sexta-feira, 30 de março de 2012

CINEJ@RNAL: lançamentos da semana, com trailers

@ Nas pegadas de Freud e Jung
SÃO PAULO, 29 Mar (Reuters) - Ao acompanhar a filmografia do diretor canadense David Cronenberg, pode-se ter a impressão de estar seguindo as pegadas de Sigmund Freud e Carl Gustav Jung. As pesquisas dos dois pioneiros da psicanálise certamente serviriam para tentar decifrar os complexos personagens que habitam filmes como "Gêmeos - Mórbida Semelhança" (1988), "Crash- Estranhos Prazeres" (1996) e "Spider - Desafie sua Mente" (2002).

Em "Um Método Perigoso", que concorreu ao Leão de Ouro no Festival de Veneza 2011, Cronenberg voltou-se para os próprios Freud e Jung. Partindo da peça "The Talking Cure", de Christopher Hampton - também corroteirista -, realizou uma densa ficção que focaliza o encontro entre o pai da psicanálise e um de seus mais criativos discípulos, antes que diferenças inconciliáveis os separassem.
Mais



@ "Furia de Titãs 2" com efeitos radicais
SÃO PAULO, 29 Mar (Reuters) - Um dos maiores problemas, entre tantos, em "Fúria de Titãs" (2010) era o mau uso do 3D - na verdade, a total ausência de efeitos de terceira dimensão, até porque o longa foi filmado da forma convencional e "convertido" depois, quando os produtores e distribuidores se empolgaram com o sucesso de "Avatar".

O segundo longa da franquia chega aos cinemas em estreia mundial nessa sexta-feira, e é apresentado nas versões 2D, 3D e 3D IMAX. Diferente do anterior, esse tem o efeito: água, pedra, bolas de fogo e até pessoas são arremessadas em direção à plateia.
Mais



@ "Heleno", da glória à tragédia
SÃO PAULO, 29 Mar (Reuters) - Uma das maiores lendas do futebol brasileiro e o maior ídolo do Botafogo antes de Garrincha, Heleno de Freitas (1920-1959), é o personagem central do drama "Heleno", de José Henrique Fonseca.

O filme já percorreu festivais internacionais, colhendo um prêmio de melhor ator no Festival de Havana 2011 para Rodrigo Santoro, que perdeu 12 quilos e treinou com o ex-jogador Cláudio Adão para entrar na pele de Heleno.

A proposta do diretor José Henrique Fonseca (de "O Homem do Ano") é ousada já que, assumidamente, não procura realizar um filme sobre futebol. Recorrendo a uma bela fotografia em preto e branco - do premiado Walter Carvalho-, "Heleno" mostra um personagem trágico, que flertou com a fama e a glória mas tinha encontro marcado com a queda.
Mais



@ Da telinha para a telona
SÃO PAULO, 29 Mar (Reuters) - Num tempo remoto quando a novela do horário nobre era conhecida como novela das 8 e começava mesmo às 8h30, "Dancin' Days" fez história entre 1978 e 1979, ditando moda em figurino, trilha sonora, danças e gírias. O folhetim, lançado em DVD no final do ano passado, fazia um retrato da classe média carioca da época.

No filme "A Novela das 8", que estreia em São Paulo e no Rio, uma das maiores fãs do programa é Amanda (Vanessa Giácomo, de "Jean Charles"), prostituta que tenta marcar o horário de seus clientes de maneira a não perder o capítulo do dia.
Mais



@ Darín volta a um papel de ladrão
SÃO PAULO, 29 Mar (Reuters) - Mistura de policial, drama, comédia, romance e fábula, não se pode acusar "A Dançarina e o Ladrão", do espanhol Fernando Trueba, pela falta de imaginação. A presença do ator argentino Ricardo Darín à frente do elenco, na pele de um experiente arrombador de cofres, também é atração à parte.

Também há algumas referências ao Brasil, incluindo um trecho de rap e música de Milton Nascimento na trilha sonora, além da presença da renomada bailarina carioca Marcia Haydée no papel de uma professora de dança.
Mais

quarta-feira, 28 de março de 2012

"Titanic" em 3D nos 100 anos da tragédia

Por Edward Baran

LONDRES, 28 Mar (Reuters) - O cineasta James Cameron, diretor de "Titanic", disse que a versão em 3D do seu sucesso de 1997, lançada para coincidir com o centenário do naufrágio retratado no filme, "amplia" a experiência do original.

Ele rejeitou as críticas de que o relançamento em 3D do filme, previsto para 6 de abril nos cinemas dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, seja uma forma de faturar em cima da efeméride. Em 15 de abril, o acidente em alto mar que resultou em mais de 1.500 mortes completará 100 anos.

"Acho que (o 3D) o torna mais imersível", disse Cameron a jornalistas na noite de terça-feira no tapete vermelho do Royal Albert Hall, em Londres, palco da pré-estreia. "Ele meio que amplia a experiência para o nível 11, em vez do 10."

Continua
Reuters

terça-feira, 27 de março de 2012

Manoel de Oliveira, diretor aos 103 anos

Foto divulgação
RIO - Ainda fiel à ideia de que o cinema serve como um espelho para a vida, mesmo depois de oito décadas de carreira, o português Manoel de Oliveira filmou "O Gebo e a sombra" ("Gebo et l’ombre") para refletir um mal que hoje assola seu país e todo o seu continente: as sequelas da crise econômica.

Com base numa peça teatral homônima escrita por Raul Brandão em 1923, o mais velho realizador em atividade no cinema mundial, hoje com 103 anos, propõe um ensaio existencial sobre o estado de alarme em que o Velho Mundo se encontra.

Com a ajuda de duas das maiores divas da Europa, a francesa Jeanne Moreau e a italiana Claudia Cardinale, Oliveira filmou em Paris, com um orçamento de 2 milhões, a batalha de um contador (vivido por Michael Lonsdale) para resguardar seu filho, um criminoso, da Justiça e da humilhação no início do século XX.

Continua O Globo

40 curiosidades sobre "O Poderoso Chefão"

Para marcar os 40 anos do clássico "O Poderoso Chefão", o jornal O Globo listou 40 curiosades sobre a película lançada oficialmente em 24 de março de 1972.

Você vai encontrar algumas cenas que não entraram na trilogia, os erros de continuidade ou mesmo de informação, os testes de atores e várias informações.

Que não são indispensáveis, mas ajudam a cultuar o longa dirigido por Francis Ford Coppola.

