“Bruna Surfistinha” retoma a carreira agora em dvd e blu ray. Apesar da imagem saturada com a megaexposição na principal novela da Globo, a performance de Deborah Secco tem agradado, segundo pesquisa informal do blog com proprietários de locadoras.
A demanda reprimida faz sentido. O filme é bom. Tem grande chance de não ter feito mais sucesso nas telonas em função justamente da estratégia escolhida, a de fazer coincidir o lançamento do filme com o andamento inicial da novela.
Um braço das Organizações Globo, TeleCine, é co-produtor de “Bruna”. E foi assim que, à época, a produção chegou a imaginar que o filme dirigido por Marcus Baldini bateria “Tropa de Elite 2”, maior recorde nacional de todos os tempos.
A coincidência pode ter atrapalhado, por mais que la Secco tenha dado conta dos recados. Tem quem goste da sua quase debilóide Natalie Lamour, em Insensato Coração. No filme, interpretando a garota de programa Raquel Pacheco, o diretor Marcus Baldini consegue extrair provavelmente o que é, até agora, seu mais intenso trabalho como atriz.
O mais corajoso sem dúvida. Como Bruna, Deborah segura muito bem a barra de simular sexo com, no mínimo, duas dúzias de homens, sem falar em outros fetiches, digamos assim. Apesar das inúmeras cenas, o sexo em “Bruna Surfistinha” é totalmente anticlímax, exatamente como deve ser na vida real o sexo pago e mecânico. Serve apenas para voyeurs e admiradores em geral nunca mais terem saudade da plástica da protagonista.
Quem não conhece a história verdadeira por exemplo, consegue entender que o filme conta a vida de uma menina que foge de casa para ser prostituta, alcançar sucesso e reconhecimento, e para vingar-se da família que, segunda ela, a rejeita, mas também para descobrir quem é a verdadeira Raquel. O conjunto da obra é bom, vale arriscar.
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