sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

As gaivotas de Hitchcock


 Foto de Philippe Halsman.
Alfred Hitchcock durante as
filmagens de The Birds, 1962.
LONDRES - Demorou 50 anos, muito menos do que a duração de um de seus mais famosos filme de suspense, mas o mistério mais duradouro de Alfred Hitchcock parece ter finalmente sido desvendado. Cientistas da Universidade do estado da Lousiana, nos Estados Unidos, anunciaram a razão pela qual milhares de gaivotas cometeram suicídio em toda a costa nordeste da Califórnia no verão de 1961. Uma equipe de biólogos marinhos explica que os animais foram envenenados.

A misteriosa morte das aves entre casas da Baía de Monterey, no Sul de São Francisco, foi uma das maiores inspirações para o filme de Hitchcock de 1963 “Os pássaros” (The Birds). Agora, Na última edição da revista “Nature Geoscience”, os pesquisadores afirmaram que o estômago das gaivotas e de tartarugas coletadas naquele período tinha quantidades incomuns de uma toxina que causa danos ao sistema nervoso chamada de ácido domóico.

Esta toxina provavelmente veio de anchovas e lulas que teriam sido ingeridas pelos pássaros, uma vez que fazem parte da dieta deles, causando danos no cérebro das gaivotas. Em situações mais severas, o ácido domóico deixaria as aves confusas, levando a convulsões e morte.

Sibel Bargu, que coordenou a pesquisa, explicou que a substância foi encontrada em 70% dos plânctons ingeridos pelas anchovas e lulas. Depois de um curto período, a toxina poderia ter chegado a concentrações fatais para os predadores que as ingeriram.

Apesar desta teoria já ter sido citada como uma explicação potencial para a mortandade de gaivotas de 1961, Bargu afirma que não havia provas diretas, obtidas agora pelos cientistas.

- As amostras de plânctons de 1961 estavam contaminadas por um toxina – escreveu a pesquisadora Bargu. - Esta toxina foi responsável pelo frenesi de pássaros que motivou o filme de Hitchcock.

Continua O Globo


sábado, 24 de dezembro de 2011

100 anos do célebre Nino Rota

Os 100 anos de nascimento de Giovanni Rota Rinaldi, ocorrido em Milão, em 3 de dezembro de 1911, foi lembrado este mês pelos fãs de cinema, particularmente da união música-filme, as conhecidas trilhas sonoras.

Ao lado de Ennio Morricone, outro italiano genial nessa arte nascida com o cinema mudo e que precedeu o que hoje vemos e ouvimos nas telas, Nino Rota como ficou conhecido foi um célebre compositor de músicas para filmes de vários diretores, como os também italianos Federico Felline, Luchino Visconti e Franco Zeffirelli.



Em Hollywood seu talento foi reconhecido e premiado pela parceria que teve com o norte-americano Francis Ford Coppola e que resultou talvez nas suas trilhas sonoras mais conhecidas feitas para a série "O Poderoso Chefão".

Naquele ano, 1972, "Godfather" o levaria à indicação do Oscar, e também para contribuir com o folclore desse prêmio quando a Academia descobriu que a trilha era um plágio de outra feita 20 antes, pelo próprio Rota. Nada mais italiano. Desclassificado com o primeiro "O Poderoso Chefão" levou a estatueta pelo segundo.

Com Fellini, o compositor foi autor de célebres clássicos, para “La Dolce Vita”, “Oito e Meio”, “Amarcord”, em uma lua de mel que durou cerca de 30 trilhas sonoras. Dá para dizer que a obra felliniana é indissociável a de Nino Rota.



Pedro Maciel Guimarães, crítico e doutor em cinema pela Sorbonne Nouvelle, diz que Rota tinha em suas músicas da leveza de Charles Chaplin até o expressionismo alemão de Kurt Weill. Misturava o clássico, o popular folclore italiano, gêneros dançantes ou circenses.
Da parceria com Zeffirelli, no final da década de 60, surgiu outro clássico que caiu no gosto popular, juntamente com o filme, que foi o tema de "Romeu e Julieta".  



Rota, filho e neto de músicos, começou a carreira muito cedo, consta que com 11 anos já escrevia peças para orquestras, quando mudou-se para Roma, onde estudou no conservatório de Santa Cecília. Faleceu em 1979.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Para crianças e adultos

"Compramos um Zoológico" (We Bought a Zoo), o primeiro filme de ficção de Cameron Crowe, se baseia no best-seller autobiográfico do jornalista britânico Benjamin Mee, e reconta a época em que comprou uma acabada mansão de 12 dormitórios no sudoeste da Inglaterra, cujo terreno incluía o Dartmoor Wildlife Park, uma destruída reserva ambiental que servia de lar para mais de 200 animais selvagens.

Ao mesmo tempo em que conseguiu reabilitar o zoológico, a família sofria com a doença da esposa do jornalista, diagnosticada com um câncer.

No filme, Matt Damon faz o jornalista, pai de dois filhos que tenta reconstruir a vida da família no zoológico. Scarlett Johansson, Thomas Haden Church, Elle Fanning, J.B. Smoove e Patrick Fugit também estão no elenco, entre outros.

O roteiro foi adaptado por Aline Brosh McKenna, indicada ao Oscar por O Diabo Veste Prada. A trilha sonora do filme está a cargo de Jónsi, líder do Sigur Rós.

Compramos um Zoológico estreia nos EUA e no Brasil em 23 de dezembro.

Informações do UOL/Omelete

sábado, 17 de dezembro de 2011

O Oscar de Orson Welles, por Ruy Castro

São Paulo, sábado, 17 de dezembro de 2011Opinião


Ruy Castro

Boneco cego


RIO DE JANEIRO - O Oscar que Orson Welles ganhou em 1941 pelo roteiro de "Cidadão Kane" vai a leilão semana que vem em Los Angeles. O lance mínimo é de US$ 1 milhão. Para quem é rico e do ramo, deve ser barato. Foi o único Oscar que "Kane" recebeu, dos nove a que foi indicado, e o único que Orson levou por um filme, e olhe que dividido com Herman J. Mankiewicz.