Veja O Globo



segunda-feira, 26 de março de 2012

CINEJ@RNAL

@ Cinema Transcendental
O Brasil não é conhecido pela tradição em filmes de ficção científica. Em comparação a países como Inglaterra e Estados Unidos, a produção cinematográfica do gênero por aqui é quase nula. Enfrentar esse desprezo é o desafio do filme "Área Q", que abre hoje o 2º Festival de Cinema Transcendental, em Brasília, e estreia em circuito no dia 13 de abril. Mais
Folha.com

@ Fernanda Montenegro em "O Tempo e o Vento"
As atrizes Fernanda Montenegro e Marjorie Estiano iniciam nesta segunda-feira (26) as filmagens do longa "O Tempo e o Vento", de Érico Verissimo, com direção de Jayme Monjardim, no Rio Grande do Sul.

O filme, previsto para estrear em 2013, conta a história da família Terra Cambará e de sua rival, a família Amaral, e retrata o período de batalhas entre as duas durante 150 anos sob a ótica de Bibiana Terra Cambará (Fernanda Montenegro), que lutará contra a morte e opressão. Mais
UOL

@ Uma exposição para Mario Lago
RIO - Um dos principais eventos relativos ao centenário de Mário Lago — completado em novembro passado e cujas comemorações se estenderão até o fim deste ano — é a exposição que será inaugurada nesta segunda-feira, a partir das 18h, para convidados, no Arquivo Nacional, passando amanhã a receber o público."Lago eu sou — Mário Lago, um homem do século XX" traça um panorama sobre a vida do ator, escritor e compositor a partir de fotos, documentos, áudios e vídeos. O acervo de Lago está sob responsabilidade do Arquivo Nacional. Mais
O Globo

@ Os astros que nasceram na TV
Ashton Kutcher (That 70’s Show) e Katherine Heigl (Roswell/ Grey’s Anatomy) são alguns exemplos de atores que iniciaram a carreira tentando uma grande chance na TV, mas logo depois conseguiram um bom espaço no cinema. Muitos acabam voltando para a telinha depois de um certo tempo; outros, como a atriz Lucy Liu (Ally Mcbeall) vivem entre fazer TV e filmes. Mas há casos em que o ator sai da TV para nunca mais voltar, como Michelle Williams e Leonardo DiCaprio. Mais Estadão.com (com vídeos ótimos)

sexta-feira, 23 de março de 2012

"La Piel que Habito", Almodóvar em estado puro

Quem não viu na telona ou quer rever, já está nas locadoras “A Pele que Habito”, o Almodóvar mais recente. Realizado com todo charme, e técnica, que o cinema moderno pode reunir, é um desafio ao bom gosto, ao senso comum e a ética médica.

Inspirado em "Tarântula", obra do escritor Thierry Jonquet, o cineasta vai fundo na questão das alterações genéticas que a ciência pode produzir, para o bem e para o mal.

Ruim de crítica, mas Almodóvar em estado puro, a película mostra toda a categoria que o sempre polêmico, incômodo e surpreendente diretor espanhol tira da cartola. Categoria e técnica cinematográficas das mais apuradas entre os grandes diretores atuais.

Não falta nada em “La Piel que Habito”. Desde as tomadas de cena irrepreensíveis, compostas por seus característicos contrastes, mesmo quando não usa cores vibrantes o tempo todo, cheias de detalhes, música absolutamente integrada, sob o comando de Alberto Iglesias, tudo coroado com quatro interpretações fortes, complexas, destacáveis, para argumento e roteiro provocadores.

Começando por Antonio Banderas na “piel” do dr. Robert Ledgard. Um renomado cirurgião plástico que tem na vida com a mulher e a filha um sucesso inversamente proporcional ao que conquistou como profissional. Seus fracassos pessoais são a chave para a evolução da trama.

Quem acompanha Almodóvar com certeza vai encontrar referências de obras anteriores, mesmo sem qualquer flashback, em “La Piel...”. Banderas, por exemplo, parece que saiu diretamente de “Ata-me!” para dar continuidade ao personagem atual, doze anos depois de ter protagonizado o primeiro.

A ainda pouco projetada Elena Anaya, no papel de Vera, sustenta muito bem o crescimento da personagem. Já a veterana atriz espanhola e em filmes de Almodóvar, Marisa Paredes, engrandece o coadjuvante, mas fundamental, papel de Marilia, a governanta que viveu na Bahia e teve um filho traficante no Brasil.

Aliás, além dessa referência, com direito a uma rápida cena que parece ser em uma das nossas favelas, o Brasil ganha outras duas. Em uma das músicas do filme, “Por El Amor de Amar”, cantada em português por Ana Mena, e na exposição de um Tarsila do Amaral. Lembrando que Caetano Veloso canta em “Hable com Ella”, de 2002.

“Paisagem com pontes” está entre os diversos e requintadas quadros de Tiziano, Jorge Galindo, Alberto Vargas, entre outros, que decoram a clínica-residência El Cigarral, onde o dr. Ledgard faz as suas “pesquisas”.
Concentre-se, respire fundo e não deixe de enfrentar mais essa provocação de Pedro Almodóvar. 

quinta-feira, 22 de março de 2012

CINEJ@RNAL: estreias da semana, com trailers

com informações da Reuters

@ "As Flores de Kirkuk", o amor em tempos de guerra
As atrocidades cometidas nos anos 1980 pelo ex-presidente iraquiano Saddam Hussein contra a minoria curda do país, na fronteira com o Irã, tiveram grande destaque na imprensa ocidental na época por causa do uso de armas químicas contra a população civil.

Cerca de 30 anos depois, o diretor iraniano Fariborz Kamkari, de origem curda, voltou ao local para contar a história em "As Flores de Kirkuk", tendo como pano de fundo o improvável romance de um casal que se encontra no lugar errado, na hora errada, em pleno campo de batalha.

A bela atriz marroquina Morjana Alaoui interpreta Najla, uma jovem iraquiana que acaba de retornar da Itália, onde se formou em medicina.
Continua



@ Wim Wenders inova com 3D no documentário "Pina"
Lançado no Festival de Berlim de 2011, o documentário "Pina", do premiado diretor alemão Wim Wenders, mostrou na prática como o 3D pode ser um recurso excepcional também para filmes de arte.

No caso, foi a ferramenta ideal para dar uma textura original na tela às coreografias da alemã Pina Bausch (1940-2009), um dos maiores nomes da dança contemporânea. O filme foi indicado ao Oscar de documentário em 2012.
Continua



@ Documentário reconstitui trajetória de Raul Seixas
Cada país tem o seu Elvis Presley. O do Brasil, sem dúvida, é Raul Seixas (1945-1989). O cantor e compositor baiano, aliás, adorava Elvis. Foi seu ídolo de infância, chegando a fundar em Salvador um certo Elvis Rock Club junto com o amigo Waldir Serrão.

Esta ligação e outras estão no documentário "Raul: o Início, o Fim e o Meio", em que o diretor Walter Carvalho ("Cazuza - O Tempo Não Para", "Budapeste") procura dar conta do mito e do homem Raul - um dos ídolos da música nacional que mais tem provocado um culto póstumo em torno de si, seguindo, nisso também, a saga de Elvis.

