Os depoimentos, emocionados, recheados com imagens e o making off, foca na verdadeira saga enfrentada por eles para liberar o filme na Itália, os processos e as ameaças.
Por exemplo, a destruição dos negativos do filme, então já contrabandeados para a França, e a prisão dos protagonistas Marlon Brando e Maria Schneider, falecida esta semana.
Bertolucci lembra que na negociação com a chefe da Comissão de Censura italiana teve que cortar oito segundos da cena do primeiro encontro entre Paul e Jeanne. "Foi como cortar parte do meu corpo", compara o italiano.
O diretor acredita que as polêmicas e os envolvimentos coletivos que o projeto angariou levaram "O Último Tango" a fugir das mãos do diretor e adquirir vida própria. "Essa é a idéia que eu tenho de cinema", filosofa.
Os problemas enfrentados não ficaram restritos a Itália. No Brasil, assim como em vários países, o filme levou anos para ser liberado. Nos EUA, quando apresentado no Festiva de Nova York, foi vaiado e Bertolucci insultado, segundo ele mesmo conta.
Para o diretor, o que abriu caminho nos EUA a foi boa crítica assinada por Pauline Kael, da The New Yorker. "Foi como se ela liberasse os outros críticos para gostar do filme", acredita Bertolucci.
O documentário está dividido em cinco episódios, com os links abaixo. Direto no YouTube, pesquise por Bertolucci - Ultimo Tango a Parigi, Speciale
Parte um
Parte dois
Parte três
Parte quatro
Parte cinco
Nenhum comentário:
Postar um comentário