Não é de hoje que o Oscar vai ao cinema e não enxerga nada. Para o boneco, o melhor filme de 1941 foi "Como Era Verde Meu Vale", de John Ford, e o melhor ator, Gary Cooper, por "Sargento York". Com todo o respeito por Ford e Cooper, inclusive nesses filmes, hoje parece inacreditável que "Kane" e Welles não tenham ficado com os ditos Oscars.

O filme seguinte de Orson, "Soberba", também foi indicado entre os melhores de 1942, mas perdeu para o correto, quadrado e apenas oportuno "Rosa de Esperança", drama de guerra de William Wyler. Derrota discutível, embora, naquele ano, nenhum dos dois se comparasse a "Contrastes Humanos", de Preston Sturges, nem sequer cogitado. E, mais até do que o magnífico George Sanders em "A Malvada", era Orson, no papel de Harry Lime, quem merecia ser o melhor ator coadjuvante de 1950, por "O Terceiro Homem".

O caso mais escandaloso, no entanto, foi o de "A Marca da Maldade", ignorado de alto a baixo em 1958 e pelo qual Welles deveria ter ganhado, no mínimo, os Oscars de melhor filme, diretor e ator -os quais couberam, respectivamente, ao musical "Gigi", ao diretor deste, Vincente Minnelli, e a David Niven por "Vidas Separadas". E por que a estatueta de ator coadjuvante em 1959 coube a Hugh Griffith por "Ben-Hur", e não a Orson no papel do advogado em "Estranha Compulsão", de Richard Fleischer?

Pensando bem, talvez US$ 1 milhão seja muito dinheiro por um boneco cego.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Trailers de alguns lançamentos em 2012











A Política em Dois Tempos

Começa a circular comercialmente hoje, em algumas cidades brasileiras, o curioso documentário do pernambucano Marcelo Brennand, sobre campanhas eleitorais no interior do País, "Porta a Porta, A Política em Dois Tempos".

Realmente um inesgotável filão de roteiros, mas, e infelizmente, pouquíssimo explorado pelo cinema nacional.

O documentário mostra como são feitas as campanhas eleitorais no interior do nordeste. Brennand escolheu a campanha para prefeito e vereador de 2008 em Gravatá, cidade de aproximadamente 80 mil habitantes, em Pernambuco, e durante três meses mergulhou nos bastidores de uma prática política que se tornou um meio de sobrevivência no mais variados rincões brasileiros. 

Em 90 dias, o dinheiro aparece em Gravatá e as pessoas passam a orbitar em torno das passageiras estruturas dos candidatos, eventualmente dos partidárias mais organizados, independente de ideologias ou propostas. Normalmente, vale mais votos nas urnas quem paga mais. Nada mais do que realmente é a nossa pobre política rica.



quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A trilogia Millenium - por Ana Maria Bahiana

foto Jonathan Short/AP
Para os fãs da trilogia Millenium o que vou dizer a seguir é o equivalente a uma blasfêmia, mas lá vai: o principal efeito do impacto visual da versão David Fincher de Homens Que Não Amavam as Mulheres é revelar o quanto a história é, em essência, capenga.

A versão original, de 2009, dirigida por Niels Arden Oplev, era tão …humm… sueca que os altos e baixos da história se diluíam entre imagens de pitorescas festas de Natal com almôndegas, prisões que pareciam uma loja de design, e campos de neve pontuados por pinheiros, onde de vez em quando algo violento ou sinistro se insinuava quase que pedindo desculpas.

David Fincher arromba o universo de Stieg Larsson  com uma versão épica da história de Mikael Blomkvist, o jornalista investigativo caído em desgraça (Daniel Craig), Lisbeth Salander, a cyber punk com um passado de dor e vingança  (Rooney Mara) e a família milionária numa ilha na costa da Suécia, na qual metade tem um passado nazista e a outra metade tem mais esqueletos no armário que  faculdade de medicina.

Fincher é mestre em criar ambientes que transcendem imagens: tudo é maior, mais ameaçador, mais espetacular, mais rápido, mais explícito. A ilha dos milionários é o inferno da mitologia nórdica: isolado, gelado, sem saída, pontuado de sangue. A trillha de Trent Reznor é deliciosamente sinistra e frígida. E Rooney Mara… ah! Rooney Mara! Sua Lisbeth Salander faz justiça à genial criação de Noomi Rapace no filme sueco, mas é um riff pessoal na personagem. Há uma fragilidade mais claramente expressa em seus olhos, nos seus gestos. É uma combinação fascinante de extrema dureza, raiva absoluta e um oceano de emoções puras por baixo de tudo.

Continua UOL

domingo, 11 de dezembro de 2011

Prêmio Glauber Rocha, em Cuba

HAVANA, 10 dez 2011 (AFP) -O filme cubano "Habanastation", que disputa uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, ganhou o prêmio Glauber Rocha, concedido pela imprensa estrangeira no XXXIII Festival de Cinema de Havana, informou neste sábado a agência de notícias cubana Prensa Latina.

Ao premiar o filme do cineasta cubano Ian Padrón, de 35 anos, o juri destacou "como com poucos recursos" o diretor conseguiu mostrar "a realidade social cubana de um ponto de vista humano, com um ar de otimismo e esperança", ressaltou a agência, que patrocina o prêmio.

O filme já foi visto por mais de um milhão de pessoas em Cuba este ano e ganhou em julho o Prêmio de Melhor Filme de Ficção do Festival de Traverse City, em Michigan, norte dos Estados Unidos, organizado pelo cineasta americano Michael Moore. Mais UOL

Abaixo, versão completa do filme, com 1'35"




Festival de Havana termina hoje

Havana, 10 dez (Prensa Latina) O Festival de cinema de Havana chega hoje a seu penúltima fase com a entrega dos prêmios colaterais e a projeção especial da cópia restaurada de Metrópoles, o clássico de Fritz Lang.