Baiano como os tropicalistas Caetano Veloso, Gilberto Gil e Tom Zé, Seixas mostrou-se mais anárquico e radical do que eles. Misturou rock com baião no primeiro grande sucesso, "Let me Sing, Let me Sing", que estourou no Festival Internacional da Canção em 1972, traduzindo nessa canção uma outra influência, de Luiz Gonzaga



@ "Jogos Vorazes" combina ação e crítica social
Como toda história de uma organização social futura que se preze, em "Jogos Vorazes", o futuro visto na tela tem mais a ver com o presente do que com qualquer outra época.

Buscando referências em clássicos como "1984" e "O Senhor das Moscas", o resultado do longa, baseado na famosa série de livros da escritora norte-americana Suzanne Collins, é algo raro em Hollywood: um filme de ação com músculos e cérebro - esse, bem crítico, aliás.

Numa história futurista repleta de cinismo, os reality shows chegaram a outro nível: mais do que lutar por um prêmio em dinheiro, luta-se pela vida. Ao invés de mandar os concorrentes ao paredão, os colegas de confinamento mandam flechas na testa uns dos outros, armam bombas ou simplesmente esfaqueiam-se mutuamente. Continua 

Trailer aqui

quarta-feira, 21 de março de 2012

Antonio Guerra, um dos maiores roteiristas

foto: Giorgio Benvenuti (EFE)
ROMA, 21 Mar (Reuters) - O poeta e roteirista italiano Antonio Guerra, conhecido como Tonino, morreu nesta quarta-feira em Santarcangelo di Romagna, na Itália, aos 92 anos, segundo uma nota da prefeitura.

Guerra foi um dos roteiristas italianos mais conhecidos mundialmente, autor com Federico Fellini do filme vencedor do Oscar "Amarcórd".

Continua
Reuters

Adiós a Guerra, grande del guion europeo

El poeta y escritor italiano fue responsable de los libretos de las grandes películas de Antonioni o Fellini, como 'Y la nave va', 'Amarcord', 'La aventura' o 'Blow-up'

por Gregorio Belinchón

do El País

Tonino Guerra ha muerto. De repente, el cine italiano se ha quedado sin su Rafael Azcona. A los 92 años, el poeta, novelista y guionista ha fallecido poco después de su cumpleaños, que celebró el pasado 16 de marzo; su salud se había agravado en las últimas semanas.

Nacido en 1920 en Santarcangelo di Romagna, Antonio Guerra era maestro de escuela durante la II Guerra Mundial, cuando fue deportado a Alemania e internado en el campo de concentración de Troisdorf.Tras su liberación, se doctoró en Pedagogía en la Universidad de Urbino con una tesis sobre la poesía dialectal.

Empezó su carrera creativa como poeta (“Empecé a escribir en el campo de concentración. Lo hice para acompañar a mis compañeros de prisión. Ellos eran romañolos como yo. El dialecto es la lengua de mi infancia, la lengua de mi madre.La poesía nos salvó de aquella soledad”, recordaba cuando en 2002 se publicó en España su poesía completa), más tarde como novelista, cuando por su trabajo fue trasladado a Roma a Guerra se le abrió el campo del cine:

“Para mí no existe una diferencia profunda entre escribir poesía y escribir guiones, ambas conducen a la mismo: la creación de imágenes. Un guionista debe tener mil imágenes en su cabeza para conquistar a hombres como Fellini o como Antonioni”. En la capital vivirá hasta que en 1984 vuelve, por la añoranza, a su Romagna natal.

De su centenar de trabajos destacan los libretos de Matrimonio a la italiana y Los girasoles, de Vittorio de Sica; La aventura, La noche, El desierto rojo, Blow-up, de Michelangelo Antonioni; Amarcord, Y la nave va y Ginger y Fred, de Federico Fellini; Hombres contra la guerra, El caso Mattei, Cadáveres excelentes, Cristo se paró en Éboli y Crónica de una muerte anunciada, de Francesco Rosi; Viaje a Cythera (con la que ganó el premio al mejor guion en Cannes) y La eternidad y un día, de Theo Angelopoulos; Good Morning, Babilonia, de los hermanos Taviani; Más allá de las nubes, de Wim Wenders, o Nostalgia (1983), de Andréi Tarkovski.

De todos ellos hablaba bien, pero siempre se refería con cariño de Fellini y Antonioni.

Continua
El País

A invasão das cinebiografias

Lady Di, Liz Taylor, Picasso: cinebiografias invadem as telas

Até o fim de 2013, personagens como a Rainha Elizabeth II, a atriz pornô Linda Lovelace e o escritor Charles Dickens entrarão em cartaz

A cinebiografia é um gênero que nunca esteve em baixa, mas poucas vezes esteve em alta como agora. Até o fim de 2013, dez filmes sobre a vida de grandes personalidades devem entrar em cartaz – a única dúvida quanto à data é o longa sobre o cantor britânico Elton John, que será vivido no cinema pelo também músico Justin Timberlake, ainda em negociação. Da atriz pornô americana Linda Lovelace à rainha Elizabeth II, os filmes vão abranger países e universos distintos, como a indústria da pornografia americana, a literatura britânica, a pintura europeia e a máfia itaiana.

Além de Elizabeth II, que será vivida por Emma Thompson num longa sobre o episódio em que um irlandês invadiu o Palácio de Buckingham, outro membro da família real está na lista de cinebiografias. A princesa Diana, morta em 1997, será interpretada pela também britânica Naomi Watts, em longa focado em seus dois últimos anos de vida.

Confira os lançamentos
Veja.com

terça-feira, 20 de março de 2012

20 anos do clássico "Instinto Selvagem"

Montagem: InCommunSeries.com 
por Érico Borgo

Há 20 anos, em 20 de março de 1992, estreava Instinto Selvagem (Basic Instinct), filme de  Paul Verhoeven com roteiro de Joe Eszterhas, que tornou Sharon Stone uma das maiores estrelas daquela década.


O suspense erótico sobre as investigações para encontrar um assassino em São Francisco, cuja arma era um picador de gelo, chamou atenção pelo estilo, ótimo elenco e a ousadia no uso do sexo.

Em especial, duas cenas entraram para a história do cinema: a cruzada de pernas fatal de Sharon Stone e o beijo lésbico na pista de dança (entre ela e Leilani Sarelle), mas todas as sequências sexuais chocaram o público na época - da abertura ao encontro derradeiro dos protagonistas.

Na trama, um detetive vivido por Michael Douglas, ao lado do parceiro (George Dzundza), vai à cidade litorânea da Califórnia para interrogar a namorada da vítima do assassino do picador de gelo, a supersexy e rica personagem interpretada por Sharon Stone, que havia publicado um romance em que um assassinato idêntico fora criado. A mulher não demora a começar a tentar o detetive, que se descontrola perante a femme fatale.

