sábado, 23 de fevereiro de 2013

Tango e Cinema (1) – tango entre mulheres

por Gisele Teixeira, Aqui me quedo 

Hoje começo uma série de posts sobre tango e cinema. O namoro entre essas duas artes vem de longe, quando os filmes ainda eram mudos. O primeiro registro que se tem referencia na Argentina é um curta metragem chamado “Tango Criollo” (rodado por Eugenio Py), de 1906.

Em 1915, ainda sem som, se lança “Nobleza Gaucha”, primeiro longa feito aqui, que apresenta imagens de tango dançado em um salão do Armenonville, famoso cabaré de Buenos Aires. Mas é a partir de 1933, quando surge “Tango”, o primeiro longa-metragem sonoro, com Libertad Lamarque e Tita Merello, que essa parceria se estreita ainda mais. Dua até hoje!

Vou postar aqui as cenas que eu mais gosto, ou as mais curiosas, que podem ser vistas de duas maneiras: películas que possuem alguma cena com tango e outras que tem a dança - ou a música – no papel principal.

Não se preocupem que não tem Perfume de Mulher!!

Mas os quatro filmes de hoje mostram tango entre mulheres.

O primeiro deles é de Lulu – Il vaso di Pandora (Die Büchse der Pandora), de Georg Wilhelm Pabst | Alemanha, 1929), baseado numa obra escrita em 1904. É tido como o primeiro filme da história do cinema com uma personagem lésbica. Não consegui o extrato da cena de tango, então posto o filme inteiro. A cena que me interessa é a do casamento e está no minuto 0:35:03, dançada entre Louise Brooks e Alice Roberts

O segundo filme é um clássico dos clássicos: Tango, de Carlos Saura.

Rodado nas cercanias de Buenos Aires conta a história de um cineasta em crise que resolve fazer um documentário sobre tango. O filme concorreu ao Oscar com Central do Brasil, em 1999.

Na história, o diretor Mario Suárez (Miguel Angel Solá) está em crise criativa e sentimental.
Abandonado pela mulher, Laura (Cecilia Narova), Mario decide mergulhar nas filmagens de um documentário sobre o tango. Ele acaba se envolvendo com a jovem bailarina Elena (Mía Maestro), amante do dono de um cabaré e um dos investidores de seu filme. O triângulo amoroso então encetado é o contraponto dramático à passionalidade dos números musicais da produção de Saura.

Continua Aquí me quedo




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