Considerada pelos especialistas como o filme mais caro da história do cinema alemão, a nova versão incorpora 25 novos minutos achados em 2008 no Museu de Cinema Pablo Ducrós Hicken de Buenos Aires.

Além dos prêmios colaterais, se anunciará o filme ganhador no apartado de pós-produção Nossa América Primeira Cópia, uma iniciativa auspiciada pela Aliança Bolivariana para os Povos de América (Alba).

Por esse galardão, instaurado em 2008, concorrem sete obras de cinco países, entre as que figuram a argentina La despedida, de Celina Murga, e a chilena Miguel San Miguel, de Matías Ignacio Cruz Slater.

Embora o festival está pronto para concluir, ainda abundam as propostas para todo tipo de público. Entre as longa-metragens em concurso que voltarão a se projetar se encontra a argentina Um conto chinês, que aponta forte ao prêmio da popularidade.

Também a colombiana Porfirio, de Alejandro Landes; a mexicana Miss Bala, de Gerardo Laranjeira; o brasileira Redemoinho, de Helvecio Marins Jr. e Clarissa Campolina, e a chilena Bonsai, de Cristian Jiménez.

Depois de uma primeira projeção à imprensa ontem, o filme Sete dias em Havana, na que debuta como realizador o ator Benicio del Toro, voltará hoje aos cinemas em prestreno exclusivo para o público de Havana.

Em conferência de imprensa, Del Toro declarou que se sentiu feliz de trabalhar com uma equipe tão unida. Se tivesse a oportunidade de dirigir outra vez, o faria se encontrasse a uma equipe como este, disse.

Produzida pelas companhias Morena Filmes (Espanha) e Full House (França), o filme tenta uma foto de Havana contemporânea, através de sete olhos diferentes de igual número de diretores como o francês Laurent Cantet, o argentino Pablo Trapero e o espanhol Julio Medem.

A equipe de atores juntou a vários nomes internacionais como o alemão Daniel Bruhl, o estadunidense Josh Hutcherson e o diretor sérvio Emir Kusturica, quem se interpreta a ele.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

"The Artist" ganha a crítica de NY

Por Chris Michaud

NOVA YORK (Reuters) - O Círculo de Críticos Cinematográficos de Nova York escolheu nesta terça-feira o filme mudo "The Artist" como o melhor do ano, e concedeu prêmios também a Meryl Streep e Brad Pitt.

Michel Hazanavicius foi eleito melhor diretor por "The Artist", filme em preto e branco sobre a transição do cinema mudo para o falado em Hollywood, no final da década de 1920, mostrando o impacto disso para a vida de um ator.

Nesse drama romântico, um casal interpretado por Jean Dujardin e Berenice Bejo está em momentos distintos da sua trajetória profissional - ela em ascensão, ele em decadência.

O filme começou a chamar a atenção nos festivais deste ano, e recebeu críticas positivas. Com o prêmio de terça-feira, "The Artist" se credencia para o Oscar, a ser entregue em fevereiro.

Streep recebeu o prêmio de melhor atriz da associação de críticos por seu papel em "The Iron Lady", em que ela interpreta a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher. Pitt foi citado por dois papéis - "O Homem que Mudou o Jogo" e "A Árvore da Vida."

Continua Reuters

Pré-Oscar nos EUA


‘A árvore da vida’ e ‘Toda forma de amor’ levam o Gotham Independent Film Award


RIO - Entregue nesta segunda-feira em Nova York, num empate entre "A árvore da vida" ("The tree of life"), de Terrence Malick, e "Toda forma de amor" ("Beginners"), de Mike Mills, o Gotham Independent Film Award antecipou a largada para a temporada de prêmios que movimentam a indústria cinema americana entre dezembro e fevereiro, anualmente, conforme Hollywood prepara a chegada do Oscar. 




Criado há 20 anos para prestigiar produções independentes, o Gotham incluiu a atriz Natalie Portman em seu júri deste ano. E coube a ela anunciar, num vídeo produzido para justificar a decisão dos jurados, que foi impossível para seus pares optar por um só vencedor na categoria melhor filme frente a duas propostas estéticas tão diferentes.



Popularizado graças ao desempenho de Christopher Plummer no papel de um septuagenário que assume sua homossexualidade após a morte da mulher, a comédia romântica "Toda forma de amor" saiu da festa do Gotham Awards ainda com um prêmio coletivo para seu elenco. Estão em cena Mélanie Laurent, Goran Visnjic e Ewan McGregor, que arrebata elogios dos críticos no papel do filho conservador de Plummer.

Melhor direção para Dee Rees

Ganhador da Palma de Ouro em Cannes, em maio, o drama metafísico de Malick sobre a relação de um homem (vivido por Sean Penn e por Hunter McCracken quando menino) com seu pai opressor (Brad Pitt) dispara nas listas dos melhores filmes de 2011 feitas por associações de críticos de diferentes estados dos EUA.

Continua O Globo

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Cine Fest Brasil Buenos Aires 2011

por Gisele Teixeira, Aquí me quedo

Começa dia 24 a quarta edição do Cine Fest Brasil – Buenos Aires, com a projeção de filmes brasileiros inéditos na capital argentina.

Este ano serão 13 longas e 12 curtas e sete diretores convidados: Toniko Melo (Vips), Flavio Frederico (Boca do Lixo), Malu de Martino (Como Esquecer), Rosane Svartman (Desenrola), Silvio Guidane (Broder), Izabel e Ernesto (Elza) e Charly Braun (Alem da estrada).

Fora da competição está PATAS PARA ARRIBA (De Pernas Pro Ar), de Roberto Santucci. Todos serão exibido nos cinemas do Village Recoleta.

A lista, com horários e sinopse, está AQUI.

Estou louca para ver o documentário ELZA.