Continua Omelete/UOL

sexta-feira, 16 de março de 2012

"Um estranho Almodóvar"

Foto: divulgação
por Luciano Buarque de Holanda

do Valor Econômico

Pedro Almodóvar nem precisava deixar sua zona de conforto. Por décadas, ele vem se provando fecundo e invariavelmente consistente dentro de um mesmo leque temático/estético. Em "A Pele Que Habito", porém, o espanhol mostra que pode sobreviver longe de fórmulas próprias, se quiser.

O filme lida com identidade sexual, loucura e tragédia; mostra uma família novelesca; mulheres geniosas, intensas. Até aí nenhuma novidade - o que é bom, pois o drástico desvio de rota de "A Pele Que Habito" pede alguma coerência autoral. Dispensando o colorido vibrante e, em parte, o tom "kitsch", Almodóvar explora o horror psicológico, citando Mario Bava, Dario Argento e, em especial, o cult francês "Les Yeux Sans Visage" (de Georges Franju). Há um "feeling" hitchcockiano que serve de ponte ao prévio "Abraços Partidos", mas esse filme de 2009 em nada antecipa o teor mórbido de "A Pele Que Habito".

Livre adaptação da novela "Tarântula", de Thierry Jonquet, a trama é uma espécie de "Frankenstein" dos tempos modernos, tendo no lugar do monstro uma bela mulher (Elena Anaya, de "Um Quarto em Roma"). Ela vive num cativeiro "high tech", monitorado por câmeras de segurança; passa o dia lendo, costurando ou fazendo ioga, permanentemente vestida numa segunda pele. Ela se chama Vera e foi criada à imagem e semelhança da finada mulher de um perturbado cirurgião plástico, Dr. Ledgard (Antonio Banderas, em sua primeira parceria com Almodóvar em 20 anos).

Continua
Valor Econômico

quinta-feira, 15 de março de 2012

"O Poderoso Chefão", um jovem quarentão

Alguns filmes, assim como outras obras de arte, saem das telas e entram para a história. Viram uma espécie de "patrimônio cultural da humanidade".

Um que está nessa lista é "The Godfather", a clássica trilogia que foi traduzida por aqui como "O Poderoso Chefão".

Não parece, mas esta semana a obra de Francis Ford Coppola completou 40 anos de estreia.

O cineasta roterizou e argumentou seus filmes a partir do livro homônimo, escrito por Mário Puzo, um norte-americano filho de imigrantes sicilianos. Falecido em 1999, aos 78 anos, ficou conhecido por seus vários livros de ficção sobre a máfia.

As magistrais interpretações de Marlon Brando, como o "chefão" Don Vito Corleone, Al Pacino no papel de Michael Corleone, James Caan como Santino "Sonny" Corleone, Robert Duvall interpretando Tom Hagen e Diane Keaton no papel Kay Adams, entre vários outros, levaram "The Godfather" a ganhar, em 1973, o Oscar de melhor filme, de melhor roteiro adaptado e de melhor ator com Brando. Além de uma interminável lista de vários outros prêmios e indicações.

Sua importância também pode ser avaliada pela decisão do Registro Nacional de Filmes dos Estados Unidos (National Film Registry), uma seleção feita pelo Conselho Nacional de Preservação de Filmes (National Film Preservation Board) para obras que devem ser preservadas na Biblioteca do Congresso Nacional.

Também como em todas as grandes obras que caem no gosto do público, algumas das frases, ou falas, viraram cult entre citações de fãs e sites de curiosidades. Como as abaixo:

"Deixe que seus amigos subestimem suas qualidades e que seus inimigos superestimem seus defeitos"

"Mantenha os amigos por perto; E os inimigos mais perto ainda"

"Passei a vida inteira tentando não ser descuidado, mulheres e crianças podem ser descuidadas, homens não"

"Quem lhe oferecer segurança será o traidor"

"Se um homem honesto como você fizesse inimigos, então eles seriam meus inimigos, e temeriam você"


"Se dedica a família? Um homem que não se dedica a família nunca será um homem de verdade"

"Tenho uma fraqueza sentimental pelos meus filhos como pode ver, eu os estraguei, eles falam quando deveriam ouvir"

"Um advogado com uma pasta pode roubar mais que mil homens armados"

“Nunca odeie seus inimigos, isso atrapalha seu raciocínio”

“Política é saber a hora de puxar o gatilho”

“Mantenha os amigos perto e os inimigos mais perto ainda!”

CINEJ@RNAL: trailers das estreias da semana

@ Witherspoon tem dois amores em "Guerra é Guerra!"
SÃO PAULO, 15 Mar (Reuters) - Em "Guerra é Guerra!", Reese Witherspoon é como uma Dona Flor, só que norte-americana, com seus dois maridos, ou melhor, pretendentes, interpretados por Tom Hardy ("O Espião que Sabia Demais) e Chris Pine ("Star Trek"). Eles são dois agentes da CIA e melhores amigos, até se envolverem com a mesma mulher acidentalmente.



@ "Habemus Papam" satiriza eleição papal
O ator e diretor italiano Nanni Moretti faz comédia inteligente ironizando religião e psicanálise em seu novo filme, "Habemus Papam", que concorreu no Festival de Cannes 2011. O papa em questão é interpretado pelo magnífico ator francês Michel Piccoli, que dá carne, osso e uma psicologia muito especial ao personagem do cardeal Melville. Um homem que, eleito papa, entra em crise e não toma coragem de assumir o cargo.



@ "Projeto X", além do politicamente correto
SÃO PAULO, 15 Mar (Reuters) - Existe realmente uma linha perversa que divide o politicamente incorreto do francamente ofensivo. E a comédia "Projeto X - Uma Festa Fora de Controle" não fica na fronteira entre os dois, ela a ultrapassa inúmeras vezes. Isso é necessariamente ruim? Não. Tal como mostra esta produção que revela, de maneira grosseira, a vida da classe média americana. Palavrões, violência, sexismo, bebedeira e fumaça (de todas as formas) estão impregnadas neste filme que o espectador deve decidir se leva na brincadeira ou não. Se fosse uma produção brasileira, choveriam sanções e movimentos sociais para torcer o nariz, elencando a série de transgressões promovidas aqui.



@ O espião Denzel Washington em "Protegendo o Inimigo"
O fim da Guerra Fria não acabou apenas com a tensão política que, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, opôs os Estados Unidos à União Soviética. Também desferiu um duro golpe nas histórias de espionagem que marcaram época e angariaram uma legião de fãs para escritores como John Le Carré, autor dos clássicos "O Espião Que Saiu do Frio" e "O Espião Que Sabia Demais", cuja adaptação para o cinema rendeu neste ano uma indicação ao Oscar de melhor ator para Gary Oldman.



