Moacir Santos |
por Gisele Teixeira, Aquí me quedo
Hoje, aos 69 anos cumpridos semana passada, Moacir é uma espécie de celebridade na capital argentina. Teve alta (ganha uma ajuda de custo para viver sozinho), acaba de estrear um documentário e de cumprir o sonho de todo o músico: gravar um disco.
O cd inclui 12 músicas, sendo oito delas composições próprias, que ele havia registrado quando chegou à Argentina e dava como perdidas. Entre elas, tangos, sambas, e boleros. Além de ótimas marchinhas!
O resgate – das músicas e da vida – veio pelas mãos do cineasta Tomás Lipgot, que descobriu Moacir ainda em sua fase de internação, quando filmava outro documentário no Borda.
O brasileiro chamou a atenção do diretor por seu talento, mas também por sua doçura e bom humor. Lipgot decidiu então ir atrás das partituras que ele dizia ter registrado. Estavam lá.
Fizeram um trato. Se Moacir gravasse um disco, Lipgot faria um filme sobre a sua vida. E fez. O documentário é isso, o dia a dia do Moacir, sua personalidade, seu humor e a epopéia da gravação, que teve como padrinho o músico Sergio Pángaro.
O filme começa a ser apresentado no Brasil mês que vem, em Porto Alegre, no Festival de Verão do RS e, se tudo der certo, vai circular por todo o país. Não deixem de assisti-lo!
Por aqui, é o maior sucesso. Tanto é que as apresentações no Malba agora incluem um petit show no final. Moacir ao vivo.
No filme, tem uma hora que Pángaro profetiza: a Marcha do Travesti vai pegar! Não deu outra. Terminado o documentário a gente sai com o tema na cabeça. “Zazá, Zezé, Zuzu. Não precisa dizer mais nada”. É a marchinha do Carnaval de 2012 em Buenos Aires.
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