Inquérito da morte de Natalie Wood reaberto

Por Dan Whitcomb
LOS ANGELES (Reuters) - Os investigadores encarregados de investigar homicídios vão reabrir o inquérito sobre a morte da atriz Natalie Wood, ocorrida em 1981, por causa da novas informações recebidas, disse o Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles na quinta-feira.
Wood foi encontrada morta, aos 43 anos, boiando numa baía da ilha Catalina. Na época, os legistas concluíram que se tratou de um afogamento acidental.
A estrela de "Rebelde Sem Causa" e "Amor, Sublime Amor" havia passado a noite anterior jantando e bebendo na ilha e em um iate na companhia do marido, o astro televisivo Robert Wagner, e do ator Christopher Walken.
Há 30 anos pairam dúvidas sobre a morte repentina da atriz, e parentes já haviam pedido anteriormente às autoridades que reavaliassem as conclusões originais.
"Recentemente, os investigadores de homicídios do condado foram contatados por pessoas que declararam ter informações adicionais sobre o afogamento de Natalie Wood Wagner", disse o departamento em nota, sem explicar quais informações eram essas. Uma entrevista coletiva foi marcada para a manhã desta sexta-feira (hora local).
Mas Lee Baca, o xerife, disse ao jornal Los Angeles Times que os detetives desejam conversar com o capitão do iate Splendor sobre declarações que ele prestou a propósito do 30o. aniversário da morte de Natalie.
Citando fontes anônimas, o Times informou também que o departamento do xerife recebeu uma carta anônima dizendo que o capitão tinha novas lembranças sobre o caso.
Continua Reuters

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sete filmes considerados ótimos pela crítica

Para quem quer aproveitar o feriadão com películas de qualidade, o Guia da Folha de São Paulo selecionou alguns filmes considerados ótimos pela crítica:

Filhos de João, Admirável Mundo Novo Baiano

Um panorama da Música Popular Brasileira dos anos 1960 e 1970 por meio da trajetória do revolucionário grupo Novos Baianos. Mais informações



O Homem que Amava as Mulheres

A vida do ícone musical francês Serge Gainsbourg, que cresceu em uma Paris ocupada por nazistas e viveu o sucesso na década de 1960. Mais informações



Hubble 3D

Imagens em Imax 3D feitas no espaço durante o conserto do telescópio Hubble. Mais informações



Melancolia

Dividido em duas partes, o filme apresenta duas irmãs, a festa de casamento de Justine e o medo de Claire que o planeta Melancolia atinja a Terra. Mais informações



A Pele que Habito

Robert Ledgard é um cirurgião plástico obcecado em criar uma pele artificial desde que sua mulher morreu queimada. A cobaia é uma garota que tem a chave para a sua obsessão. Mais informações



Vincere

O drama retrata uma parte da vida pouco conhecida do ditador italiano Benito Mussolini: seu relacionamento com Ida Dalser e o filho que tiveram juntos.Mais informações




Vocês, os Vivos

Com a câmera estática, o diretor filma 57 vinhetas sobre personagens de Estocolmo que falam sobre conquistas, ansiedades e sofrimento; em comum, todos demonstram um ar solitário. Mais informações

sábado, 5 de novembro de 2011

Atriz teve que filmar beijo 16 vezes

A atriz Carey Mulligan, 26, teve que filmar 16 vezes uma cena em que beijava Johnny Depp porque estava nervosa demais.

"Eu tive que beijá-lo muitas vezes", contou em entrevista ao programa Graham Norton Show. "Foram 16 vezes, mas acabou sendo cortado do filme porque eu parecia muito constrangida."

"Eu estava beijando Johnny Depp e fiquei nervosa demais", confessa.

Mais, na Folha.com

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Festival de cinema holandês, em Buenos Aires


por Gisele Teixeira, Aquí me quedo

O Teatro San Martin (meu preferido na cidade) apresenta este fim de semana o Festival de Cinema Holandês em Buenos Aires.

São 11 curtas e 5 longas, em sua maioria inéditos na Argentina, que dão conta da diversidade, qualidade e inovação do cine holandês nos últimos dez anos.

Um dos filmes mais esperados é Simon (2004), dirigido por Eddy Terstall, e ganhador de 7 prêmios internacionais. A película aborda a eutanásia, o matrimonio entre pessoas do mesmo sexo e o consumo de drogas.

Tudoaomesmotempoagora.

Depois do filme, o diretor participa de um debate sobre Morte Digna, em que se discutira sobre a eutanásia com o deputado Jorge Rivas, impulsor de lei sobre o mesmo tema no Congresso.

Só tem caído tema de morte na minha mão!!!

Os filmes serão apresentados até o dia 7, na sala Leopoldo Lugones, com entrada a 12 pesos para o publico geral e 5 pesos para estudantes e aposentados.

Deixo abaixo o trailer de Simon (não encontrei o trailer legendado, nem em inglês) e também de Forever (2006), de Heddy Honigmann, rodado no cemitério parisino de Père Lachaise.





"A Pele que Habito", crítica por Inácio Araujo

                                   São Paulo, sexta-feira, 04 de novembro de 2011

 
cinema

CRÍTICA TERROR

Almodóvar se deixa ser sombrio sem abandonar cores vivas

"A Pele que Habito" traz Antonio Banderas em atuação soberba como cirurgião plástico obcecado pela mulher

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

À primeira vista, o novo filme de Pedro Almodóvar é uma costura de vários momentos do cinema.
Pensa-se em David Cronenberg no início, quando nos vemos diante de um tão célebre quanto sombrio cirurgião plástico, o dr. Ledgard (Antonio Banderas), que faz experiências delirantes em matéria de transplantes de pele.
Pensa-se, a seguir, no terrível dr. Phibes, obcecado pela ideia de dar vida, novamente, a sua querida mulher. Não é outro, aliás, o problema de Ledgard: reencontrar sua mulher, morta depois de um terrível acidente.
Para não fugir às convenções do gênero, trata-se de reconstruir um corpo a partir de outro: há um tanto de Frankenstein aí.
Ainda se pode acrescentar que Banderas está com a cara de Dana Andrews de "Suplício de uma Alma" (1956): soturno (e soberbo, esta é talvez sua melhor aparição no cinema em muitos anos).
Mas todas essas referências apenas enunciam o trabalho de bricolagem que o autor espanhol realizou.
Esse é o fundamento de "A Pele que Habito": a identidade, por um lado, o corpo mutante, por outro. O que não exclui nada, começando pela revolucionária pele sintética criada por Ledgard.
Se Ledgard aceita por princípio que o corpo é transformável, graças a sua pele sintética, para começar, é porque não reconhece nenhuma existência intrínseca a ele.
O eu que habita essa pele é vazio: a pele define não apenas a aparência, mas tudo o que nós somos.
A partir desse reconhecimento, algo se apresenta de maneira sólida: é um universo de terror o que se evoca.

