segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Nem tudo que é parece ser

Ser e não ser
Ruy Castro

RIO DE JANEIRO - Coluna da semana passada ("Pode crer", "Opinião", 30/7) levantou o sobrolho de alguns leitores (alguns de meus leitores ainda levantam o sobrolho). Duvidaram de que Dorival Caymmi não soubesse nadar ou de que Beth Carvalho um dia tivesse cantado bossa nova. Encaminhei-os aos respectivos documentos. E, para mostrar que nem tudo foi como pode parecer, eis mais alguns exemplos.

Sir Winston Churchill, grande orador e cuja eloquência ajudou a derrotar Hitler, era gago na infância. Já Nelson Gonçalves foi gago a vida toda, exceto cantando --ouça-o em "Renúncia" e constate o milagre. Elvis Presley era louro e tingia o cabelo de preto-- já Marilyn Monroe, Brigitte Bardot e Kim Novak tinham cabelo preto e o tingiam de louro. E, desde o primeiro filme, "O Satânico Dr. No", Sean Connery nunca interpretou 007 sem peruca.

Carlos Gardel, o maior portenho da história, era francês de nascimento. Já o ultrafrancês Yves Montand nasceu na Itália. Irving Berlin, autor do hino extraoficial americano ("God Bless América") e da sua maior canção de Natal ("White Christmas"), era judeu-russo. E a carioquíssima Carmen Miranda nasceu em Portugal e veio para o Brasil aos nove meses.


Continua Folha de São Paulo

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