sábado, 9 de junho de 2012

Ivan Lessa, o cinema também perde

O cinema aberto

Ivan Lessa
Colunista da BBC Brasil

Outro dia mesmo, eu andei falando aqui dessa zorra que está na moda por aqui para uns pouco londrinos novidadeiros.

Recapitulo para os que estão chegando atrasados, no escuro e sem lanterninha. Trata-se do The SecretCinema, ou, bem traduzindo, O Cinema Secreto. Simples. E complicado.

A pessoa, de bom gosto e alguns recursos, entra num site, ou sítio, com esse nome, se registra e fica aguardando o convite para o próximo espetáculo. Um filme e sua exibição.

Mas exibição é pouco. Trata-se de uma espécie de “cinema instalação”, como me deu na telha chamar.

O sócio recebe o aviso do dia, hora e local do acontecimento (lembram-se dos happenings? Lembra um pouco).
Você paga uns bons cobres para ver um bom filme em condições especiais. Muito especiais.

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O Cinema Secreto

Ivan Lessa
Colunista da BBC Brasil

Os melhores filmes foram aqueles que nós vimos garotos entrando sem pagar no cinema e matando aula.

Não me lembro de um único deles. Sei que não foram poucos. Este bonequinho estava sempre de pé batendo palma.

Em matéria de filme cult era o que havia. Discutia-se apenas com outros praticantes desta arte que não ousava dar suas caras ou oferecer seu nome.

Os outros filmes eram apenas filmes. Bons, maus, ruins. Mas filmes, apenas.

O cinema secreto – na verdade, não tinha ainda um nome – era pessoal e intransferível. Pura curtição.

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Liz: o apagar de uma estrela

Ivan Lessa
Colunista da BBC Brasil

Meados dos anos 40 e a MGM gostava de se alardear como tendo “mais astros e estrelas do que os céus”. Não estavam de todo errado.

Volta e meia há um pequeno item de cinejornal mostrando a comemoração dos 25 anos do estúdio do leão no ano de 1949. 

Busquem no YouTube sob o slogan citado no início. Tá todo mundo lá. Fila após fila, sorridente, uns com graça, outros não. E tome constelação: Clark Gable, Greer Garson, Ann Miller, Wallace Beery, Gene Kelly, Judy Garland, Mickey Rooney, Van Johnson, June Allyson, Lana Turner, Kate Hepburn, Spencer Tracy, Ava Gardner, Errol Flynn e a vista de gente já vai se turvando.

Claro que Elizabeth Taylor estava presente. Lena Horne, com a cara meio amarrada. Frank Sinatra, Betty Garrett. Pense em alguém que, na época, era alguém. Estava lá. Brilhando como se estivessem no tal céu de Hollywood.

Nada nem ninguém se promovia como a cidade à epoca chamada de “fábrica de sonhos”. Não é que era mesmo. Não canso de ver no sítio esse, o YouTube. Mais de 95% da turma subiu, pediu o boné, bateu com as 10.

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