Cara e coragem
Eduardo Graeff
eagorabr
Fui ver Quebrando o Tabu no mesmo dia em que o STF decidiu que é proibido proibir marchas a favor da legalização da maconha. Se decidisse o contrário, o tribunal teria que mandar proibir o filme de Fernando Grostein Andrade e, quem sabe, responsabilizar os participantes, inclusive Fernando Henrique Cardoso.
eagorabr
Fui ver Quebrando o Tabu no mesmo dia em que o STF decidiu que é proibido proibir marchas a favor da legalização da maconha. Se decidisse o contrário, o tribunal teria que mandar proibir o filme de Fernando Grostein Andrade e, quem sabe, responsabilizar os participantes, inclusive Fernando Henrique Cardoso.
Gostei muito do filme. Defende bem a mudança de enfoque sobre uso de drogas, da proibição para a redução do dano. É corajoso ao botar a mão num vespeiro ideológico e cauteloso ao mostrar que não há alternativas fáceis.
Uma satisfação extra para mim foi assistir FHC no auge da sua forma intelectual e moral. Ele poderia ficar curtindo os netos, como diz no filme, e recebendo homenagens. Preferiu assumir um risco responsável para ajudar os governos e as pessoas a lidar com o drama das drogas, ou pior, do fracasso da guerra às drogas.
O Brasil sente até hoje o bem que FHC fez de outra vez que saiu de sua zona de conforto, para encarar o problema da inflação. Agora o impacto da sua intervenção pode não ser tão decisivo, mas fará bem a todo mundo, no mundo todo.
Pelos meus netos, eu agradeço a ele e aos outros que se arriscam para quebrar o tabu e provocar uma discussão inteligente sobre alternativas de controle social das drogas.
Quem sabe eu tomo coragem e, agora que o STF decidiu que pode, apareço na próxima marcha. De cara limpa, ok, moçada?
Uma satisfação extra para mim foi assistir FHC no auge da sua forma intelectual e moral. Ele poderia ficar curtindo os netos, como diz no filme, e recebendo homenagens. Preferiu assumir um risco responsável para ajudar os governos e as pessoas a lidar com o drama das drogas, ou pior, do fracasso da guerra às drogas.
O Brasil sente até hoje o bem que FHC fez de outra vez que saiu de sua zona de conforto, para encarar o problema da inflação. Agora o impacto da sua intervenção pode não ser tão decisivo, mas fará bem a todo mundo, no mundo todo.
Pelos meus netos, eu agradeço a ele e aos outros que se arriscam para quebrar o tabu e provocar uma discussão inteligente sobre alternativas de controle social das drogas.
Quem sabe eu tomo coragem e, agora que o STF decidiu que pode, apareço na próxima marcha. De cara limpa, ok, moçada?
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