Com informações da
Reuters

terça-feira, 13 de março de 2012

Javier Bardem no próximo James Bond

Foto Cordon Press
por Mábel Galaz
do El País

Aquí están las primeras fotos del nuevo Javier Bardem. El actor español aparece con una melena rubia y visiblemente más delgado en la nueva entrega de James Bond, Skyfall, que está rodando junto a Daniel Graig.

Bardem interpreta el papel de un personaje que se llama Silva y es uno de los malos de la película, a pesar de lo que pudiera parecer por tratarse de un policía en un filme de acción. Las imágenes fueron tomadas el pasado fin de semana en las calles de Londres.

La presencia en la película de Bardem se debe a Craig, que se ha mostrado un fan incondicional del actor: “Coincidí con Javier y su mujer hace dos años en una cena en Los Ángeles. Le admiro muchísimo y no lo dudé, me presenté y le dije: '¿Quieres trabajar en una película de Bond?'. Dijo que sí y punto. Tanto al director, Sam Mendes, como a los productores les encantó la idea”.

Continua El País

segunda-feira, 12 de março de 2012

CINEJ@RNAL

@ Woody Allen busca patrocínio em Copenhagen
RIO - A turnê europeia de Woody Allen deve ter sua próxima parada em Copenhagen, afirma o Hollywood Reporter. O diretor nova-iorquino, ganhador do Oscar 2012 de roteiro original por "Meia-Noite em Paris", considera filmar seu próximo longa na capital dinamarquesa.

Desde 2005, Allen já filmou em Londres ("Ponto Final - Match Point", "Scoop - O grande furo", "O sonho de Cassandra" e "Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos"), Barcelona ("Vicky Christina Barcelona"), Paris ("Meia-noite em Paris") e Roma ("Nero Fiddled"). Na boa e velha Nova York, fez apenas "Tudo Pode Dar Certo", de 2009. Mais
O Globo

@ Hopkins como regente em São Paulo
O ator britânico Anthony Hopkins, 74 anos, está fazendo planos para diminuir o ritmo do cinema e se dedicar mais à música. E isso inclui uma apresentação em São Paulo, tratada ainda como sigilosa. Está em negociação uma apresentação do ator como regente da Orquestra Bachiana do SESI, inicialmente agendada para a primeira semana de setembro, na Sala São Paulo. Hopkins já atuou como regente algumas outras vezes.

Hopkins sempre teve aptidão pela música clássica. Começou a compor aos 6 anos de idade. Fã de Elgar e de Beethoven, ele era incentivado pela mãe, cujo maior sonho era que o garoto se tornasse um grande pianista. Seu caminho acabou se esbarrando no cinema, e o talento artístico contribuiu para que ele construísse uma carreira de sucesso, cujo auge foi atingido na década de 1990. Mais
Estadão.com

@ Destaque para Eduardo Coutinho
O Festival É Tudo Verdade, principal mostra de cinema documental do país, anunciou nesta segunda-feira (12) a programação de sua 17ª edição, que vai de 22 de março a 1º de abril e acontece em São Paulo e no Rio de Janeiro, paralelamente. Um dos destaques do evento, que tem entradas gratuitas, serão as sessões dedicadas a Eduardo Coutinho, principal diretor de documentários do país.

Questionada pelo G1, a assessoria de imprensa do festival diz não ter certeza se será possível exibir no evento a cópia de "Cabra marcado para morrer" que está sendo restaurada pela Cinemateca Brasileira. Vai depender da conclusão do trabalho de restauro. Mais
G1

@ Iran cancela homenagem ao vencedor do Oscar
Autoridades iranianas cancelaram uma cerimônia que aconteceria nesta segunda-feira em homenagem ao diretor do longa vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro "A Separação", Asghar Farhadi. A informação é da Associated Press, com base na agência iraniana de notícias ILNA.

Não há detalhes sobre o cancelamento abrupto, mas alguns iranianos conservadoress não estariam contentes com os temas abordados pelo filme, como desigualdade de gênero e o desejo de muitos cidadãos de deixar o país. Mais
Folha.com

"O cinema tradicional está morto"

Peter Greenaway
Peter Greenaway ataca obsessão por filmes 'bobos' e desdenha do 3D
RODRIGO SALEM
DE SÃO PAULO -

Folha de São Paulo

Em "O Cozinheiro, o Ladrão, Sua Mulher e o Amante" (1989), o violento gângster vivido por Michael Gambon (para os mais novos: o professor Dumbledore de "Harry Potter") é forçado pela mulher (Helen Mirren) a se banquetear do corpo do homem que assassinou por ciúmes.

A cena até hoje é lembrada como uma das mais grotescas do cinema. No entanto, a sequência é uma das mais normais da filmografia do cineasta inglês Peter Greenaway, que retorna ao Brasil em maio para a edição 2012 do projeto anual de conferências Fronteiras do Pensamento.

Morando em Amsterdã desde os anos 90, Greenaway nunca foi um diretor comum. Dos longas repletos de referências artísticas barrocas às instalações multimídias que faz em museus pelo mundo, ele procura sempre provocar o espectador.

"Sei muito bem das críticas que recebo, que meus filmes são incompreensíveis", confessa à Folha (veja a íntegra da entrevista abaixo). "Mas o que realmente me empolga hoje em dia é o pensamento de reinventar o cinema sem narrativa."

O diretor prega há alguns anos que o cinema convencional está morto e que o futuro da arte envolverá interação, imersão total e telas de notebooks e tablets.

Ele não se interessa nem mesmo pela moda do 3D e ataca cineastas que aderiram "ao truque", como Martin Scorsese, que realizou "A Invenção de Hugo Cabret", seu primeiro filme usando a tecnologia. "Martin Scorsese é uma perda de tempo", polemiza Greenaway.

"Ele fez alguns bons filmes no início da carreira, mas passou a ser manipulado pelos estúdios. Perdeu completamente a vibração que possuía em 'Táxi Driver' e 'Touro Indomável'."

Continua
Folha.com

domingo, 11 de março de 2012

Fellini além das telas

Exposição dedicada a Fellini vai além de sua filmografia

'Tutto Fellini', que abre neste sábado, no Rio, apresenta fotografias de cena e de bastidores, projeções, desenhos, reproduções de jornal e vinte filmes do cineasta

Roberta Pennafort - O Estado de S.Paulo

RIO DE JANEIRO - Em 1958, dois anos antes da ruidosa estreia de A Doce Vida, a modelo sueca Anita Ekberg chamou a atenção de Federico Fellini ao sair numa revista num flagrante fotográfico banhando-se na Fontana di Trevi. O diretor ficou mesmerizado e, para seu filme, escalou Anita, escreveu a cena do banho noturno no famoso ponto turístico de Roma e batizou - para sempre, sem saber - a figura do fotógrafo de celebridades de paparazzo.