Continua na Folha.com para assinantes



Almodóvar e mais oito estreiam hoje

Nove longas entram em cartaz nesta sexta-feira (4) nos cinemas de São Paulo. Entre eles, "A Pele que Habito", novo longa do espanhol Pedro Almodóvar, e os norte-americanos "O Preço do Amanhã" e "Tarde Demais".

"A Pele que Habito", que tem Antonio Banderas, Elena Anaya e Marisa Paredes no elenco, conta a história de Robert Ledgard, um cirurgião plástico obcecado em criar uma nova pele, resistente a mosquitos e a fogo.

Vera é sua cobaia. Prisioneira de Robert, ela tem seu corpo completamente modificado graças à busca do cirurgião pela perfeição.

Mais detalhes na Folha.com

















terça-feira, 25 de outubro de 2011

CINEJ@RNAL: Shakespeare, bêbado e analfabeto

@ Homosexualismo na ilha de Fidel 

Numa cena de Cuba Libre, documentário de Evaldo Mocarzel que passa hoje na Mostra, Rodolfo García Vasquez e Ivam Cabral, do grupo Satyros, entrevistam dois cubanos. Os caras são gays e fazem uma radiografia da homossexualidade na ilha de Fidel Castro. Recentemente, o próprio comandante pediu desculpas aos gays pelas perseguições que sofreram em Cuba. Um dos entrevistados define sua opção pela homossexualidade como um ato revolucionário. 

"Diziam que era errado ter relações com pessoas do mesmo sexo. Fiz para desobedecer." E ele acrescenta que Cuba vive um momento excepcional - nunca, como hoje, houve tanta liberdade para criticar. No cinema, no teatro, nas artes visuais. Mais Estadao.com.br 

@ Cinco motivos para rever clássicos 

A programação da 35ª Mostra de Cinema de São Paulo --que exibe mais de 250 filmes até 3 de novembro-- inclui sessões de vários clássicos. 

Em meio a uma enxurrada de recentes produções, veja, abaixo, cinco bons motivos para rever produções como "Taxi Driver", "1900", "Laranja Mecânica", "La Dolce Vita" e "O Leopardo". Mais UOL 

@ Brega é chique 

Tema por excelência da chamada música brega -ou "popular", como preferem os seus trovadores-, a dor de cotovelo ganhou um filme para chamar de seu. 

"Vou Rifar Meu Coração" é um dos destaques da nova safra de documentários musicais brasileiros que a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo traz nesta 35ª edição. Outros seis filmes no evento também têm a música como fio condutor. Mais Folha.com 

@ "Rock Brasília" é um filmaço 

"Rock Brasília" é um filme inesperado. Para um documentário que, como o próprio nome indica, trata de rock, tem muito pouco rock em sua trilha sonora. Ao traçar a trajetória de três bandas _ Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude _ que foram criadas na Capital Federal na virada dos anos 70 para os 80 do século passado, o cineasta Vladimir Carvalho optou por dar realce aos depoimentos dos integrantes desses grupos. Assim, não há um só rock inteiro tocado no filme. Mais Blog do Xexéo 

@ Shakespeare, bêbado e analfabeto 

Londres, 25 out (EFE).- O longa-metragem 'Anonymous', que questiona a autoria de William Shakespeare e o descreve como um ator bêbado e analfabeto, suscitou polêmica no Reino Unido depois de sua estreia nesta terça-feira no Festival de Cinema de Londres. 

Dirigido pelo alemão Roland Emmerich e protagonizado por Rhys Ifans e Vanessa Redgrave, o filme enfureceu a Fundação Shakespeare Birthplace, que optou por uma resposta drástica, retirando o nome do autor dos cartazes da cidade em protesto contra o que considera 'uma manipulação da história e da cultura inglesa'. Mais G1 

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A história do cinema: Estados Unidos


POR SCOTT FOUNDAS *


Uma verdadeira história de amor liga a América e a França: as Luzes, a Estátua da Liberdade, Jerry Lewis… Por conseguinte, não é de surpreender que os filmes americanos tenham revelado uma presença significativa na Croisette desde o início do Festival de Cannes. A primeira edição do Festival, em 1946, teve tudo de um anus mirabilis para Hollywood, já com oito produções americanas nos 44 filmes “em competição”, dos quais Meia Luz de Cukor, Difamação de Hitchcock, Farrapo Humano de Wilder (um dos nove filmes que partilharam o primeiro Grande Prémio do Festival, a mais alta distinção da altura) e Música, Maestro de Walt Disney, que marcou o início de uma longa tradição de filmes de animação na Selecção Oficial. Coincidência ou não? Nesse mesmo ano, o histórico acordo Blum-Burnes abriu os cinemas franceses a mais produtos americanos. Vive les États-Unis!*




Se Cannes tivesse começado em 1939, conforme previsto antes de a Segunda Guerra Mundial ter impedido esse projecto, O Feiticeiro de Oz e Pacific Express de Cecil B. DeMille teriam feito parte da primeira programação, entre outros tesouros deste grande ano da história de Hollywood. Quando uma Palma de Ouro de 1939 foi tardiamente atribuída em 2002, coube justamente ao filme de DeMille. Mas Cannes chegou amplamente cedo para aproveitar a Idade de Ouro de Hollywood...

