Lamarr em "Êxtase", 1933 |
Atriz, conhecida como “a mulher mais bonita do mundo”, criou tecnologia usada na telefonia móvel
O Globo
RIO - Louis B. Mayer, o magnata dos estúdios MGM, a chamava de “a garota mais bonita do século”. Mas, para a diva Hedy Lamarr, estrela do clássico hollywoodiano “Sansão e Dalila” (1949), ser bela era pouco. Ela tinha que ter atitude também. Não foi à toa que a glamourosa atriz foi escalada para protagonizar aquela que é considerada a primeira cena de um orgasmo feminino no cinema, no filme “Êxtase” (1933). Linda e transgressora, Hedy tinha uma inteligência fora do comum e criou um mecanismo de comunicação que serviu de base para a telefonia celular. Isso apesar de alguns críticos acreditarem que era uma intérprete medíocre e burra. Puro engano.
Nascida em Viena, a estrela de Hollywood que teria completado 99 anos ontem, casou seis vezes e teve três filhos. Mas a atriz, musa e mãe ainda arrumava tempo para se dedicar a projetos científicos. Tanto que criou o “frequency hopping”, sistema que evita a interceptação de mensagens e é usado também nas redes wireless e no GPS. O livro “Hedy's Folly”, escrito por Richard Rhodes e lançado no fim do ano passado nos Estados Unidos, revela detalhes sobre a tecnologia e sua criadora.
— A técnica que ela criou permite que o emissor fique transmitindo em frequências variadas, e evita que terceiros consigam captar a informação. Isso foi usado na comunicação de guerra e mais tarde nos sistemas celulares GSM, CDMA, e até mesmo no 3G — explica o presidente da Teleco, Eduardo Tude.
O interesse de Hedy pela ciência começou quando, ainda menina, ela acompanhava o pai, que era banqueiro, em longas caminhadas, absorvendo explicações sobre como funcionavam prensas de impressão, bondes e outras maravilhas modernas. Mas, em vez de seguir uma carreira técnica, Hedy se tornou atriz.
Continua O Globo/Ela
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