sábado, 18 de junho de 2011

Woody Allen é o mesmo de sempre

Luiz Zanin Oricchio - O Estado de S.Paulo

Até quem não gosta de Woody Allen tem gostado deste Woody Allen. Por que, teria ele errado a mão em Meia Noite em Paris? Nada disso. É o mesmo Woody de sempre, inventivo, engraçado, profundo. Quer dizer, um artista em sua maturidade, que não se cansa de escavar em seu inesgotável imaginário na busca de novas histórias para retrabalhar velhos temas.

Quem é muito ligado em novidades não nota isso. Novidades passam como o vento, e em geral é tudo bobagem. Nada fica. O velho e bom Allen permanece. Acontece que esse filme tem tanta leveza que mesmo gente ranzinza ou ávida pela última "grande obra" lançada pela indústria do entretenimento parece capaz de desfrutá-lo. O que é ótimo. Faltam humor e inteligência ao mundo.

E é com inteligência e humor que Allen trabalha em Meia Noite em Paris um conceito em aparência complexo: existe uma idade de ouro da humanidade ou ela é só construção mental de quem vive insatisfeito em seu próprio tempo?

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