    Crossfire                                  Um Americano em Paris       

Durante os finais dos anos 40 e início dos anos 50, os filmes provenientes de estúdios de prestígio e rodados por realizadores como Edward Dmytryk (Crossfire, O Fim da Aventura), Vincente Minnelli (Folias Ziegfeld, Um Americano em Paris) e William Wyler (História de um Detective, Sublime Tentação) chegaram à competição ao lado de um número surpreendente de filmes de género e de films noirs comoActo de violência (1948) de Fred Zinnemann e Nobreza de Campeão(1949) de Robert Wise, o tipo de filmes que os Franceses foram historicamente os primeiros a levar a sério. Após três anos agitados de produção, Othello, realizado de forma independente por Orson Welles, recebeu o Grande Prémio em 1952. No mesmo ano, Marlon Brando e Lee Grant receberam respectivamente os Prémios de interpretação masculina e feminina (para Viva Zapata! de Kazan e História de um Detective). Em 1953, o grande John Ford fez a sua única aparição em Cannes com O Sol Nasce Para Todos. Em 1955, o Grande Prémio recebeu o nome de Palma de Ouro. Foi entregue a Marty, de Delbert Mann, que ia tornar-se no primeiro de 14 filmes americanos a receber este troféu tão cobiçado, fazendo dos Estados Unidos o país com mais palmas do mundo. 





No momento em que a indústria cinematográfica francesa conhecia, em finais dos anos 50, as gigantescas mudanças induzidas pelos “jovens Turcos” da Nova Vaga, os filmes americanos conheceram a sua própria revolução com a entrada em cena de realizadores independentes como Morris Engel, John Cassavetes e Irvin Kershner (cujo filme Houdlum Priest passou na competição em 1961) e de outros jovens realizadores como John Frankenheimer (proveniente do mundo da televisão) ou Sidney Lumet, apropriando-se pouco a pouco da linguagem convencional da grande tradição cinematográfica de Hollywood. Os filmes All Fall Down de Frankenheimer e Longa Viagem Para A Noite de Lumet entraram em Cannes em 1962, e o filme de Lumet valeu ao trio de actores principais (Dean Stockwell, Jason Robards e Ralph Richardson) um Prémio de interpretação colectivo, bem como o Prémio de interpretação feminina atribuído a Katharine Hepburn. 

Em 1965, Cannes recebeu pela primeira vez um presidente do júri de nacionalidade americana, na pessoa de Olivia de Havilland. A Palma de Ouro coube à comédia “mod” vanguardista de Richard Lester The Knack… And How To Get It; embora o tema do filme fosse totalmente britânico, sublinhe-se que Lester é americano. Em 1967, um único filme americano foi à competição do festival. Tratava-se de um filme independente de baixo orçamento, inicialmente o projecto de fim de curso da UCLA Film School do realizador do mesmo… O filme chamava-seBig Boy, e o seu encenador era nada mais, nada menos, que um futuro duplo laureado da Palma de Ouro que responde pelo nome de Francis Coppola.

* Scott Foundas é crítico e programador de cinema. É co-director dos programas da Film Society of Lincoln Center e redige regularmente artigos para a revista Film Comment, bem como para outras publicações.

Continua Festival de Cannes

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A história do cinema: Espanha


Claude Lelouch, Jean-Luc Godard, François Truffaut,
Louis Malle e Roman Polanski, Cannes, 1968.
POR DIEGO GALÁN *

Vários cineastas invadem o palco para interromperem a projecção do filme do dia.Estamos em Maio de 1968, quando as ruas estão cheias de estudantes que vieram protestar para acabarem com um modelo de sociedade que consideram obsoleto e injusto, e os cineastas mais sensíveis apoiam esta causa perpetuando, no mundo do cinema, as reivindicações dos estudantes e operários. O Festival tem de se juntar à revolta popular… e desaparecer.

Jean-Luc Godard, François Truffaut e Louis Malle, entre outros, agarram-se às cortinas para impedirem a projecção prevista nesse 19 de Maio. Trata-se de Peppermint frappé, um filme espanhol de Carlos Saura, (produzido por Elías Querejeta) com Géraldine Chaplin que se junta a eles para interromper a projecção que se vai iniciar. Mas ao ver Géraldine Chaplin no palco, Godard compreende que a actriz deseja defender o seu filme e na luta, acaba por lhe dar um murro... que deixa a filha de Charles Chaplin com um dente a menos. Hoje em dia, a actriz fala disso com humor, mas na altura hesita por instantes em andar aos murros com o realizador suíço.

SAURA E BUÑUEL

Naturalmente, nem todas as participações espanholas no Festival de Cannes terminam ao murro, muito pelo contrário. Muito frequentemente, embora talvez não suficientemente, os filmes espanhóis são propostos na selecção oficial (Competição, Un certain regard) ou nas secções paralelas. Carlos Saura conta, por exemplo, com dez participações no Festival, a primeira para apresentar a sua primeira obra Los golfos (1960). Na altura, trata-se de um jovem de 28 anos, preocupado com o realismo social e curioso perante a vida. 

É nesta edição do Festival de Cannes que faz amizade com Luis Buñuel, cineasta espanhol exilado no México e que apresenta o respectivo filme rodado em inglês The Young One. Quando, anos mais tarde, em 68, Saura volta a participar no Festival com Peppermint frappé, o seu registo expressivo é diferente e mostra uma certa liberdade, aliando assim a sua preocupação pelo realismo, a memória e os traumas provocados pela guerra civil à dialéctica entre o sonho e a realidade 1. Muitos vêem nesta alteração de estilo uma determinada influência de Buñuel, mas pensa-se sobretudo que os recursos dramáticos do cinema de Saura são uma forma de contornar a censura feroz do general Franco em Espanha.

