O Globo
Ícone ‘underground’, o diretor André Luiz Oliveira volta às telas enquanto uma nova geração se firma pela ‘ousadia plena’ nos filmes
RIO — Embora confesse incômodo com o termo "cinema marginal", o baiano André Luiz Oliveira lança o filme "Sagrado segredo", na próxima sexta-feira, ciente de que é encarado como um sinônimo vivo da expressão, comum a cineastas cultuados como Julio Bressane, Rogério Sganzerla, Andrea Tonacci e Neville D’Almeida.
Revelados no fim dos anos 1960, os ditos "marginais" formam uma corrente que, no auge da ditadura militar, nas franjas do AI-5, criou com pouco dinheiro e muito experimentalismo uma obra iconoclasta, sem dívidas políticas com a esquerda ou com a direita, preocupada em depurar uma linguagem de invenção. Graças a "Meteorango Kid — O herói intergalático" (1969), Oliveira virou ícone dessa tendência, cujo espírito transgressor vem inspirando produções das novíssimas gerações de diretores nacionais.
— Quem possibilitou o cinema de vanguarda e de desbunde no Brasil não foi a ditadura militar, foi o Tropicalismo. A ditadura era o paroxismo da estupidez.
Continua O Globo
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