domingo, 15 de julho de 2012

Walter Salles acerta a mão em "Na Estrada"

Foto divulgação
O diretor Walter Salles acerta a mão e o olho na adaptação que José Rivera faz do livro "On the Road", de Jack Kerouac. Os dois são velhos conhecidos, pois o roteirista já havia adaptado o livro de Che Guevara, "Diário de Motocicleta", o outro filme do diretor.

Consta que "Diário…", inclusive, foi o filme que convenceu o cineasta Francis Ford Copolla, detentor dos direitos autorais do filme, a abrir mão da obra para a direção do brasileiro. 


O espírito de "On the Road", de Kerouac, vivido, portanto escrito, com muita benzedrina, café, álcool e maconha, está todo na película de Salles. Não há concessões do diretor ao mostrar o submundo de alucinações, irreverência, liberdade sexual, carências e desilusões, tudo junto ao mesmo tempo.

Retrata, com ambientação e cenários de primeira qualidade, a chamada "geração perdida" dos Beats, movimento libertário do final dos anos 40, início dos 50, e que influenciou todos os demais movimentos da contracultura posteriores, na América Latina e em outros continentes, no século passado.

O provocante "Na Estrada" não é entretenimento para quem fica incomodado com sexo, drogas e rock and roll. Quem viveu, no todo ou em parte, pode se reencontrar.



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