* Diego Galán é crítico e historiador de cinema



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

CINEJ@RNAL - 35ª Mostra São Paulo

@ 35ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo 

De 21 de outubro a 3 de novembro, acontece em São Paulo a tradicional Mostra Internacional de Cinema. Durante duas semanas, a 35ª Mostra Internacional de Cinema propicia que cinéfilos acompanhem cerca de 250 títulos dos mais variados países e cinematografias, que serão exibidos em 22 salas, entre cinemas, museus e centros culturais espalhados pela capital paulista. A seleção é um apanhado do que o cinema contemporâneo mundial está produzindo e quais as tendências, temáticas, narrativas e estéticas estão predominando ao redor do mundo. Mais Mostra.org 

@ Destaque para os premiados em Festivais 

Mesmo em um ano conturbado, devido à doença e morte de Leon Cakoff, criador da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Renata de Almeida e sua equipe conseguiram trazer para o evento alguns dos filmes mais badalados e premiados dos grandes festivais internacionais deste ano. 

De Cannes vêm os dois ganhadores do Grande Prêmio do Júri: “O Garoto da Bicicleta”, dos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne, e “Era uma Vez na Anatólia”, de Nuri Bilge Ceylan, além de “Habemus Papam”, de Nanni Moretti, e “Pater”, de Alain Cavalier, entre outros. De Berlim, vêm filmes como “O Futuro”, de Miranda July (do cult “Eu, Você e Todos Nós”), e “Mundo Misterioso”, de Rodrigo Moreno (o mesmo diretor do elogiado “O Guardião”). E de Veneza, o ganhador do Leão de Ouro, “Fausto”, do russo Aleksander Sokurov, que deverá encerrar a Mostra, em 3 de novembro. Mais UOL 

@ Mostra SP, 250 filmes em 22 salas 

A 35ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo começa hoje com uma cerimônia de abertura apenas para convidados no Auditório do Ibirapuera. No entanto, de todas as edições do evento, essa será a mais triste, pois não contará com seu idealizador - e entusiasta - Leon Cakoff, que morreu no último dia 14. Renata de Almeida, viúva de Cakoff e diretora da Mostra, deverá homenageá-lo. 

A abertura será comandada pelo crítico Rubens Ewald Filho e pela cineasta Marina Person. Para o público, a Mostra só vai iniciar mesmo amanhã, a partir das 11h, com a exibição de "Maria My Love", na Faap. Hoje, no Auditório, serão exibidos "Viagem à Lua", de 1902, dirigido por Georges Méliès, e "O Garoto de Bicicleta", dos irmãos belgas Luc e Jean-Pierre Dardenne (que levou o Grande Prêmio do Júri de Cannes deste ano). Mais Estadão.com.br 

@ Mostra SP foca nos inéditos 

SÃO PAULO - A 35ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo começa para o público na sexta (dia 21), uma semana após a morte de seu criador e diretor, Leon Cakoff, vítima de câncer, aos 63 anos. No entanto, sua marca está bem impressa. Foi dele a ideia de o festival selecionar, para 2011, apenas longas-metragens estrangeiros inéditos no Brasil. 

A escolha não impediu a vinda dos trabalhos de grandes diretores habitués dos festivais internacionais. Estão na programação, por exemplo, os dois longas que dividiram o Grande Prêmio do Júri do último Festival de Cannes: "O Garoto de Bicicleta", de Jean-Pierre e Luc Dardenne, e "Era uma Vez na Anatólia", do turco Nuri Bilge Ceylan. Mais O Globo 

@ 20 filmes imperdíveis em SP 

Mesmo tendo diminuído de tamanho, a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo acumula diversos filmes em sua programação. Filmografias do mundo inteiro, obras premiadas em festivais, documentários, ficções curiosas, clássicos restaurados... A oferta continua imensa, e recheada de boas escolhas. 

Para conseguir extrair o máximo do que o festival apresenta, o iG selecionou os 20 filmes imperdíveis desta edição. Há desde "Fausto", vencedor do Festival de Veneza, uma versão do clássico escrito por Goethe, passando por "Caverna dos Sonhos Esquecidos", espetacular documentário em 3D dirigido por Werner Herzog, a "Contos da Noite", animação do francês Michel Ocelot, de "Kirikou e a Feiticeira". Mais IG 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Carla Bruni deu à luz uma menina

A agência Reuters acaba de publicar que a primeira-dama da França, Carla Bruni, modelo e atriz nas poucas horas vagas, deu à luz uma menina, sua primeira filha com o marido, o presidente Nicolas Sarkozy, e o primeiro bebê nascido de um casal presidencial durante um mandato.


Abaixo o trailer filme de Woody Allen, "Meia-noite em Paris", onde Carla faz uma ponta.

Continua Reuters

A história do cinema: Coréia


POR LEE CHANG DONG*

Arirang, 1926
Um jovem coreano abandona a sua aldeia, amarrado por uma corda puxada por um polícia japonês. Matou com golpes de foice o capanga de um proprietário sádico que martirizava os aldeões. Assim termina o filme de Na Un-gyu, intitulado Arirang. A lenda conta que quando este filme saiu, em 1926, ou seja, sob a ocupação japonesa, os espectadores coreanos choravam nas salas de cinema cantando em coro o cântico folclórico intitulado “Arirang”.

Este filme, considerado actualmente como aquele que marcou os verdadeiros inícios do cinema coreano, é bastante representativo de uma das suas principais características, pois constitui o reflexo do contexto e da realidade social da altura, sendo ao mesmo tempo portador dos sentimentos e aspirações do espectador. 

The Ownerless Ferryboat, 1932
Quanto a Lee Gyu-hwan, outra celebridade da época dos filmes mudos, evoca no seu filme The Ownerless Ferryboat a cólera do povo, vítima das exacções do imperialismo japonês, colocando em cena um bateleiro que mata um engenheiro dos caminhos de ferro. Por fim, História de Chunhyang (1935), primeiro filme coreano falado, é uma adaptação de um romance clássico, mas que evoca também o sofrimento e a tristeza dos contemporâneos.

Nos anos 1960, após o período de destruições maciças desencadeadas pela guerra da Coreia (1950-1953), que seguiu de perto o fim da colonização japonesa (1945), cineastas como Shin Sang-ok, Yoo Hyon-mok, Kim Soo-yong, Kim Ki-young ou Lee Man-hee permitem aquilo a que chamamos de “Renascimento” do cinema coreano. 