O strip tease no fim de A Doce Vida também foi inspirado numa cena da vida real. Surrealista, no entanto, deu-se numa festa na trattoria romana Il Rugantino. A protagonista era uma penetra, uma dançarina que, em busca de fama, pôs-se a dançar sensualmente e a se despir no meio do salão. Mais uma vez, fotógrafos, e outra página de jornal.

As curiosas histórias por trás dos clássicos; os primeiros anos de vivência artística, como jovem cartunista, nos anos 30, recém-chegado da Rimini natal à capital italiana; os primórdios de sua filmografia, nos anos 50 (Mulheres e Luzes, que codirigiu, e Abismo de Um Sonho, considerados ambos pré-fellinianos, no que diz respeito à estética); o uso de passagens da própria biografia em sua arte (como em Amarcord).

E também as mulheres de sua vida - Anita e Anna Magnani, musas, Giulietta Masina, esposa de 1943 até a morte, e atriz favorita; os anos nos estúdios da mítica Cinecittà; a parceira com os roteiristas Ennio Flaiano e Tullio Pinelli (A Doce Vida, Noites de Cabíria, Os Boas Vidas, 8 1/2, A Estrada da Vida), e com o compositor de trilhas Nino Rota - a vida e obra de Fellini (1920-1993) ocupam todos os espaços do centro cultural do Instituto Moreira Salles, no Rio, a partir de hoje.

Continua O Estado de São Paulo


sábado, 10 de março de 2012

"Bomba" venezuelana explode em Hollywood

Génesis Rodríguez
por Borja Bas
El País

Sitúense en la escena: en mitad del robo a una sofisticada caja fuerte, la chica de la peli se desnuda, luciendo un sugerente conjunto interior en color fresa, para enfundarse un ajustadísimo mono de faena. En su debut hollywoodiense, Al borde del abismo (de estreno en España el 23 de marzo), Génesis Rodríguez, también conocida como la hija de José Luis Rodríguez El Puma, alimenta por exigencias del guion el eterno estereotipo de bomba latina.

Más allá de disquisiciones raciales o sexistas, ella se lo ha tomado con sentido del humor. “Ese desnudo se prestó para una escena cómica y refrescante dentro de una trama trepidante. Ser un símbolo sexual está bien para la ficción, pero a mí se me hace que tengo un cuerpo como las demás chicas”, aduce desde Los Ángeles. “De todas formas, esto de captar la atención del público masculino me resulta raro; hasta ahora solo me seguían mujeres, ¿no ves que vengo de los culebrones? Mi actuación siempre había sido de la cabeza hasta el cuello, nunca había tenido que hacer nada con el resto de mi cuerpo, y menos escenas de acción”.

Tras su episodio en la caja fuerte, la veremos como agente del FBI junto a Eduardo Noriega y el mismísimo Schwarzenegger en Last stand. “El primer día que llegué al set, me sentó a su lado a comer. Yo no decía ni mu y solo me atrevía a mirarle de reojo. Imaginaba que sería un hombre superserio y reservado, pero Arnold es como un payasito, gasta muchas bromas”. Ya tiene otros tres potenciales taquillazos por ver la luz: Casa de mi padre, donde interpreta al amor de Will Ferrel frente a Gael García Bernal y Diego Luna; la comedia coral Qué esperar cuando estás esperando, junto a un sinfín de nombres de peso; y Hours, un drama basado en hechos reales acontecidos en Nueva Orleans tras el huracán Katrina. 

Continua El País


Filme muçulmano de baixo custo faz sucesso

Por Ed Cropley - Reuters

JOHANESBURGO, 9 Mar (Reuters) - Um filme de baixo orçamento sobre um jovem muçulmano que tenta entrar no circuito da comédia em Johanesburgo está fazendo grande sucesso em toda a África do Sul, num pungente retrato dos conflitos entre juventude, tradição e religião.

Ambientado no bairro indo-muçulmano de Fordsburg, "Material" narra a tempestuosa relação entre Cassim Kaif, interpretado pelo comediante sul-africano Riaad Moosa, e seu pai idoso, Ebrahim, que sonha em ver o filho à frente da loja de tecidos da família.

Rodado com um enxuto orçamento de 1 milhão de dólares, o filme combina momentos comoventes de drama pessoal e familiar com hilários fragmentos de comédia "stand-up" e do cotidiano de Johanesburgo, uma das cidades mais cosmopolitas do continente. 


Continua Reuters

sexta-feira, 9 de março de 2012

Uma viagem pelos cartazes de Cannes

O Festival de Cannes é uma viagem para os aficionados por cinema. Tem a história da indústria cinematográfica um vários e diversos países. Tem um acervo fotográfico catalogado por anos que proporciona uma viagem, particularmente para quem gosta de fotos de atores, artistas, diretores e celebridades em geral. 

E tem outro arquivo, com os posters do Festival desde o primeiro, em 1946, que é uma preciocidade para artistas gráficos. Em alguns anos estão disponíveis posters do encontro Un Certain Regard. Abaixo, uma difícil pequena seleção. Aqui o arquivo completo.

O deste ano é uma homenagem aos 50 anos da morte de Marilyn Monroe.


  


























Do Porta Curtas às mulheres

Patrícia Galvão - Pagu
A postagem está um pouquinho atrasada, mas vale, pois o tema é relevante e merece. Além disso, todo o dia é dia.

Em homenagem às mulheres do cinema brasileiro, o Porta Curtas, no Dia Internacional da Mulher, fez uma seleção de curtas com personagens, diretoras e atrizes femininas "que conseguiram seu espaço no cenário curta-metragista brasileiro".

Abaixo, alguns dos títulos destacados:

"Cartão Vermelho"
Diretor: Lais Bodanzky
Elenco: Camila Kolber, Francisco Rojo
Duração: 14 min

Sinopse: Fernanda gosta de jogar futebol com os meninos. Joga bem, dribla, faz gol. Mas, para essa moleca de 12 anos, o apogeu de sua intimidade com a bola é fazê-la voar reta, direta, até o saco dos meninos. Então, ela sorri. Certo dia, ela chega correndo para o bate-bola, atrasada, mas não encontra ninguém. Os meninos estão no esconderijo. Fernanda sabe onde é, mas nem imagina o que eles tramam!
Assista aqui.

