte teria gostado do tema: os perigos do vício em drogas.
Isto durou até, "O Lutador", o quarto longa, que lhe valeu uma quase unanimidade positiva entre os grupos antagônicos. O grande público, igualmente, apoiou esse novo rebento, achando que Mickey Rourke estava perfeito no papel principal.
Chega, então, "Cisne Negro", seu quinto longa-metragem. Uma nova cisão aparece, ainda mais radical que a primeira. Grande parte da crítica odiou com todas as forças. Uma outra parte adorou, e uma terceira ficou indiferente. E o grande público? "Que maravilhosa a Natalie Portman!!!".

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