Os talentos deles exprimem-se através de uma grande variedade de registos que vão das obras de autor aos filmes de grande público, tendo este conjunto em comum o facto de reflectir a realidade social e de se apresentar como porta-voz do povo coreano.

Esta tradição artística, que poderíamos qualificar de “realista”, conhece no entanto um parêntesis nos anos 1970 devido à severa censura instituída pelo regime ditatorial da altura. Sob a vigilância e o controlo que exerce, apenas são autorizados melodramas, filmes de acção sem enraizamento local, ou ainda obras de propaganda com a única função de preencher a quota necessária para poder importar filmes estrangeiros. No campo industrial, mas também do ponto de vista da qualidade artística, o cinema coreano mergulha inevitavelmente numa depressão da qual dificilmente sairá.

O Sonho de Bae Chang-ho, 1990
No início dos anos 1980, Bae Chang-ho e Lee Jang-ho, e depois em meados da década, Park Kwang-su e Jang Sun-woo, voltam a gravar a realidade em película em estilos que lhes são próprios, saindo assim o cinema nacional de uma longa letargia. Im Kwon-taek, mais velho, junta-se a eles nesta regeneração e produz obras marcadas por uma grande modernidade que o distingue da sua geração.

* Lee Chang Dong é argumentista e realizador. Recebeu o prémio do argumento para Poetry, apresentado na Competição em Cannes em 2010.


Continua Festival de Cannes

Veja os vencedores do Festival do Rio 2011

O Festival do Rio 2011 teve um nome constante na premiação desta terça-feira (18/10) no Odeon Petrobras: A Hora e a vez de Augusto Matraga. O filme levou o Troféu Redentor de Melhor Longa-Metragem de Ficção, o prêmio de Melhor Longa-Metragem de Ficção pelo Voto Popular e ainda três prêmios de elenco: 

Melhor Ator para João Miguel, Melhor Ator Coadjuvante para José Wilker e um prêmio especial do júri para Chico Anysio. Primeiro longa-metragem de Vinícius Coimbra, conhecido por sua carreira em televisão, o filme é baseado no conto homônimo de Guimarães Rosa, que conta a história de um fazendeiro violento que vive acima da lei no sertão de Minas Gerais e que busca redenção após cair numa emboscada. 

O júri oficial e o voto popular também coincidiram na escolha do melhor longa documentário: As Canções, do veterano Eduardo Coutinho, levou o Troféu Redentor de Melhor Longa-Metragem Documentário e o prêmio de Melhor Longa-Metragem Documentário pelo Voto Popular. O trabalho, com proposta simples e tocante, mostra algumas pessoas cantando músicas que marcaram suas vidas e dividindo um pouco de suas histórias. O documentário Olhe para mim de novo, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, um road movie conduzido por um transexual masculino, recebeu um Prêmio Especial do júri. 

O Redentor de Melhor Direção de Ficção também ficou com um veterano: Karim Aïnouz, por O Abismo Prateado, bela tradução cinematográfica da música Olhos nos Olhos, de Chico Buarque. Camila Pitanga foi eleita Melhor Atriz pela instável Lavínia, de Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios, dirigida por Beto Brant e Renato Ciasca, e Maria Luíza Mendonça foi a Melhor Atriz Coadjuvante por sua atuação em Amanhã Nunca Mais, de Tadeu Jungle.

Odilon Rocha levou o Redentor de Melhor Roteiro por A novela das 8, e Jordana Berg ficou com Melhor Montagem pelo documentário Marcelo Yuka no Caminho das Setas. 

O Redentor de Melhor Fotografia teve dois premiados: Mauro Pinheiro Jr., por Sudoeste, e Petrus Cariry por Mãe e Filha, filme que também dirigiu. As duas obras também receberam duas manifestações do júri: Menção Honrosa a Mãe e Filha, sobre o reencontro entre mãe e filha numa cidade do sertão em ruínas, e Prêmio Especial para Sudoeste, crônica sobre o tempo passada numa vila isolada do litoral brasileiro. Sudoeste ainda também levou o prêmio de Melhor Filme Latino Americano segundo o júri da FIPRESCI. 


VENCEDORES DA PREMIERE BRASIL – TROFÉU REDENTOR 

JÚRI OFICIAL DO FESTIVAL DO RIO 2011, composto por Roberto Farias (presidente), Adriana Falcão Aluizio Abranches, Pandora da Cunha Teles, Vanessa Ragone: 

- Melhor Longa-Metragem de Ficção – A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA, de Vinicius Coimbra 

- Prêmio Especial de Júri – SUDOESTE, de Eduardo Nunes 

- Menção Honrosa para MÃE E FILHA, de Petrus Cariry 

- Melhor Longa-Metragem Documentário – AS CANÇÕES, de Eduardo Coutinho 

- Prêmio Especial do Júri para – OLHE PRA MIM DE NOVO, de Kiko Goifman e Claudia Priscilla 

- Melhor Curta-Metragem – QUAL QUEIJO VOCÊ QUER?, de Cíntia Domit Bittar 

- Menção Honrosa para Tempo de Criança, de Wagner Novais 

- Melhor Direção – KARIM AÏNOUZ por O ABISMO PRATEADO 

- Melhor Ator – JOÃO MIGUEL (A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA) 

- Melhor Atriz – CAMILA PITANGA (EU RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DOS SEUS LINDOS LÁBIOS) 

- Melhor Atriz Coadjuvante – MARIA LUÍSA MENDONÇA (AMANHÃ NUNCA MAIS) 

- Melhor Ator Coadjuvante – JOSÉ WILKER, (A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA) 

- Prêmio Especial de Júri para – CHICO ANÍSIO, (A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA) 

- Melhor Roteiro – ODILON ROCHA, por A NOVELA DAS 8 

- Melhor Montagem – JORDANA BERG por MARCELO YUKA NO CAMINHO DAS SETAS 

- Melhor Fotografia – MAURO PINHEIRO JR. por SUDOESTE e PETRUS CARIRY por MÃE E FILHA 

Outros resultados