"Espalhadas pelo ar"
Diretor: Vera Egito
Elenco: Ana Carolina Lima, Estevan Santos, Renata Torralba Horta
Duração: 15 min

Sinopse:Nas escadas de serviço de um prédio residencial, meninas fumam escondido dos pais. Tiram suas roupas, para evitar que o cheiro de fumaça as denuncie. CORA tem 30 anos. Ela mora no mesmo prédio que as meninas e está presa em um casamento infeliz. A mulher surpreende as meninas fumando. A partir daí, inicia seu caminho à liberdade.
Assista aqui

"Eh Pagu, eh!"
Diretor: Ivo Branco
Elenco: Aldo Bueno, Clodomiro Bacellar, Edith Siqueira, Julio Calasso
Duração: 15 min

Sinopse: O filme conta um pouco da vida e da obra de Patrícia Galvão, a Pagu. Casada com Oswald de Andrade, participou do Movimento Antropofágico. Jornalista, escritora e tradutora, entre outras coisas, ficou presa por quase cinco anos durante a ditadura Vargas por ser militante do PCB.
Aqui

Madonna, a cinéfila

Madonna na pré-estreia
'W.E - O Romance do Século' é o filme mais ambicioso de Madonna

Alek Keshishian, que escreveu o filme junto com a artista, fala ao 'Estado' sobre as referências da pop star na direção e no roteiro do longa-metragem que estreia nesta sexta

Luiz Carlos Merten - O Estado de S.Paulo

Alek Keshishian está começando a escrever o novo filme de David Fincher, após Millenium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres. Diretor do documentário Na Cama com Madonna, de 1991, ele escreveu, com a popstar, W.E. - O Romance do Século, que estreia nesta sexta-feira. Retificando - na civilização da imagem, o rótulo “popstar” tende a carregar uma conotação pejorativa. É melhor referir-se a ela como “a artista”. “Engana-se quem pensa em Madonna como uma baladeira. Quando ela não está em turnê, fica em casa toda noite, vendo filmes. É a maior cinéfila que conheço.”

E Keshishian diz mais - “Ela conhece mais filmes que você e eu juntos. Não vou dizer que é uma especialista no cinema francês por volta de 1960, mas são seus filmes favoritos. Em seu iPad, durante a realização de W.E., ela tinha cenas de cerca de 50 filmes que podiam ser referências. Boa parte deles era de filmes de Godard.” Madonna pretensiosa, vai pensar o leitor. Keshishian corrige - “É ambiciosa”. W.E. é um filme ambicioso - como linguagem, reflexão. Além de Jean-Luc Godard, o iPad da artista incluía outro filme que foi fundamental em W.E., Crescei-vos e Multiplicai-vos, The Pumpkin Eater, de Jack Clayton.

É um filme sobre a crise de um casal, escrito pelo futuro Prêmio Nobel Harold Pinter e interpretado por Anne Bancroft e Peter Finch. “Nenhum crítico sacou. A maioria não tem cultura. Tenho certeza de que Pauline Kael teria percebido.” O roteirista não está defendendo seu pão. Ninguém é mais crítico que ele. “Não estou muito seguro de que o que era experimental na nouvelle vague seja a melhor opção estética para o que não deixa de ser uma história de amor tradicional, a de Wallis Simpson e Edward VIII. Mas foi uma escolha dela e, para quem consegue ver o filme sem preconceito, é muito coerente.” A seguir, a entrevista com Keshishian, feita pelo telefone, de Los Angeles.

Não sei nos EUA, mas no Brasil a crítica tem reagido muito mal a W.E. Se eu lhe disser que a chamam de incompetente, o que você me responde?Não vou ofender ninguém, mas se há uma coisa que Madonna não é, em nada do que faz, é incompetente. Ela é ambiciosa. E ousa. Entendo que, nesse sentido, muita gente poderá dizer que W.E. é um equívoco autoral. Eu não acho. Não é meu filme. Com certeza o teria feito diferente. Mas acho importante que ela esteja disposta a arcar com suas convicções.

A maneira mais fácil de ver W.E. é buscar nas duas épocas do filme, na história de Wallis e Edward e na de Wallis e Evgeni, simplesmente um reflexo da condição de Madonna como celebridade. Mas ela deve ter pensado nisso, não?Não quero forçar a barra citando Adorno, que refletiu sobre os conceitos do sujeito e do objeto, mas a vida de Madonna tem sido um embate entre o sujeito que ela sabe ser e o objeto em que a mídia tenta transformá-la. Madonna já usou a mídia para se promover e isso gerou uma relação de amor e ódio. Em W.E. ela tinha clara a dualidade e a expressou nas duas Wallis. A que levou o rei a renunciar e a outra, contemporânea, infeliz no casamento, e que elege a primeira como objeto de estudo.

Continua O Estado de São Paulo 

Leia mais: Filme de Madonna é vaiado em Veneza 

"Tutto Fellini"

MARCO AURÉLIO CANÔNICO

DO RIO

Qualquer cineasta é capaz de olhar para a realidade que o cerca, mas processar isso em forma de magia cinematográfica requer mais: é preciso um olhar apurado, uma imaginação fervilhante. É preciso um Fellini.

Veja galeria de imagens da exposição de Fellini no Rio

A mostra "Tutto Fellini", que abre amanhã, no Instituto Moreira Salles do Rio, explica o que isso significa ao convidar o público a conhecer a atmosfera visual a partir da qual o cineasta italiano Federico Fellini (1920-1993) desenvolveu sua obra.

"Minha intenção era entender como funcionava o processo criativo de Fellini", diz Sam Stourdzé, diretor do Musée de l'Elysée, na Suíça, e curador da mostra, que estreou na França em 2009 e segue para o Sesc Pinheiros (São Paulo) em julho.

Continua Folha de São Paulo

quarta-feira, 7 de março de 2012

"Ladrões de bicicletas"

Roberto DaMatta - O Estado de S.Paulo

Lamento do fundo do meu coração a morte da ciclista Juliana Dias, vítima da mal politizada e ainda não discutida barbárie do trânsito brasileiro; ao mesmo tempo em que faço uma homenagem ao grande cineasta e ator Vittorio De Sica usando o título do seu célebre filme, realizado em 1948, que retrata uma Itália pós-guerra, vivendo um duro cotidiano de reconstrução de sua sociedade, de sua vida política e do seu sistema econômico, para escrever estas notas.

Para quem não sabe, lembra ou viu, o filme gira em torno de um desempregado que consegue trabalho como colador de cartazes, com a condição - por causa da mobilidade necessária ao serviço - de possuir uma bicicleta! Parece familiar, não é verdade? Para tanto, sua mulher empenha a roupa de cama da casa para obter a bicicleta, cujas frágeis rodas e a força do seu dono e piloto são as asas da esperança do herói do filme para a competição por um emprego na rua.

A história é contada no que se convencionou chamar de neorrealismo, porque não era realizado num estúdio, não tinha o lirismo falso e fácil de Hollywood nem lançava mão de atores famosos. Usando uma cinematografia modesta, quase humilde, que inspirou o cinema novo de Glauber Rocha, Carlos Diegues, Nelson Pereira do Santos e Joaquim Pedro de Andrade, entre outros, De Sica conta como uma simples bicicleta - esse objeto de esporte e lazer - muda de significado e passa a ser um instrumento crítico de sobrevivência, de esperança e de recuperação da honra pessoal. Essa honra cuja marca, para quem é obrigado a trabalhar duro - como, aliás, é o meu caso -, tem como pano de fundo a fragilidade e como centro o temor do desequilíbrio.

