quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"Água para Elefantes"

Minha memória de circo é de garoto do interior. Eu vi elefante desfilando em carroceria de fenemê. Isso acontecia quando a companhia chegava, entrando na cidade rumo ao Forte D. Pedro II, onde começavam os trabalhos. Era para lá que fugiámos todos.

Tinha que ser escondido, na maioria das vezes. Naquela época, "aquele pessoal" de circo não era muito confiável. Libertinos, fumavam, bebiam, viviam em qualquer lugar, de qualquer jeito, resumindo, não eram bom exemplo.

Fui muito a circos, na minha cidade e em outras, maiores. Um circo que não esqueço é o Orlando Orfei. A esse tínhamos que viajar, pois Caçapava do Sul era, e é, uma cidade pequena e o Orfei, com uma grande e cara estrutura, não fazia bilheteria suficiente por lá. Minha sorte é que meu avô, além de cinema, adorava circo.

É assim que já estou aguardando o lançamento de "Água para Elefantes", baseado no livro Water for Elefhantes, da novelista norte-americana Sara Gruen, lançado em 2007. Um romance gostoso de se ler, inicialmente despretensioso, mas envolvente, com boas passagens dramáticas e um final surpreendente, para cima. Tipicamente americano, do norte.

Foto de Água para Elefantes
Conta a história de um menino, Jacob, que entra clandestino em um dos vagões do grande circo Irmãos Berzini, é descoberto, mas consegue ser admitido como veterinário dos elefantes. O adestrador e um dos astros do circo, August, autoritário e desumano, tem uma amante Marlena, tão jovem quanto Jacob. Fácil de imaginar o resto. 

Se o filme, com direção de Francis Lawrence e que tem Reese Witherspoon como Marlena, Roberto Pattinson, como Jacob e Christoph Waltz como August, ficar próximo do romance, já será um bom entretenimento. O lançamento por aqui está previsto para abril.

 

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