quinta-feira, 15 de novembro de 2012

'Era Uma Vez Eu, Verônica' consagra Hermila

Marcelo Gomes oferece papel sob medida para Hermila Guedes 

Diretor fala de mulheres em 'Era Uma Vez Eu, Verônica' , que estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 15

O Estado de São Paulo

Parece um filme de Karim Aïnouz. O que poderia ser recebido como ofensa por outro autor não altera nem um pouco o humor de Marcelo Gomes. “A gente trabalha junto, como roteirista e até codiretor. E ainda tem a Hermila (Guedes). São tantas afinidades. Mas só parece dele, viu? O filme é nosso.”

E Gomes usa o plural, para se referir à parceria com a atriz de O Céu de Sueli. Hermila é a alma de Era Uma Vez Eu, Verônica. Gomes faz outra observação pertinente, quando o repórter reclama. O filme ganhou os principais prêmios de Brasília, mas não o Candango de melhor atriz. “O prêmio para ela já estava implícito no Candango de melhor filme. Hermila fez um trabalho precioso de coautoria.”

Marcelo Gomes acaba de completar (em 28 de outubro) 49 anos. Começou no curta, com Maracatu, Maracatus e Clandestina Felicidade, colaborou no roteiro de Madame Satã (de Karim Aïnouz) e, em 2005, há sete anos, fez o filme que pode muito bem ser considerado o melhor do cinema brasileiro desde a chamada Retomada - Cinema, Aspirinas e Urubus. Um filme centrado em personagens masculinos. Depois veio, de novo em parceria com Aïnouz, a codireção de Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo, outra voz masculina (a de Irandhy Santos, que nunca aparece, a ponto de poder ser identificado). Dois filmes com e sobre homens e agora uma investigação do feminino.

Continua O Estado de SP





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