Exatamente como ocorre quando andamos de bicicleta sem usar as duas mãos e podemos cair ou ser atropelados, pois toda bicicleta é um fator de risco. Seja pelo requerido equilíbrio, seja pela presença dos veículos motorizados, seja pela desesperada busca do ladrão, como ocorre no filme. Eis uma belíssima metáfora da vida na qual todos somos meros ladrões ou perdedores de bicicletas e nelas passamos desiquilibradamente a nossa existência.

* * * *

Neste Brasil contemporâneo somos todos - como motoristas - especialistas em roubar a vida de pedestres e ciclistas.


segunda-feira, 5 de março de 2012

Incentivo para construção de cinemas

da Agência Senado

O destaque da pauta do Plenário da próxima semana ( leia-se nesta ) é o projeto de lei de conversão (PLV 3/2012), que, entre seus principais objetivos, cria o Programa Cinema Perto de Você, o Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine) e concede incentivos para o setor cafeeiro.

O PLV, que surgiu de modificações na medida provisória 545/11, está obstruindo as demais votações e perde a validade no dia 8 de março.

O Programa Cinema Perto de Você tem o objetivo de ampliar, diversificar e descentralizar o mercado de salas de exibição cinematográfica no país. O programa prevê linhas de crédito e investimento para implantação de complexos de exibição e medidas tributárias de estímulo à expansão e à modernização do parque exibidor.

Seu foco são as zonas urbanas, cidades e regiões brasileiras desprovidas ou mal atendidas pela oferta de salas de exibição cinematográfica. Para tanto, as ações previstas deverão envolver municípios e estados. O texto determina que, nas salas atendidas pelo programa, deverá ser priorizada a exibição de filmes nacionais.

A proposta também cria o Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine), a ser regulamentado pelo Executivo e gerido pela Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Pelo regime, fica suspensa a exigência da contribuição para o PIS-Pasep, da cofins Cofins Confins é a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social. É paga pelas empresas por meio da alíquota de 7,6%, a partir de 2003 (antes era 3%), incidente sobre a receita ou faturamento, e destina-se exclusivamente às despesas com atividades-fim das áreas de saúde, previdência e assistência social.

Foi criada pela lei Complementar 70/1991. e do IPI incidentes em operações de compra e importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos para utilização em complexos de exibição ou cinemas itinerantes, por parte de pessoa jurídica beneficiária. A isenção também vale para a compra de material para a construção de novas salas.

Continua Agência Senado

domingo, 4 de março de 2012

Marilyn, Marilyn, Marilyn Monroe


Os 50 anos da morte de Marilyn Monroe estão sendo lembrados com uma exposição que estreia hoje, em São Paulo. A badalação está à altura do mito. O que dizem os grandes jornais, abaixo:


Marilyn Eterna

Exposição na Cinemateca apresenta 125 objetos que buscam desvendar o mistério que ronda um dos maiores ícones do cinema mundial

Flavia Guerra, de O Estado de S. Paulo

"Devo ser ela agora?", pergunta a moça, na iminência de ser atacada pelos flashes de uma pequena multidão de fotógrafos. "Ela quem?", rebate seu assistente. "Marilyn", responde Norma, que, pensa rápido e, imediatamente incorpora o personagem que a levou ao estrelato e vira Marilyn Monroe (1926-1962), um dos maiores, se não o maior, ícones do cinema de todos os tempos.

Esta é só uma das cenas do filme Sete Dias com Marilyn, que tem estreia prevista para o dia 23 no Brasil, mas resume perfeitamente um dos grandes dilemas, e mistérios, sobre a vida de Norma Jeane Mortensen: em que ponto exatamente Norma saía de cena para que Marilyn Monroe brilhasse?

As cenas protagonizadas por ela habitam o imaginário de gerações. Já as de Norma nem tanto. E é com o objetivo de desvendar um pouco mais esta figura tão pública quanto enigmática que a exposição Quero Ser Marilyn Monroe abre hoje, na Cinemateca Brasileira. É a primeira vez que uma seleção tão abrangente (ao todo, 125 obras) vem ao País. É também a primeira vez que a mostra que já rodou o mundo ganha o reforço de uma programação com os seus principais filmes. Ao todo, 15 longas estrelados pela atriz serão exibidos na Cinemateca até 1.º de abril.

Com uma seleção de fotos, pinturas e trabalhos de nomes como Henri Cartier-Bresson, Andy Warhol, Peter Blake, Quero Ser Marilyn Monroe é muito mais que uma mera compilação. A mostra traça um panorama da arte contemporânea das últimas décadas.

Continua O Estado de São Paulo

Marilyn Monroe ganha vida nos 50 anos de sua morte

O Globo

Exposição 'Quero ser Marilyn!', que estreia em São Paulo neste domingo, homenageia com fotos e vídeos o maior ícone de beleza da história

Em agosto de 1962, a atriz Marilyn Monroe foi encontrada morta em sua casa, em Los Angeles, aos 36 anos. Veja a seguir algumas imagens clássicas de Marilyn que estarão presentes na mostra e um pouco da história desta diva, que foi rejeitada pelo pai, abandonada pela mãe, morou em orfanatos e chegou a posar nua por US$ 50, antes de se tornar um dos principais ícones do século XX.

Continua O Globo

Exposição reúne 125 obras sobre Marilyn Monroe
LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DE SÃO PAULO

Folha de São Paulo

Cinquenta anos depois de sua morte, Marilyn Monroe ganha uma exposição que faz jus à fixação por suas curvas.

"Quero Ser Marilyn Monroe!" reúne 125 obras de 50 artistas. A mostra era maior, com 280 trabalhos, mas a verba e o tempo que demorou para vir ao Brasil determinaram seu encolhimento.

O produtor Ricardo Comissoli, responsável pela vinda da exposição, demorou quatro anos para conseguir viabilizar o evento, ao custo de R$ 450 mil, patrocinado em parte por leis de incentivo.

Diz que a ideia é mostrar o universo multifacetado da atriz. "Todos querem a beleza, o poder, a fama e a fortuna de Marilyn. De certa forma, ela foi a primeira a querer ser Marilyn, porque nasceu Norma Jean e só depois virou um fenômeno."

Na exposição, estão desde os retratos mais famosos de Andy Warhol e Henri Cartier-Bresson até obras mais atuais, como as de Christian Polzer, que transformou o rosto da atriz em uma caveira.

"Os criadores dos retratos e a criatura já foram relidos de diversas maneiras", diz Comisoli. "Todos os dias são publicadas coisas inspiradas ou sobre ela."

Há ainda fotos clássicas como o ensaio de Douglas Kirkland, da revista "Look", com Marilyn deitada sob os lençóis brancos esbanjando sensualidade na cama.

Continua Folha de São Paulo