Cantora, compositora, ceramista, tapeceira, folclorista e artista plástica foram algumas das profissões de Violeta del Carmen Sandoval (1917-1967), a chilena Violeta Parra. Mas, ainda assim, esse conjunto de artes seria ínfimo para definir uma das mulheres mais brilhantes da história das nações ao sul da América. Daí, acrescente-se que foi ela a fundadora da música popular do Chile.
Filha de camponeses - o pai professor de música e a mãe guitarrista e cantora, Violeta nasceu e conviveu com a miséria, superou as tragédias familiares e através das artes aprendeu a amar o seu país com um fervor tão nacionalista quanto anti-estadunidense, rejeitando com veemência o sistema capitalista.
"Violeta Foi Para o Céu", que abre hoje oficialmente a mostra competitiva do XXII Cine Ceará, coloca na tela, para o conhecimento dos espectadores, a história de Violeta Parra. Mas o seu realizador, Andrés Wood, nascido na área metropolitana da Capital chilena há 47 anos, não faz apenas a uma recapitulação ou biografia tradicional como seria conveniente para um filme coproduzido por três países (Chile, Argentina e Brasil) e rodado na Argentina e na França - e que, por isso mesmo, deveria preocupar-se em dar retorno financeiro a seus investidores. Deveria, mas nunca teve essa "preocupação", e, por isso mesmo, é um baita filme.
Desconstrução
Wood, ganhador de 16 prêmios internacionais e nomeado em outras 12 oportunidades por quatro dos seus cinco filmes anteriores, apenas preocupou-se em fazer de "Violeta Foi Para o Céu" uma obra que respirasse, respeitasse e fosse, em essência, Violeta Parra.
Uma criação distante em anos-luz das cinebiografias tradicionais de Hollywood. Para isso, o cineasta subverte o roteiro e a montagem numa desconstrução da narrativa clássica cronológica e com o tradicional começo, meio e fim. Wood faz, sim, um filme organicamente cronológico, mas despedaçado e unido pela fragmentação dos eventos e, principalmente, da narrativa. Uma concepção inovadora de como se contar uma história.
Filha de camponeses - o pai professor de música e a mãe guitarrista e cantora, Violeta nasceu e conviveu com a miséria, superou as tragédias familiares e através das artes aprendeu a amar o seu país com um fervor tão nacionalista quanto anti-estadunidense, rejeitando com veemência o sistema capitalista.
"Violeta Foi Para o Céu", que abre hoje oficialmente a mostra competitiva do XXII Cine Ceará, coloca na tela, para o conhecimento dos espectadores, a história de Violeta Parra. Mas o seu realizador, Andrés Wood, nascido na área metropolitana da Capital chilena há 47 anos, não faz apenas a uma recapitulação ou biografia tradicional como seria conveniente para um filme coproduzido por três países (Chile, Argentina e Brasil) e rodado na Argentina e na França - e que, por isso mesmo, deveria preocupar-se em dar retorno financeiro a seus investidores. Deveria, mas nunca teve essa "preocupação", e, por isso mesmo, é um baita filme.
Desconstrução
Wood, ganhador de 16 prêmios internacionais e nomeado em outras 12 oportunidades por quatro dos seus cinco filmes anteriores, apenas preocupou-se em fazer de "Violeta Foi Para o Céu" uma obra que respirasse, respeitasse e fosse, em essência, Violeta Parra.
Uma criação distante em anos-luz das cinebiografias tradicionais de Hollywood. Para isso, o cineasta subverte o roteiro e a montagem numa desconstrução da narrativa clássica cronológica e com o tradicional começo, meio e fim. Wood faz, sim, um filme organicamente cronológico, mas despedaçado e unido pela fragmentação dos eventos e, principalmente, da narrativa. Uma concepção inovadora de como se contar uma história.
Continua Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário