sexta-feira, 29 de março de 2013

Os Estados Unidos e a ditadura no Brasil

Filme busca papel dos EUA no golpe de 64
 John F. Kennedy e Lincoln Gordon


Documentário que estreia hoje no país mostra articulações para apoiar militares na deposição de João Goulart

Diretor é filho de um dos 15 presos políticos libertados em troca do embaixador dos EUA sequestrado, em 1969


PATRÍCIA BRITTO 
FOLHA DE SÃO PAULO

Diálogos do presidente dos Estados Unidos revelados em gravações da Casa Branca, uma frota naval com um porta-aviões e navios torpedeiros parte da costa norte-americana em direção ao Brasil e um plano de contingência prevê detalhes de um golpe de Estado no maior país da América Latina.

Essas cenas não são de um filme de ficção. Elas estão no documentário brasileiro "O Dia que Durou 21 Anos", que estreia hoje nos cinemas - às vésperas do aniversário de 49 anos do golpe militar de 1964.

Com direção de Camilo Tavares, o filme destaca o papel dos Estados Unidos para a criação de um ambiente que resultaria no golpe para derrubar o presidente João Goulart, dando início aos 21 anos da ditadura militar no Brasil.

A origem da pesquisa para o filme coincide com a busca pela origem de sua própria história, diz Camilo, que nasceu no México, onde seus pais viviam exilados, em 1971, no auge da ditadura militar.

Camilo é filho de Flávio Tavares, um dos 15 presos políticos libertados em troca do embaixador norte-americano sequestrado, Charles Elbrick.

"Queria entender por que sequestraram um americano. A gente tem pouca noção de quanto os Estados Unidos interferiram [no golpe]. Então o filme foi uma busca por essa resposta", disse à Folha.

Resultado de uma pesquisa que durou mais de três anos, o documentário usa como fonte gravações de diálogos da Casa Branca de 1962 a 1964, recentemente tornadas públicas.




segunda-feira, 25 de março de 2013

Tango e cinema (4) – a dança na China e Japão

Cena de Happy Together
por Gisele Teixeira, Aquí me quedo

O tango sempre exerceu fascínio nos japoneses e chineses. Há um tempo atrás, inclusive, os japoneses foram campeões mundiais de tango – fiz uma coluna sobre isso, chamada O Mundial de Tango e a história do senhor Megata.

Hoje, no Página 12, tem uma matéria sobre o tango na China, mostrando o quão universal o ritmo se tornou ao longo dos anos.

Abaixo, uma seleção de películas bem interessantes e – em alguns casos – pouco conhecidas.

JAPÃO - A primeira é um clássico, Shall we dance (1996), na versão japonesa, dirigida por Masayuki Suo, com Kôji Yakusho, Tamiyo Kusakari, Naoto Takenaka. Depois Hollywood fez um remake com Richard Gere e Jennifer Lopez, mas o original é muitíssimo melhor.





CHINA- Este também é outro filmaço, indicação de Ricardo Heinen. É uma obra chinesa, totalmente rodada em Buenos Aires. Chama-se Happy together (China, 1997), de Wong Kar Wai.

Boa notícia: dá para assisti-lo todinho em You Tube. AQUI, a primeira parte e, abaixo, o trailer.





quinta-feira, 21 de março de 2013

Licença para mentir, por Ruy Castro

da Folha de São Paulo

RIO DE JANEIRO - Os leitores de "Cinearte" ou "A Scena Muda" devem ter lido na época. Nos anos 1920, Charles Chaplin, no auge, foi a uma festa em Monte Carlo em que os convidados tinham de se fantasiar de... Carlitos. As caracterizações mais fiéis ganhariam prêmios. Segundo Arthur Koestler, em cujo livro "The Act of Creation" fiquei sabendo disso, Chaplin, usando a roupa e a maquiagem de Carlitos, pegou o, adivinhe, terceiro lugar.

Carlos Heitor Cony, em seu magnífico livro "Chaplin", recém-lançado, conta a mesma história, mas diz que ele ficou em 18º lugar. Não sei em que documentos em copta ou servo-croata Cony se baseou para quase condenar Chaplin à repescagem, mas com ele é assim. Suas fontes são tão inesperadas que não estranharei se uma autoridade em Chaplin, como o inglês Kevin Brownlow, vier a público e confirmar a versão de Cony.

Brownlow é o responsável pela nova edição restaurada de uma das obras-primas de Chaplin, "Em Busca do Ouro", em DVD pela Criterion Collection (US$ 14,99, pela Amazon). Contém a versão original muda do filme, de 1925, diferente da sonorizada e narrada por Chaplin em 1942, que era a que sempre assistimos e amamos.

Oscar 2013 - todos os vencedores

Melhor filme - "Argo"

Melhor ator - Daniel Day-Lewis - "Lincoln"

Melhor atriz - Jennifer Lawrence - "O Lado Bom da Vida"

Melhor ator coadjuvante - Christoph Waltz - "Django Livre"

Melhor atriz coadjuvante - Anne Hathaway - "Os Miseráveis"

Melhor diretor - Ang Lee - "As Aventuras de Pi"

Melhor roteiro original - Quentin Tarantino - "Django Livre"

Melhor roteiro adaptado - Chris Terrio - "Argo"

Melhor filme em lingua estrangeira - "Amor" (Áustria)

Melhor longa animado - "Valente" 

Melhor trilha sonora original - Mychael Danna - "As Aventuras de Pi"

Melhor canção original - "Skyfall" - 007 - Operação Skyfall

Melhores efeitos visuais - "As Aventuras de Pi" 

Melhor maquiagem - "Os Miseráveis" 

Melhor fotografia - "As Aventuras de Pi" 

Melhor figurino - "Anna Karenina" 

Melhor direção de arte - "Lincoln" 

Melhor documentário - "Searching for Sugar Man" 

Melhor documentário em curta-metragem - "Inocente" 

Melhor montagem - "Argo" 

Melhor curta - "Curfew" 

Melhor curta animado - "Paperman" 

Melhor edição de som - "007 - Operação Skyfall" e "A Hora Mais Escura"

Melhor mixagem de som - "Os Miseráveis" 

Fonte Oscar 2013 


Tango e Cinema (3) – as melhores festas

por Gisele Teixeira, Aquí me quedo

Em festa que se preze tem que rolar um tango! Pelo menos no cinema!

1. "Easy Virtue" (Inglaterra, 2008). De Stephan Elliott , com Jessica Biel, Ben Barnes e Colin Firth.




2. "El exilio de Gardel: Tangos" (1985), de Fernando Solanas, com Marie Laforêt, Miguel Ángel Solá, Philippe Léotard, Lautaro Murúa, Ana María Picchio, Marina Vlady e Georges Wilson. Destaque para Pugliese e La Yumba.



 3. "Tango Bar", de Marcos Zurinaga, com Raul Julia, Valeria Lynch, Rubén Juárez



segunda-feira, 11 de março de 2013

Tango e Cinema (2) – clássicos menos conhecidos

Por Gisele Teixeira, Aquí me quedo 

A cena de tango mais conhecida do grande público no cinema talvez seja Perfume de Mulher, mas há outros filmes bem clássicos que usaram o 2×4 em algum momento e que são menos populares.

Entre eles O Carteiro e o Poeta, um 007, o primeiro filme da Família Adams e Moulin Rouge e sua versão tangueira de Roxane, do The Police.

Continua Aquí me quedo